|
Riscos na opera��o da tecnologia nuclear no s�culo 21
Relat�rio preparado para o Greenpeace Internacional
Sum�rio Executivo
|
Este
relat�rio fornece uma avalia��o ampla dos perigos dos
reatores nucleares em
opera��o, dos novos projetos .evolucion�rios. e dos
conceitos de futuros reatores
nucleares. Tamb�m trata dos riscos associados ao manejo do
combust�vel nuclear
utilizado. A primeira parte do relat�rio descreve os
problemas caracter�sticos e
inerentes aos projetos dos principais reatores em opera��o
atualmente; a segunda
parte avalia os riscos associados a novos projetos; a
terceira parte, o
.envelhecimento. dos reatores em opera��o; a quarta parte, a
amea�a terrorista �
energia nuclear; e a quinta parte, os riscos associados aos
impactos das
mudan�as clim�ticas . como enchentes . sobre a energia
nuclear.
As principais conclus�es s�o:
. Todos os reatores em opera��o possuem falhas de seguran�a
inerentes muito
graves, que n�o podem ser eliminadas com atualiza��es
tecnol�gicas no sistema
de seguran�a;
. Um grande acidente em um reator de .�gua leve. (a grande
maioria dos reatores
em opera��o no mundo utilizam esta tecnologia) pode levar �
libera��o de
radioatividade equivalente a centenas de vezes o que foi
liberado em Chernobyl, e
cerca de mil vezes o que � liberado por uma arma de fiss�o
nuclear. A remo��o
da popula��o pode se tornar necess�ria para grandes �reas
(de at� 100.000
km2). O n�mero de mortes por c�ncer poderia exceder um
milh�o de casos;
. Novas linhas de reatores s�o concebidas e anunciadas como
fundamentalmente
seguras. No entanto, al�m de possu�rem problemas espec�ficos
de seguran�a,
esses novos reatores exigiriam grandes investimentos para
serem desenvolvidos,
com um resultado incerto;
. A idade m�dia dos reatores do mundo � de 21 anos e muitos
pa�ses est�o
planejando estender sua vida �til para al�m daquela prevista
em seu projeto
original. Esta pr�tica poder� levar � degrada��o de
componentes cr�ticos e a um
aumento nos incidentes de opera��o, podendo culminar num
grave acidente. Os
mecanismos de degrada��o relacionados a sua dura��o n�o s�o
bem conhecidos
e s�o dif�ceis de se prever;
. A desregulamenta��o (liberaliza��o) dos mercados de
eletricidade levou as
operadoras de usinas nucleares a reduzirem os investimentos
em seguran�a e a
limitarem seu quadro de funcion�rios. As empresas tamb�m
est�o alterando seus
reatores para funcionarem sob press�o e temperatura mais
altas, o que eleva a
queima do combust�vel. Isso acelera o envelhecimento do
reator e diminui sua
margem de seguran�a. Ag�ncias reguladoras n�o s�o sempre
capazes de
administrar esse novo regime de opera��o;
. O combust�vel descartado, altamente radioativo, geralmente
� armazenado com
resfriamento cont�nuo. Se o resfriamento falhar, poderia
haver um grande
vazamento de radioatividade, bem mais grave do que o do
acidente em
Chernobyl, em 1986;
. Os reatores n�o podem ser suficientemente protegidos
contra uma amea�a
terrorista. H� diversos cen�rios . como a colis�o de um
avi�o com o reator .
que poderia causar um acidente grave;
. Impactos das mudan�as clim�ticas, como enchentes, eleva��o
do n�vel do mar e
estiagem extrema, aumentam seriamente os riscos de um
acidente nuclear.
Tipos de reatores comerciais e suas defici�ncias
No in�cio de 2005, havia 441 reatores nucleares, operando em
31 pa�ses. A idade,
o tamanho e o tipo de projeto de todos esses reatores variam
consideravelmente.
O projeto predominante em opera��o � o Reator a �gua
Pressurizada (PWR),
com 215 deles em opera��o em todo o mundo. O projeto do PWR
foi
originalmente concebido para a propuls�o de submarinos
militares. Portanto,
esses reatores s�o pequenos se comparados a outros modelos,
mas possuem
uma elevada pot�ncia energ�tica. Conseq�entemente, a �gua de
esfriamento no
circuito prim�rio do reator tem uma temperatura e uma
press�o mais alta do que
em outros modelos de reator compar�veis. Esses fatores podem
acelerar a
corros�o de componentes; os geradores de vapor, em
particular, freq�entemente
t�m de ser substitu�dos.
De forma semelhante, existe atualmente uma extensa
documenta��o sobre os
problemas de rachaduras no dos vasos dos reatores. Essa
tampa no da
do vaso de press�o cont�m uma tubula��o que permite que as
varas de controle
sejam inseridas no centro do reator, a fim de se monitorar a
rea��o em cadeia. No
in�cio dos anos 90, rachaduras come�aram a aparecer no
da torre de alguns
reatores na Fran�a.
