O coração da Bahia fica na Chapada Diamantina. É nesta
região serrana, de grafia diversificada, que nascem 90 por cento dos rios que formam as bacias do
Paraguaçu, do Jacuípe e do rio de Contas. São milhares de quilômetros de águas cristalinas que brotam dos
cumes, escorrem pelas serras em cachoeiras, deságuam em planaltos e planícies formando belíssimos poços e
piscinas naturais.
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A beleza das águas é complementada por uma vegetação exuberante que mistura espécies
cactáceas da caatinga com raros exemplares da flora serrana, especialmente bromélias, orquídeas e
sempre-vivas. |
Na Chapada estão os três pontos mais altos de
todo o Estado: o Pico das Almas, com 1.958 metros de altitude, o do Itobira, com 1.970m, e o do
Barbados, com 2.080m. Também é nesta região onde estão a cachoeira Glass ou da Fumaça, com seus
420 metros de queda livre. E o fascinante Poço Encantado que emociona tantos quantos o visitem.
Formada por um altiplano de cerca de 700 m de altitude, oferece amplas possibilidades de aventuras
eco-turísticas e se pode desfrutar de um agradável e especial micro-clima.
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A procura de ouro e diamante no passado levaram a descoberta de um panorama natural de rara beleza
que faz o cenário da Chapada Diamantina. Neste ambiente foram definidos dois circuitos turísticos:
o Circuito do Diamante, no município de Lençóis e o do Ouro, no de Rio de Contas. Em torno de
Jacobina, na Chapada Norte, vem sendo estabelecido um novo Circuito turístico, o "Circuito das
Cachoeiras" com base em um moderno modelo de planejamento de ecoturismo. A região conta,
atualmente, com cerca de 3 mil leitos e um aeroporto doméstico, em Ilhéus. |
Algumas regiões da Chapada Diamantina:
Andaraí e Igatu - cidades que surgiram em decorrência da exploração dos diamantes, despontam como
destino de turismo ecológico, possibilitando aventuras pelas trilhas dos garimpeiros, grutas,
serras e cachoeiras, organizadas no Circuito do Diamante. Estas opções turísticas aliadas a
inquestináveis belezas naturais como a Gruta da Paixão e o Poço Encantado, garantem amplas
perspectivas de crescimento dessas cidades como turísmo. Andaraí está situada a 70 km do aeroporto
de Lençóis.
Número de leitos: 300
Vale do Capão - local onde se pratica,
turismo ecológico: trilhas, caminhadas e outros; surge a opção de turismo esotérico:
medicina alternativa, alimentação natural, meditação e outros. Também faz parte do
Circuito dos Diamantes, situando-se a 60 km do aeroporto de Lençóis. Número de leitos: 300
Chapada Norte - região situada ao norte da Chapada Diamantina, torna-se cada vez mais
conhecida e compõe o Circuito do Ouro, denominação decorrente de várias expedições de
"entradas" dos desbravadores de Francisco Dias D'Ávila, em busca das jazidas do precioso
metal. |
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Especialmente os municípios de Jacobina e Morro do Chapéu são ricos em grutas com
inscrições rupestres, rios, serras e cachoeiras. Nesta região está localizado o Parque das
Cachoeiras, com mais de 45 quedas d´água e diversas trilhas ecológicas. Em Jacobina existe
um aeroporto para aviões de pequeno porte. Número de leitos: 450
As atrações naturais são tantas que é possível escolher entre
roteiros subterrâneos das grutas, das cachoeiras, caminhar por antigas trilhas de garimpeiros ou
cavalgar entre vales como o do Pati em meio a comunidades esotéricas e alternativas. Com muita
sorte é possível até, da serra do Capa Bode, em Mucugê, avistar no céu naves de extraterrestres,
como já viram muitos habitantes da cidade.
O patrimônio histórico conta a saga do garimpo em cada
beco e nos casarões seculares das cidades de Lençóis, Rio de Contas, Andaraí, Mucugê e no
minúsculo distrito serrano de Xique-xique do Igatu, “a cidade de pedras”. Estas cidades nasceram e
floresceram com o Ciclo do Minério, a partir do século XVII, quando aconteceu a febre do ouro, dos
diamantes e o sonho do enriquecimento rápido.
