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ALÚMINIO |
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O alumínio é um elemento químico de símbolo Al de
número atômico 13 ( 13 prótons e 13 elétrons ) com massa
atómica 27 u. Na temperatura ambiente é sólido, sendo o
elemento metálico mais abundante da crosta terrestre.
Sua leveza, condutividade elétrica, resistência à
corrosão e baixo ponto de fusão lhe conferem uma
multiplicidade de aplicações, especialmente nas soluções
de engenharia aeronáutica.
Entretanto, mesmo com o baixo custo para a sua
reciclagem, o que aumenta sua vida útil e a estabilidade
do seu valor, a elevada quantidade de energia necessária
para a sua obtenção reduzem sobremaneira o seu campo de
aplicação, além das implicações ecológicas negativas no
rejeito dos subprodutos do processo de reciclagem, ou
mesmo de produção do alumínio primário.
É dado a Friedrich Wöhler o reconhecimento do isolamento
do alumínio, em 1827.
Características principais
O alumínio é um metal leve, macio e resistente. Possui
um aspecto cinza prateado e fosco, devido à fina camada
de óxidos que se forma rapidamente quando exposto ao ar.
O alumínio não é tóxico como metal, não-magnético, e não
cria faíscas quando exposto à atrito. O alumínio puro
possui tensão de cerca de 19 megapascais (MPa) e 400 MPa
se inserido dentro de uma liga.
Sua densidade é aproximadamente de um terço do aço ou
cobre. É muito maleável, muito dúctil, apto para a
mecanização e fundição, além de ter uma excelente
resistência à corrosão e durabilidade devido à camada
protetora de óxido. É o segundo metal mais maleável,
sendo o primeiro o ouro, e o sexto mais dúctil. Por ser
um bom condutor de calor, é muito utilizado em panelas
de cozinha.
Aplicações
Considerando a quantidade e o valor do metal empregado,
o uso do alumínio excede o de qualquer outro metal,
exceto o aço. É um material importante em múltiplas
atividades econômicas.
O alumínio puro é mais dúctil em relação ao aço , porém
suas ligas com pequenas quantidades de cobre, manganês,
silício, magnésio e outros elementos apresentam uma
grande quantidade de características adequadas às mais
diversas aplicações. Estas ligas constituem o material
principal para a produção de muitos componentes dos
aviões e foguetes.
Quando se evapora o alumínio no vácuo, forma-se um
revestimento que reflete tanto a luz visível como a
infravermelha, sendo o processo mais utilizado para a
fabricação de refletores automotivos , por exemplo. Como
a capa de óxido que se forma impede a deterioração do
revestimento, utiliza-se o alumínio para a fabricação de
espelhos de telescópios, em substituição aos de prata.
Devido à sua grande reatividade química é usado, quando
finamente pulverizado, como combustível sólido para
foguetes e para a produção de explosivos. Ainda usado
como ánodo de sacrifício e em processos de aluminotermia
para a obtenção de metais.
Outros usos do alumínio são:
Meios de Transporte: Como elementos estruturais em
aviões, barcos, automóveis, bicicletas, tanques,
blindagens e outros.
Embalagens: Papel de alumínio, latas, embalagens Tetra
Pak e outras.
Construção civil: Janelas, portas, divisórias, grades e
outros. Bens de uso: Utensílios de cozinha, ferramentas
e outros.
Transmissão elétrica: Ainda que a condutibilidade
elétrica do alumínio seja 60% menor que a do cobre, o
seu uso em redes de transmissão elétricas é compensado
pela seu menor custo e densidade, permitindo maior
distância entre as torres de transmissão.
Como recipientes criogênicos até -200 °C e, no sentido
oposto, para a fabricação de caldeiras
Observação: As ligas de alumínio assumem diversas formas
como a Duralumínio.
Descobriu-se recentemente que ligas de gálio-alumínio em
contato com água produzem uma reação química dando como
resultado hidrogênio, por impedir a formação de camada
protetora (passivadora) de óxido de alumínio e fazendo o
alumínio se comportar similarmente a um metal alcalino
como o sódio ou o potássio.[1][2] Tal popriedade é
pesquisada como fonte de hidrogênio para motores, em
substituição aos derivados de petróleo e outros
combustíveis de motores de combustão interna.
História
Tanto na Grécia como na Roma antigas se empregava a
pedra-ume (do latim alūmen ), um sal duplo de alumínio e
potássio, como mordente em tinturaria e adstringente em
medicina, uso ainda em vigor.
Geralmente é dado a Friedrich Wöhler o reconhecimento do
isolamento do alumínio, fato que ocorreu em 1827, apesar
de o metal ter sido obtido impuro alguns anos antes pelo
físico e químico Hans Christian Ørsted.
Em 1807, Humphrey Davy propôs o nome aluminum para este
metal ainda não descoberto. Mais tarde resolveu-se
trocar o nome para aluminium por coerência com a maioria
dos outros nomes latinos dos elementos, que usam o
sufixo -ium. Desta maneira ocorreu a derivação dos nomes
atuais dos elementos em outros idiomas. Entretanto, nos
EUA, com o tempo se popularizou a outra forma, hoje
admitida também pela IUPAC.