Foram realizadas investiga��es mundialmente, e problemas
similares foram
detectados na Fran�a, Su�cia, Su��a e EUA. O exemplo mais
grave descoberto
at� hoje ocorreu no reator Davis Besse em Ohio, EUA. Nesse
caso, a rachadura
desenvolveu-se por cerca de uma d�cada sem ser percebida,
apesar das
supervis�es de rotina. Quando descoberta, j� havia penetrado
o vaso de press�o,
atrav�s de 160 mm de espessura, e apenas 5 mm de seu
revestimento de a�o .
que se tornava saliente devido � press�o . impedia uma
abertura no sistema de
esfriamento prim�rio, a mais importante barreira de
seguran�a de um reator.
De todos os tipos de reatores comerciais, o PWR acumulou o
maior n�mero de
anos de funcionamento. � not�vel que, apesar disso, esse
tipo de reator ainda
apresente problemas novos e completamente inesperados. Um
exemplo
surpreendente � o risco de entupimento da fossa do filtro,
que n�o era
reconhecido at� 2000.
O reator russo VVER possui um projeto e uma hist�ria
semelhantes ao PWR.
Existem atualmente 53 desses reatores instalados em sete
pa�ses do Leste
Europeu, com tr�s tipos de reatores. O mais antigo, VVER
440-230, � um modelo
com problemas graves significativos e, conseq�entemente, o
G8 e a Uni�o
Europ�ia (UE) acreditam que economicamente n�o � poss�vel
adapt�-lo para um
padr�o de seguran�a aceit�vel. A falta de um sistema de
conten��o secund�rio e
de um sistema central de esfriamento de emerg�ncia adequado
s�o motivo para
maior preocupa��o, particularmente.
A segunda gera��o de VVERs, a 440-213s, introduziu um
sistema central de
esfriamento de emerg�ncia, mas n�o disp�e de um sistema de
conten��o
secund�rio.
Um terceiro projeto de VVERs, o 1000-320s, apresentou
mudan�as adicionais ao
modelo mas, apesar disso, os reatores n�o s�o considerados
t�o seguros como
seus contempor�neos PWRs. De fato, em seguida � unifica��o
da Alemanha,
VVERs de todas as gera��es foram fechados, ou sua constru��o
foi abandonada.
Para tanto, foram consideradas para essas decis�es tanto
quest�es de seguran�a
quanto econ�micas, com mais peso sobre as preocupa��es com a
seguran�a.
O segundo desenho de reator mais predominante no mundo � o
Reator a �gua
Fervente (BWR) (h� mais de 90 deles em opera��o), que foi
desenvolvido a partir
do PWR. A finalidade das modifica��es introduzidas foi de se
simplificar mais o
modelo e de se aumentar sua efici�ncia t�rmica, utilizando-se
um circuito �nico e
gerando-se vapor a partir do centro do reator. Todavia, tais
altera��es n�o
lograram incrementar a seguran�a do modelo. O resultado � um
reator que
mant�m a maioria dos riscos do PWR, ao mesmo tempo em que
introduz uma
s�rie de novos problemas.
Os BWRs possuem uma densidade de pot�ncia elevada no nucleo,
assim como
press�o e temperatura elevadas em seu circuito de
resfriamento, embora todos
esses par�metros sejam de alguma forma mais baixos do que em
um PWR. Al�m
disso, a tubula��o do sistema de resfriamento de emerg�ncia
� muito mais
complexa em um BWR, e a inje��o de sua barra de controle vem
da parte inferior
do vaso de press�o. Portanto, resulta que o desligamento de
emerg�ncia n�o
pode depender da gravidade, como no caso dos PWRs, fazendo-se
necess�rio
haver sistemas de seguran�a ativos adicionais.
Problemas de corros�o significativos foram observados em
muitos BWRs. No
come�o dos anos 90, uma grande quantidade de rachaduras
foram detectadas em
diversos BWRs na Alemanha, ao se transportar um material
pela tubula��o que
era considerado resistente � chamada fissuras por corros�o
de estresse.
Existe outro problema persistente em BWRs, ocorrido em 2001:
a ruptura da
tubula��o em Hamaoka-1 (Jap�o) e em Brunsb�ttel (Alemanha).
A causa em
ambos os casos foi a explos�o de uma mistura de hidrog�nio e
oxig�nio,
TRADU��O PRELIMINAR SUJEITA A REVIS�O T�CNICA 7
produzida por hidr�lise na �gua refrigerante. Se uma
explos�o de oxi-hidrog�nio
danificar componentes cruciais do sistema de controle e
prote��o do reator e/ou o
inv�lucro de reten��o, ocorrer� um acidente severo, com uma
libera��o de
radioatividade catastr�fica, compar�vel � do acidente de
Chernobyl.