Os distritos e povoados que compõem os municípios da
Chapada Diamantina têm qualquer coisa envolvendo o fantástico. Os moradores, a maioria velhos e
crianças, contam histórias de coronéis perversos, tesouros escondidos, escravos sacrificados que
no final viram fantasmas, assombrações ou coisa parecida. Entre as mais fantásticas está a “lenda
do Pai Inácio”, transformada em roteiro para cinema.
As belezas cênicas da Chapada Diamantina encantam os
visitantes a tal ponto que muitos acabam ficando. Foi o caso do biólogo americano Roy Funch, que
se naturalizou brasileiro e mora em Lençóis há mais de 20 anos. A paixão de Funch pela Chapada foi
tamanha que em 1982 chegou a escrever um trabalho “Chapada Diamantina, uma reserva natural” em
defesa da criação de um parque nacional, o que veio a acontecer três anos depois.
O Parque
Nacional da Chapada Diamantina foi criado em 1985, por decreto federal, abrangendo uma área de 152
mil hectares da serra do Sincorá e arredores, entre os municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí,
incluindo o distrito de Igatu, e Mucugê.
Para fazer turismo na Chapada Diamantina é necessário observar alguns pré-requisitos
indispensáveis como ter resistência física, consciência ecológica no sentido de respeitar a
natureza contribuindo para a preservação da fauna e da flora (nunca adquirir plantas ou animais
silvestres nas estradas para desestimular a captura), contratar os serviços de um bom guia para os
passeios ecológicos e, especialmente, não ter pressa, pois os caminhos da Chapada escondem
atrações surpreendentes só reveladas a quem tem calma e disposição.
Parque da Chapada Diamantina
Em 1985 foi criado, por decreto federal, o Parque Nacional da Chapada Diamantina, que abrange 84
mil km2 da serra do Sincorá e arredores, entre os municípios de Lençóis, Palmeiras, Mucugê e
Andaraí, incluindo o distrito de Xique-Xique do Igatu, conhecido como "a cidade das pedras". O
orgão oficial de turismo da Bahia, a Bahiatursa, definiu duas áreas dentro da Chapada, conforme
suas origens: Circuito do Diamante, que abrange Lençóis, Andaraí, Mucugê e Palmeiras; e o Circuito
do Ouro, compreendendo Rio de Contas, Abaíra, Jussiape e Piatã.
As atrações naturais são tantas que é possível escolher entre os variados roteiros: subterrâneos
das grutas, das cachoeiras, caminhar por antigas trilhas de garimpeiros ou cavalgar nos vales como
o do Pati ou do Capão, em meio a comunidades esotéricas e alternativas. Com muita sorte é possível
até, da serra do Capa Bode, em Mucugê, avistar no céu naves de extraterrestres, como já viram
muitos habitantes da cidade.
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O Morro do Pai Inácio é o cartão postal mais
famoso da Chapada Diamantina. Do alto dele, se vêem quilômetros e quilômetros de planalto
enfeitados por morros íngrimes e de chato. A subida é fácil, mas exige algum fôlego de quem
subir numa tacada só. Lá em cima, o guia conta aos turistas a Lenda do Pai Inácio, uma história
cujo desfecho é completamente surreal. Se bem contada, a lenda pode provocar risos compulsivos.
Um dos maiores atrativos da Chapada são as grutas subterrâneas com águas cristalinas dentro, como
o Poço Encantado e o Poço Azul. Um único homem, o Miguel, é autorizado pelo Ibama a mergulhar no
Poço Encantado para retirar o calcário que com o tempo se acumula na superfície, afetando a
transparência da água. De março a setembro, um raio de sol invade a gruta por uma abertura na
parede e ilumina o fundo de pedra, 60 metros abaixo, compondo vários tons de azul . É uma visão
inesquecível.!!
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Para quem vai
conhecer as belezas do parque é necessário ter em mente que a maior parte do tempo você vai passar
andando. Há pontos turísticos interessantes que podem ser feitos de carro ou até mesmo em alguns
minutos a pé, mas os lugares realmente bonitos levarão dias de caminhada entre matas, rios e
penhascos gigantescos. Por isso, algumas dicas são importantes para que não se fique frustrado na
hora de enfrentar uma trilha:
Procure andar calmamente, não transforme a caminhada numa marcha forçada. A maior parte das
belezas naturais da serra vai estar ao seu redor durante os vários dias de caminhada. Procure
admirar a beleza das paisagens, sinta o prazer de olhar para as formações rochosas e as planas
exóticas, admire os pássaros coloridos que cruzam os céus. As trilhas são para conhecer as
paisagens e não uma maratona. O silêncio é importante. Não leve a agitação da cidade para o
passeio. Pratique meditação enquanto caminha.