O pr�ximo reator mais predominante atualmente � o Reator a
�gua Pesada
Pressurizada, do qual existem 39 unidades em opera��o em
sete pa�ses. O
projeto principal desse modelo � o canadense CANDU, que �
abastecido por
ur�nio natural e resfriado e moderado por �gua pesada. A
blindagem prim�ria do
reator envolve os 390 cilindros de press�o individuais. O
modelo do reator possui
algumas defici�ncias inerentes, mais notavelmente o fato de
possuir o coeficiente
de v�cuo positivo, pelo qual o n�vel de reatividade
aumentar� caso o reator
desprenda l�quido refrigerante. Em segundo lugar, a
utiliza��o de ur�nio natural
eleva significativamente o volume de ur�nio no centro do
reator, o que pode
causar instabilidades. Os cilindros de press�o que cont�m os
cilindros de ur�nio
est�o sujeitos a um expressivo bombardeio de n�utrons. A
experi�ncia no Canad�
demonstrou que os cilindros de press�o se degradaram,
exigindo a realiza��o de
caros programas de reparos, em alguns casos depois de apenas
20 anos em
opera��o.
Esses e outros problemas operacionais causaram grandes
problemas de
seguran�a e econ�micos para o grupo dos CANDU. Em junho de
1990, seis
reatores dentre os dez melhores do mundo em performance eram
CANDU, quatro
dos quais da Ontario Hydro. Em seis anos, sua capacidade
caiu drasticamente
devido ao que jornais t�cnicos denominaram .falhas profundas
de manuten��o..
Al�m disso, a opera��o de oito reatores CANDU da Ontario
Hydro foi suspensa ou
indefinidamente deferida no final dos anos 90 . embora
alguns deles tenham sido
agora reativados.
O outro projeto desenvolvido na R�ssia foi o RBMK, que � um
reator a �gua
fervente moderado com barras de grafite, usado na usina de
Chernobyl na
Ucr�nia, local do pior acidente nuclear do mundo, ocorrido
em 1986. O reator
apresenta alguns dos mesmos problemas do modelo CANDU, a
saber o
coeficiente de v�cuo positivo e instabilidades no centro do
reator. Mas tamb�m
possui uma s�rie de problemas adicionais que exacerbam esses
.
particularmente, um grande n�mero de cilindros de press�o
(1693 nos RBMK
1000).
Alguns problemas do projeto do RBMK foram retificados como
resultado da
experi�ncia adquirida em Chernobyl, e isso levou ao aumento
do enriquecimento
de ur�nio e a uma mudan�a nas barras de controle. Por�m, por
raz�es t�cnicas ou
econ�micas, outros problemas permanecem. Por exemplo, apenas
dois dos 12
reatores ainda existentes instalaram sistemas de
desligamento secund�rios
completamente distintos e independentes. Assim, os outros 10
n�o est�o de
acordo com as exig�ncias de seguran�a da AIEA (Ag�ncia
Internacional de
Energia At�mica).
Reatores RBMK tamb�m cont�m mais liga de zirc�nio no n�cleo
do que qualquer
outro tipo de reator (cerca de 50% mais do que um BWR
convencional). Eles
tamb�m cont�m uma grande quantidade de grafite (aproximadamente
1700
toneladas). Um inc�ndio com grafite pode agravar seriamente
um acidente . o
grafite � um elemento que tamb�m pode reagir violentamente
com a �gua em
temperaturas elevadas, produzindo um hidrog�nio explosivo.
Falha em um �nico cilindro de press�o em um RBMK n�o leva
necessariamente a
conseq��ncias catastr�ficas. No entanto, o grande n�mero de
cilindros e canos
necessita de um n�mero grande similar de soldas,
constituindo um sistema de
dif�cil inspe��o e manuten��o. A capacidade de supress�o da
press�o do sistema
de inv�lucro dos RBMKs foi aperfei�oada a fim de se poder
controlar uma ruptura
de at� nove cilindros de press�o. Entretanto, no caso de um
bloqueio do
escoamento ap�s um acidente com perda de l�quido
refrigerante, poderia atingirse
temperaturas suficientemente elevadas para se romper um
n�mero de at� 40
canais. A conseq��ncia poderia ser a destrui��o catastr�fica
do n�cleo do reator.
As falhas fundamentais no projeto desses reatores levaram a
comunidade
internacional a classific�-los como .n�o-moderniz�veis. e a
buscar seu
fechamento. Isso ocorreu ou ir� ocorrer na Litu�nia e
Ucr�nia, mas apesar disso,
na R�ssia, h� esfor�os em andamento para estender a vida
desses reatores, em
vez de aposent�-los mais cedo.
O Reino Unido desenvolveu dois projetos de reatores para
produ��o de plut�nio: o
Magnox (reator de ur�nio natural moderado com grafite,
resfriado a ar) e,
subseq�entemente o Reator Avan�ado Refrigerado a G�s (AGR).
Os reatores
Magnox possuem uma densidade de pot�ncia muito baixa e
conseq�entemente
n�cleos grandes. Em uma tentativa de superar essa fraqueza
observada, a
densidade de pot�ncia foi elevada em um fator de dois no
AGR, mas ainda � baixo
se comparado a reatores a �gua leve. No circuito prim�rio,
circula di�xido de
carbono. A circula��o do g�s � mais complexa nos AGRs pois a
temperatura mais
alta exige um fluxo especial atrav�s do moderador grafite.
Em ambos os projetos, o n�cleo do reator est� localizado
dentro de um grande
vaso de press�o. Os reatores Magnox com vasos de press�o de
a�o mais antigos
sofreram de corros�o. Esses problemas s�o agravados pelo
envelhecimento
relacionado a temperatura de opera��o e pela degrada��o do
material causada
pela indu��o de n�utrons, que torna o material do reator
quebradi�o.
O vaso de press�o tornando-se quebradi�o pode levar a uma
perda total do
l�quido resfriador prim�rio, e possivelmente a liberando
grandes quantidades de
radioatividade. Por essa e outras raz�es, uma s�rie de
usinas Magnox j� foram
desligadas.
Tanto os reatores Magnox, quanto os reatores AGRs n�o
possuem uma
blindagem secund�ria. Os dois tipos de reatores t�m um alto
potencial para
libera��o de grandes quantidades de radia��o. Os antigos
reatores Magnox
TRADU��O PRELIMINAR SUJEITA A REVIS�O T�CNICA 9
precisam ser considerados particularmente perigosos devido a
essas defici�ncias
de seguran�a.
Somando-se aos diferentes problemas inerentes dos v�rios
modelos de reatores,
fatores operacionais internos e externos podem conspirar
para reduzir ainda mais
as margens de seguran�a. Esses fatores incluem:
Envelhecimento:
Existe um consenso geral de que a extens�o da vida dos
reatores � hoje uma das
principais quest�es para a ind�stria nuclear. A Agencia
Internacional de Energia
At�mica (AIEA) sugestivamente faz a seguinte afirma��o:
�Se n�o houver mudan�as na pol�tica relativa � energia
nuclear, a vida das usinas
� a �nica quest�o mais importante da produ��o de
eletricidade nuclear na pr�xima
d�cada�.
Por todo o mundo, durante as �ltimas duas d�cadas houve uma
tend�ncia geral
contra a constru��o de novos reatores. Como conseq��ncia,
sua idade m�dia em
todo o planeta cresceu ano a ano, e agora est� em 21 anos.
Na �poca de sua constru��o, se presumiu que esses reatores
n�o seriam
operados durante mais de 40 anos. Por�m, a extens�o de sua
vida �til oferece
uma proposta atraente para os operadores de usinas nucleares,
a fim de
maximizarem os lucros.
Processos de envelhecimento s�o de dif�cil detec��o porque
geralmente ocorrem
no n�vel microsc�pico da estrutura interna dos materiais.
Eles freq�entemente se
tornam aparentes somente depois da falha de um componente,
por exemplo,
quando ocorre o rompimento de uma tubula��o. .
As conseq��ncias do envelhecimento podem ser descritas com
base em dois
�ngulos distintos. Primeiramente, o n�mero de incidentes e
eventos report�veis
em uma usina de energia at�mica aumentar� . pequenos
vazamentos,
rachaduras, curtos-circuitos devido a falhas em cabos etc.
Em segundo lugar, o
processo de envelhecimento est� levando ao enfraquecimento
gradual de
materiais que poderiam causar falhas catastr�ficas de certos
componentes, com
subseq�entes libera��es radioativas severas. O mais not�vel
� a fragiliza��o do
vaso de press�o do reator, que eleva o risco de que
simplesmente exploda. A
eventual falha do vaso de press�o de um PWR ou BWR constitui
um acidente que
ultrapassa o alcance do projeto original, para o qual n�o h�
nenhum sistema de
seguran�a capaz de evitar uma conseq�ente libera��o
catastr�fica de material
radioativo no meio ambiente. Enquanto as usinas nucleares do
mundo tornam-se
velhas, h� esfor�os para se minimizar o papel desse processo
de envelhecimento.
Esses esfor�os incluem convenientes redu��es da defini��o de
envelhecimento.
Al�m disso, a falha mais b�sica e mais grave das normas
regulat�rias
internacionais reside no fato de que nenhum pa�s possui um
conjunto de crit�rios
t�cnicos abrangente para se decidir quando a opera��o de uma
usina nuclear n�o
deve mais ser permitida. Est� claro que o risco de acidentes
nucleares cresce
significativamente a cada ano, uma vez que uma usina nuclear
esteja em
opera��o por cerca de duas d�cadas.
Amea�as terroristas para:
Usinas de Energia Nuclear.