Informe-se sobre as dificuldades do passeio antes da partida, e avalie se suas condições físicas e
psíquicas são adequadas. Na chapada existem passeios de todos os tipos. Ajuste-se para não se
prejudicar ou prejudicar os outros. Procure conversar com algum turista que já tenha feito a
trilha. O guias não sabem descrever as dificuldades muito bem porque já estão acostumados com a
serra.
Não ande encostado na pessoa a sua frente. Tente manter 4 ou 5 metros entre você e os outros. Isto
vai ampliar seu campo de visão, não somente para enxergar melhor a serra, mas também para poder
evitar pedras e tocos no caminho e para não estar sujeito às chicoteadas dos galhos arrastados
pela mochila do companheiro à frente.
Descanse. Como já falamos, um passeio não é uma marcha forçada. Procure seu próprio ritmo de andar
e descanse sempre que necessário. Aproveite o momento para olhar a paisagem, tomar um banho, tirar
uma foto ou merendar. Pare no primeiro instante que sentir algum problema com os pés ou a mochila. Tire os sapatos ou
mochila e trate do problema enquanto ainda estiver pequeno. Não deixe pra depois, não fique
andando (e sofrendo) só para não atrasar o grupo por alguns minutos. Mais tarde, se o problema
piorar (e vai se não for logo tratado), você vai atrasar o grupo muito mais.
Procure não andar sozinho pelas trilhas da serra. Um pé torcido ou uma picada de cobra podem ser
fatais sem a ajuda de alguém, mesmo que esta pessoa não seja nenhuma especialista em primeiros
socorros. Procure agir com responsabilidade.
Procure só levar o essencial, não ande com mais de 10 Kg na sua mochila. Você pode até achar que
pode andar com mais do que isso, mas depois de 8 horas de caminhada com este peso nas costas você
terá transformado seu passeio numa tortura. Não leve toalha, pesa muito e depois de qualquer banho
você seca rapidamente depois de 5 minutos. Leve somente duas camisas, uma pra caminhar (que vai
ficar imunda e deve ser lavada no último rio que for encontrado no passeio) e outra pra dormir
confortavelmente (esta poderia ser mais grossa para o frio das partes mais altas da serra).
Procure andar com um short jeans que é resistente e não faz calor nas pernas. Leve uma calça
comprida que pese pouco e seja quente para a hora de dormir. Nunca molhe seus tênis. Se tiver que atravessar algum rio, retire os sapatos e depois recoloque-os
na outra margem. Você vai perder um pouco de tempo mas é melhor do que o incômodo da água no
sapato. Isso também evita que ele se rasgue mais rapidamente.
Equipamentos: 1 cantil (1 litro), fósforos, velas, lanterna (uma simples, do tipo que usa 2 pilhas
AA), pilhas alcalinas, um copo de alumínio, mapas, bússola, canivete, estojo para costura de
emergência (com linha e agulhas pesadas para reparos nas mochilas e nos tênis), produtos de
higiene pessoal, algum dinheiro, medicametos pessoais (mini pronto-socorro), e alguns itens
opcionais como máquina fotográfica, lápis e caderno.
Aprenda a ler mapas e a usar bússolas. Além de evitar que você se perca, vai fazer com que você
conheça melhor a região.
Leve sacos plásticos para não deixar lixo nas trilhas. Contribua para a beleza do parque. Se você
levou, traga de volta!
Se você for picado por uma cobra não entre em pânico pois a maioria da picadas são cegas (sem
veneno, somente pra assustar). Não faça torniquete e nem corte ou fure o ferimento. Alguns tipos
de veneno causam emorragia e isto só agravaria a situação. Mantenha o membro afetado pra cima para
diminuir a circulação do sangue na região. Procure saber qual a cobra que o picou. Se não
conhecer, procure caça-la, não a mate. O tratamente eficaz depende do tipo de cobra. Não coloque nada no
ferimento. Carregue a pessoa picada até a cidade mais próxima, não a deixe caminhar sozinha.