Mesmo antes dos ataques em Nova York e Washington em 2001,
se havia
levantado preocupa��es sobre o risco de atentados
terroristas a usinas nucleares.
Instala��es nucleares j� foram destru�das no passado, como
no ataque de Israel
ao reator Osirak, no Iraque. As amea�as de ataques
terroristas e atos de guerra
contra usinas de energia nuclear podem ser resumidas da
seguinte forma:
● Devido a sua import�ncia para o sistema de fornecimento de
eletricidade, �s
severas conseq��ncias da libera��o de radioatividade e ao
seu car�ter simb�lico,
as usinas de energia nuclear s�o .atrativas. para ataques
tanto terroristas como
militares.
● Um ataque a uma usina de energia nuclear pode levar �
libera��o de
radioatividade equivalente a v�rias vezes o que foi liberado
em Chernobyl.
Areloca��o da popula��o pode ser necess�ria para grandes
�reas (de at� 100.000
km2). O n�mero de mortes por c�ncer poderia ultrapassar um
milh�o.
● Usinas de energia nuclear poderiam ser alvos em caso de
guerra se houver
suspeita de que existe uso militar da mesma.
● O espectro de modos poss�veis de ataques � muito diverso.
Ataques poderiam
ser levados a cabo por ar, terra ou �gua. Diferentes meios
ou armas podem ser
usados.
● Medidas de prote��o contra atentados s�o muito limitadas.
Al�m disso, uma
s�rie de medidas conceb�veis n�o pode ser implementada em
uma sociedade
democr�tica.
Usinas de Reprocessamento e �reas de Armazenamento de
Combust�vel Usado.
A quantidade de plut�nio sendo armazenado est� crescendo sem
parar. Enquanto
os EUA e a R�ssia concordaram em desfazer-se, cada um, do .excesso.,
de 34
toneladas de plut�nio com especifica��o para armamentos, as
reservas .civis. de
plut�nio ultrapassam 230 toneladas. No fim de 2002, o maior
detentor de reservas
de plut�nio era o Reino Unido, com mais de 90 toneladas,
seguido pela Fran�a
com 80 toneladas, e a R�ssia com mais de 37 toneladas. O
plut�nio tem duas
caracter�sticas particulares: � de alto valor estrat�gico
como ingrediente prim�rio
para armamentos e � altamente radiot�xico. Poucos
quilogramas desse material
s�o suficientes para se fabricar uma arma nuclear simples, e
apenas poucos
microgramas inalados s�o suficientes para se desenvolver
c�ncer.
Infelizmente, nenhum dos pr�dios das usinas de Sellafield ou
La Hague foram
projetados para suportar impactos extremos . por exemplo, de
um avi�o de
grande porte com o tanque cheio ou por m�sseis bal�sticos. A
probabilidade de que
resistiriam a tais impactos � limitada. O pior mecanismo
para a libera��o do
plut�nio, geralmente armazenado na forma de �xido, seria por
um grande
inc�ndio, que transformaria as part�culas de plut�nio
suspensas no ar em micropart
�culas de tamanho facilmente inal�vel.
As instala��es de armazenamento do combust�vel nuclear
utilizado e do lixo
radioativo cont�m de longe os maiores invent�rios de
subst�ncias radioativas de
qualquer outra parte de uma usina em toda a cadeia do
combust�vel nuclear. O
combust�vel usado mantido em tanques de resfriamento, assim
como os altos
n�veis de res�duos radioativos n�o-acondicionados,
encontrados na forma l�quida e
de lodo, s�o especialmente vulner�veis a ataques. A
principal raz�o � que eles se
encontram em um estado que de f�cil dispers�o, em
instala��es de
armazenamento que n�o s�o projetadas para suportar uma
colis�o de um grande
avi�o ou um atentado com armas pesadas. Instala��es de
armazenamento em
usinas de reprocessamento cont�m v�rias centenas de vezes
mais radioatividade
do que a quantidade que foi liberada como conseq��ncia do
desastre de
Chernobyl.
Instala��es de armazenamento de barris de combust�vel usado.
Como em outras formas de armazenamento, o combust�vel usado
mantido em
barris � vulner�vel a ataques terroristas. A resultante
libera��o de radioatividade,
por�m, dever� ser mais reduzida do que aquela que resulta de
ataques �s
piscinas de armazenamento. Por outro lado, os barris
aparentemente s�o mais
acess�veis do que as piscinas de armazenamento de
combust�vel usado
localizadas em grandes pr�dios. Melhorias do conceito de
armazenamento s�o
poss�veis, no entanto, elas provavelmente s� ter�o chance de
ser implementadas
se a quantidade de res�duo n�o for muito grande.
Transporte Nuclear.