Se for picado por um escorpião verifique se ele é do tipo amarelo, pois é o único na região que
possui veneno para imobilizar o ser humano. Procure rapidamente sair da trilha e chegar à cidade
mais próxima. Não coloque a mão em buracos ou atrás de pedras onde não puder ver. E só ande nas trilhas. Caso
contrário estará pedindo pra ser picado ou atacado por abelhas.
Fique atento ao caminho que estiver fazendo, seja responsável por sua segurança. Não vá colocar
sua vida nas mãos de um guia ou de seus amigos. Finja para si mesmo que vai ter que fazer o
caminho de volta sozinho.
Não use drogas na serra, elas irão atrapalhar na sua concentração e irão aumentar as chancer de
você sofrer algum acidente. A serra não é um lugar para se esconder das leis da cidade, é um lugar
para se apreciar as belezas naturais. Afinal, se você não consegue deixar as drogas em casa antes
de um passeio é porque já está viciado. Então procure uma ajuda e resolva este problema.
Não leve alimentos que precisem de várias horas pra ser preparado. O vento e a falta de galhos
secos na serra irá dificultar a alimentação do fogo por um longo prazo. Não leve alimentos do tipo
"instantâneo" pois você vai enjoar deles depois de três dias. Procure levar coisas que não
precisem ser preparadas e sejam ricas em energia como queijo, requeijão, alimentos desidratados,
ovos cozidos, mel, leite em pó, chocolate ou rapadura, biscoitos/bolachas, frutas secas, granola,
nozes, chá, farofa, etc.
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Leve sanduíches para o primeiro
dia de caminhada, mas cuidado com a maionese pois ela se estraga rápido e pode fazer muito
mal. |
Escolha um lugar plano para colocar a barraca, nada pode ser pior do que dormir em um terreno
inclinado ou com pedras.
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Procure ficar próximo a um rio para ter água com facilidade, mas
não fique na margem pois o solo da chapada é muito rochoso, e no caso de uma chuva forte pode
acontecer a "tromba d'água", onde o rio sobre uns 10 metros arrastando tudo que há por perto. Há
vários registros de pessoas que morreram por não terem este tipo de cuidado.
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Não destrua a área pra acampar. Deixe somente
grama amassada. Não corte a vegetação pra acampar, não cave a terra, e faça uma fogueira mínima
para não desperdiçar a madeira local. O que é um tronco seco pra você é na realidade um habitat
completo para muitos animais, os pequenos "cidadãos" da serra. O negócio é compartilhar a natureza
com suas outras criaturas e não se apoderar de tudo.
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Na hora de defecar, vá pra longe da trilha. Procure um lugar
onde tenha um pouco de solo, areia ou pedras soltas pra cobrir o material. Leve fósforos para
queimar o papel higiênico depois de usado.
Mas certifique-se que o fogo já está apagado quando for
embora. Um incêndio não seria agradável para o passeio. Nunca urine ou defeque nos rios, por
razões óbvias.
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Nunca deixe passar uma oportunidade de tomar um
banho num rio ou cachoeira. Isso irá aliviar significativamente o cansaço da caminhada. Irá lhe
deixar pronto para os próximos quilômetros.
Se você se perder por algum motivo, procure ficar calmo e não ande à noite. Siga a primeira trilha
que encontrar. Elas sempre vão pra algum lugar e não estão ali à toa. Se não encontrar uma trilha,
siga o curso de um rio pois pode haver algum povoado no final dele.
Revista Turismo
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Não
solte fogos,
eles causam câncer e atacam o
sistema neurológico e psicológico
das crianças, matam, maltratam e
adoece animais e humanos.
Não frequente zoológico, não compre
animais adote (1), você consumidor é
o culpado pela sua extinção, sem
animais e sem florestas não há como
sobreviver, só restará deserto... |
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'Não estamos
sozinhos neste planeta', ou
dividimos espaço com outras criaturas ou
morreremos, tenha consciência disso. Proteger as
árvores, animais, rios e mares é um dever
cívico. Faça sua parte, todos seremos
responsabilizados pelo que estamos fazendo de
mal a natureza. |
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Conheça
o
Ache
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o portal
de todos Brasileiros. Cultive o hábito de ler, temos
diversidade de informações úteis
ao seu dispor. Seja bem
vindo, gostamos de
suas críticas e sugestões, elas nos ajudam a
melhorar a cada ano.
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