Atentados terroristas contra o transporte de material
radioativo podem ocorrer
praticamente em qualquer lugar de qualquer pa�s altamente
industrializado. �
improv�vel que a carga de cada carregamento ultrapasse
algumas toneladas,
portanto, a libera��o esperada de radioatividade ser� de
menor magnitude do que
a resultante de ataques a instala��es de armazenamento .
mesmo se os
cont�ineres transportados forem seriamente danificados. Por
outro lado, n�o �
poss�vel prever o lugar em que a libera��o ocorrer�, j� que
os ataques podem
ocorrer, em princ�pio, em qualquer lugar ao longo das rotas
de transporte como
estradas de ferro ou portos.
Mudan�as clim�ticas e Tecnologia Nuclear:
As mudan�as clim�ticas globais s�o uma realidade. Existe um
amplo consenso no
meio cient�fico sobre essa quest�o. A temperatura m�dia da
superf�cie do planeta
se elevou em 0,6�0.2�C desde o fim do s�culo 19. Os
resultados das pesquisas
desenvolvidas por estudiosos do clima indicam que mesmo
leves mudan�as na
temperatura acarretam um impacto tremendo no n�mero
correspondente de
eventos clim�ticos extremos. Precipita��es mais intensas,
assim como
tempestades, ocorrer�o mais freq�entemente, o que causar� (e
j� causou)
impactos sobre a opera��o das instala��es nucleares, e
particularmente das
usinas de energia nuclear.
Cerca de 700 eventos naturais perigosos foram registrados no
mundo todo em
2003. Desses, 300 foram tempestades e eventos clim�ticos
severos, e
aproximadamente 200 deles foram grandes inunda��es. Esses
eventos clim�ticos
severos n�o usuais afetam a opera��o das instala��es
nucleares ao causarem
inunda��es ou secas, afetando o sistema de resfriamento ou
outros sistemas de
seguran�a. Soma-se a isso o fato de que as tempestades podem
afetar direta ou
indiretamente a opera��o da usina nuclear, danificando a
rede el�trica. Fortes
tempestades podem levar a m�ltiplos danos �s linhas de
transmiss�o, e assim �
perda de eletricidade via rede.
Toda usina nuclear possui suprimento de eletricidade de
emerg�ncia, que
geralmente funciona a �leo diesel. Entretanto, sistemas de
energia emergenciais
movidos por geradores a diesel s�o notoriamente propensos a
problemas. Se os
geradores de emerg�ncia falham, a situa��o na usina torna-se
cr�tica (.blackout na
usina.). Um blackout em uma usina de energia nuclear � um
forte colaborador
para o agravamento de danos no n�cleo do reator. Sem
eletricidade, o operador
perde a instrumenta��o e a capacidade de controle, levando �
impossibilidade de
resfriar o n�cleo do reator. Um desastre natural que atinge
as linhas que levam
eletricidade para uma usina nuclear, aliado a falha dos
geradores de emerg�ncia
locais, pode resultar em um acidente grave.
As regulamenta��es e normas pr�ticas determinando essas
precau��es ainda
refletem as condi��es dos anos 80 e n�o s�o apropriadas para
o presente
momento, marcado por amea�as crescentes � rede el�trica,
devido �s mudan�as
clim�ticas e � liberaliza��o dos mercados de eletricidade e
� ataques terroristas.
Novos projetos de reatores
Enquanto h� somente cerca de 25 reatores em constru��o no
mundo . alguns
dos quais podem nunca virem a ser conclu�dos . o
desenvolvimento da
tecnologia continua e pode ser dividido em duas categorias.
Gera��o III
Em todo o mundo, h� por volta de 20 conceitos diferentes
para a pr�xima gera��o
de reatores nucleares, conhecida como a Gera��o III. A maior
parte deles � de
projetos .evolucion�rios., desenvolvidos a partir dos
modelos da Gera��o II (a
atual), com algumas modifica��es mas sem mudan�as dr�sticas.
Alguns deles
representam abordagens mais inovadoras. Somente no Jap�o
existem reatores da
Gera��o III em opera��o, em escala comercial . os Reatores
Avan�ados a �gua
Fervente (ABWR). Em seguida, o projeto mais avan�ado � o
Reator Europeu a
�gua Pressurizada (EPR), que est� sendo constru�do na
Finl�ndia, e tamb�m
poder� ser estabelecido na Fran�a.
Esses reatores tendem a ser vers�es modificadas de reatores
j� existentes. No
caso do EPR, o reator � simplesmente uma vers�o mais recente
de projetos
correntes . o reator franc�s N4 e o alem�o Konvoiwith com
alguns
aperfei�oamentos, mas tamb�m com redu��es nas margens de
seguran�a e
maior fragilidade para alguns sistemas de seguran�a.
Gera��o IV
Sob a lideran�a dos EUA, o .F�rum Internacional da Gera��o
IV. (GIF) foi criado
em 2000. Atualmente, existem seis projetos de reatores sendo
considerados,
incluindo: Sistema de Reator R�pido Resfriado a G�s; Sistema
de Reator R�pido
Resfriado a Chumbo; Sistema de Reator a Salmoura; Sistema de
Reator Resfriado
a �gua Supercr�tica; Sistema de Reator R�pido Resfriado a
S�dio; Sistema de
Reator a Temperatura Muito Alta. No entanto, n�o est� claro
qual projeto ser�
promovido, qual � o tamanho mais apropriado, se o ciclo de
combust�vel deveria
ser aberto ou fechado, ou qual � a data almejada para
comercializa��o.
Os conceitos b�sicos da .nova gera��o. surgiram com a
pr�pria energia nuclear,
mas foram for�ados para fora do mercado nos anos iniciais
pelos reatores a �gua
leve . n�o sem raz�o, considerando as experi�ncias at� o
momento, dominadas
por problemas t�cnicos e econ�micos, al�m de defici�ncias de
seguran�a. A fim
de se superar esses problemas, � necess�rio desenvolver-se
materiais, processos
e regimes operacionais que sejam significativamente
diferentes dos atualmente
empregados nos sistemas em opera��o ou anteriores. � preciso
levar adiante a
pesquisa e o desenvolvimento para se confirmar a viabilidade
e a seguran�a das
abordagens dos novos projetos.
Cada um desses reatores possui grandes varia��es e vantagens
relativas e
desvantagens em compara��o uns aos outros. Contudo,
atualmente, eles s�o
apenas projetos de papel, e uma previs�o otimista para sua
comercializa��o situaa
em 2045.
C: Envelhecimento, Extens�o da vida �til de uma usina (PLEX)
e Seguran�a
Conclus�es
1 - A partir da discuss�o acima, fica claro que as empresas
operadoras de usinas
nucleares enfrentam um dilema, que se torna mais urgente
quanto maior o tempo
de funcionamento da usina nuclear, e os mecanismos de
envelhecimento tornamse
mais virulentos: Medidas para a extens�o da vida �til (assim
como para a
gera��o de mais energia) por um lado podem ser
economicamente atrativas e
oferecer uma chance para se melhorar o balan�o geral da
opera��o de usinas
nucleares. Por outro lado, elas ampliam os perigos do
envelhecimento e
aumentam o risco de uma cat�strofe nuclear com graves
libera��es de
radioatividade.
Com poucas exce��es, os programas de extens�o da vida �til
de uma usina
(PLEX) priorizam os aspectos econ�micos em detrimento da
seguran�a. A
situa��o � particularmente grave j� que tal programa
geralmente s� faz sentido
econ�mico para propriet�rios de usinas se a mesma � operada
durante uma ou
duas d�cadas mais, depois de sua implementa��o.
Os programas de extens�o da vida �til de uma usina (PLEX) ,
de um ponto de
vista econ�mico, s�o mais vantajosos que a constru��o de
novas usinas
nucleares. Mas isso n�o � de forma alguma verdadeiro quando
a compara��o �
feita com outras alternativas para gera��o de energia, como
a constru��o de
modernas usinas a g�s.
Assim, os PLEX criam uma forte press�o para manter as usinas
nucleares na rede
el�trica, para se garantir um retorno de investimento
adequado, e para se ignorar
ou minimizar os perigos do envelhecimento. Existe ainda uma
forte press�o para
investimento no aumento do potencial de gera��o de energia
aliado a
manuten��o dos gastos com os PLEX os mais baixos poss�veis.
Tudo isso est� ocorrendo em um contexto econ�mico de
liberaliza��o do mercado
de energia, uma press�o generalizada de custos e uma
concorr�ncia crescente, o
que est� gerando diminui��o das margens de seguran�a,
redu��o de pessoal e
redu��o de esfor�os para a realiza��o de inspe��o e
manuten��o . enquanto o
curso em dire��o ao envelhecimento das usinas nucleares
requereriam
exatamente o oposto.
Ao mesmo tempo, o aumento da capacidade de gera��o leva a
uma redu��o das
margens de seguran�a e a um aumento do consumo de
combust�vel nuclear.
D.1 � Vulnerabilidade das Usinas Nucleares a Atos de
Terrorismo e Guerras.
As amea�as de ataques terroristas e atos de guerra a usinas
nucleares podem ser
resumidos desta forma:
● Devido a sua import�ncia para o sistema de fornecimento de
eletricidade, �s
severas conseq��ncias da libera��o de radioatividade, e a
seu car�ter simb�lico,
as usinas de energia nuclear s�o .alvo atrativos. para
ataques tanto terroristas
como militares.
● Usinas de energia nuclear poderiam ser alvos em caso de
guerra se h� suspeita
de que existe uso militar da mesma.
● O espectro de modos poss�veis de ataques � muito diverso.
Ataques poderiam
ser levados a cabo por ar, terra ou �gua. Diferentes meios
ou armas podem ser
empregados.
● Um ataque a uma usina de energia nuclear pode levar �
libera��o de
radioatividade equivalente a v�rias vezes o que foi liberado
em Chernobyl. A
reloca��o da popula��o pode ser necess�ria para grandes
�reas (de at� 100.000
km2). O n�mero de mortes por c�ncer poderia ultrapassar um
milh�o.
● Medidas de prote��o contra atentados s�o muito limitadas.
Al�m disso, uma
s�rie de medidas conceb�veis n�o pode ser implementada em
uma sociedade
democr�tica.
● N�o h� prote��o contra ataques militares, particularmente
se forem utilizadas
armas pesadas. Considerando-se a vulnerabilidade das usinas
nucleares como
discutido acima, � bastante claro que a energia nuclear �
parte de um caminho .de
alto impacto. de fornecimento de eletricidade, e n�o de um
caminho .de baixo
impacto. e sustent�vel . e que o gradual fim da energia
nuclear seria a melhor
resposta para a amea�a terrorista.
A utiliza��o de energia nuclear exige a constru��o e
opera��o de um n�mero
relativamente pequeno de instala��es grandes e centralizadas,
com uma enorme
concentra��o de capital, assim como de poder econ�mico e
pol�tico. Sistemas .de
alto impacto. de energia sempre possuem marcadas implica��es
militares. Essa
centraliza��o tamb�m leva a uma vulnerabilidade particular
contra ataques
terroristas ou relacionados � guerra.
O caminho .de baixo impacto., com um m�ximo de efici�ncia de
uso energ�tico e
o apoio em fontes renov�veis, implica uma produ��o de
eletricidade em usinas
numerosas, pequenas e descentralizadas. Sistemas energ�ticos
.de baixo imacto.
e sustent�veis n�o est�o sob suspeita de serem utilizados
para fins militares e,
assim, n�o ser�o alvos de ataques por raz�es como essa . ao
contr�rio das
TRADU��O PRELIMINAR SUJEITA A REVIS�O T�CNICA 16
instala��es nucleares. Al�m disso, eles s�o geralmente menos
vulner�veis a
ataques do que os sistemas .de alto impacto..
D1.2- Vulnerabilidade a Ataques Terroristas das Usinas de
Reprocessamento
e Dep�sitos de Combust�vel Nuclear Usado.
As instala��es de armazenamento de res�duos radioativos e
combust�vel nuclear
usado cont�m de longe as maiores quantidades de subst�ncias
radioativas de
quaisquer instala��es ao longo de toda a cadeia do
combust�vel nuclear.
Combust�vel em tanques de resfriamento assim como rejeitos
altamente
radioativos (l�quido ou lodo) s�o particularmente
vulner�veis a ataques.
A principal raz�o para isso � que eles est�o guardados de
uma forma que podem
ser facilmente dispersos, em instala��es de armazenamento
que n�o s�o
projetadas para suportar a colis�o de grandes aeronaves ou
um ataque com
armas pesadas. Instala��es de armazenamento em usinas de
reprocessamento
cont�m centenas de vezes a quantidade de radioatividade
liberada como
conseq��ncia do desastre de Chernobyl.
Al�m disso, instala��es de reprocessamento armazenam dezenas
de toneladas
de plut�nio, o qual poderia em parte ser disperso como
resultado de um grande
inc�ndio provocado por um acidente ou ataque terrorista. A
inala��o de poucas
dezenas de microgramas (a milion�sima parte de uma grama)
pode provocar um
c�ncer de pulm�o letal.
O plut�nio tamb�m pode ser desviado para prop�sitos de
armamentos. V�rios
quilogramas s�o suficientes para a fabrica��o de um
dispositivo nuclear bruto.
A situa��o na instala��o de La Haque levanta muitas quest�es.
A aten��o p�blica
at� agora esteve focada no risco potencial dos tanques de
combust�vel utilizado,
enquanto em Sellafield o armazenamento dos res�duos l�quidos
altamente
radioativos foi objeto de grande preocupa��o. No entanto, o
s�tio em La Hague
tamb�m manteve quantidade significativa (> 1.100 m3 em
setembro de 2004) de
rejeitos l�quidos altamente radioativos sem condicionamento,
um fato que n�o foi
sujeito a nenhum estudo por parte de um especialista
independente, ou a qualquer
aten��o p�blica at� agora. |
|
|
|
Novo sistema de governo (inventado)
para o Brasil � (Apol�tico), ou seja, sem pol�ticos,
troque a irresponsabilidade pela responsabilidade, de o
seu apoio no site:
http://sfbbrasil.org
|
|
|
Conhe�a
o
Ache
Tudo e Regi�o o portal de todos
Brasileiros.
Coloque este portal em seus favoritos. Cultive o
h�bito de ler, temos diversidade de informa��es �teis
ao seu dispor. Seja bem vindo,
gostamos de suas cr�ticas e sugest�es, elas nos ajudam a melhorar
a cada ano.
|