Apesar do alumíno ser um metal encontrado em abundância
na crosta terrestre (8,1%) raramente é encontrado livre.
Suas aplicações industriais são relativamente recentes,
sendo produzido em escala industrial a partir do final
do século XIX. Quando foi descoberto verificou-se que a
sua separação das rochas que o continham era
extremamente difícil. Como conseqüência, durante algum
tempo, foi considerado um metal precioso, mais valioso
que o ouro.
Com o avanço dos processos de obtenção os preços
baixaram continuamente até colapsar em 1889, devido à
descoberta anterior de um método simples de extração do
metal. Atualmente, um dos fatores que estimulam o seu
uso é a estabilidade do seu preço, provocada
principalmente pela sua reciclagem.
Em 1859, Henri Sainte-Claire Deville anunciou melhorias
no processo de obtenção, ao substituir o potássio por
sódio e o cloreto simples pelo duplo. Posteriormente,
com a invenção do processo Hall-Héroult em 1886,
simplificou-se e barateou-se a extração do alumínio a
partir do mineral. Este processo, juntamente com o
processo Bayer , descoberto no mesmo ano, permitiram
estender o uso do alumínio para uma multiplicidade de
aplicações até então economicamente inviáveis.
A recuperação do metal a partir da reciclagem é uma
prática conhecida desde o início do século XX.
Entretanto, foi a partir da década de 1960 que o
processo se generalizou, mais por razões ambientais do
que econômicas.
O processo ordinário de obtenção do alumínio ocorre em
duas etapas: a obtenção da alumina pelo processo Bayer
e, posteriormente, a eletrólise do óxido para obter o
alumínio. A elevada reatividade do alumínio impede
extraí-lo da alumina mediante a redução, sendo
necessário obtê-lo através da eletrólise do óxido, o que
exige este composto no estado líquido. A alumina possui
um ponto de fusão extremamente alto (2000 °C) tornando
inviável de forma econômica a extração do metal.
Porém, a adição de um fundente, no caso a criolita,
permite que a eletrólise ocorra a uma temperatura menor,
de aproximadamente 1000 °C. Atualmente, a criolita está
sendo substituída pela ciolita, um fluoreto artificial
de alumínio, sódio e cálcio.
Isós
O alumínio possui nove isós , cujas massas atômicas
variam entre 23 e 30 u. Somente o Al-27, estável, e o
Al-26, radioativo com uma vida média de 7,2×105 anos,
são encontrados na natureza. O Al-26 é produzido na
atmosfera a partir do bombardeamento do argônio por
raios cósmicos e prótons. Os isós têm aplicação
prática na datação de sedimentos marinhos, gelos
glaciais, meteoritos, etc. A relação Al-26 / Be-10 é
empregada na análise de processos de transporte,
deposição, sedimentação e erosão a escalas de tempo de
milhões de anos.
O Al-26 cosmogênico se aplicou primeiro nos estudos da
Lua e dos meteoritos. Estes corpos espaciais se
encontram submetidos a intensos bombardeios de raios
cósmicos durante suas viagens espaciais, produzindo-se
uma quantidade significativa de Al-26. Após o impacto
contra a Terra, a atmosfera que filtra os raios cósmicos
detém a produção de Al-26, permitindo determinar a época
em que o meteorito caiu.
Alumínio Transparente
O alumínio transparente é hoje uma realidade. Sua
descoberta foi prevista no filme de ficção científica
Star Trek 4 (Jornada nas Estrelas 4).
O alumínio transparente é conhecido na indústria
como ALONtm, se trata de um oxinitrato policristalino de
alumínio, ou seja, uma cerâmica transparente
cristalizada sobre átomos de alumínio. Apesar de ser uma
cerâmica, é muito mais resistente que o vidro blindado,
e seu desenvolvimento foi inicialmente buscado pelo
exército americano para a construção de janelas em
veículos blindados. O alumínio transparente é muito mais
resistente, leve e fino que o vidro blindado, oferecendo
diversas vantagens para a blindagem de veículos.
Apresenta diversas outras vantagens sobre o vidro, e
para uso civil já está sendo usado em leitores de código
de barras em supermercados devido ao seu alto índice de
transparência para luz visível e ultravioleta. Muitas
outras aplicações estão previstas para o ALONtm
(alumínio transparente), e até mesmo as latas de cerveja
e refrigerante serão fabricadas nesse material (em 20 ou
30 anos).
Todo o mercado pode se beneficiar dessa descoberta,
dependendo somente da queda do preço desse produto, pois
o método de produção do ALONTM é ainda 5 vezes mais caro
que o vidro blindado. Muitas pesquisas estão avançando
nesse campo, basta lembrar que o alumínio já foi
considerado metal nobre devido ao mesmo problema (alto
custo de fabricação) e hoje é um material muito barato.
Precauções
Amostra de alumínio
O alumínio é um dos poucos elementos abundantes na
natureza que parecem não apresentar nenhuma função
biológica significativa. Algumas pessoas manifestam
alergia ao alumínio, sofrendo dermatites ao seu contato,
inclusive desordens digestivas ao ingerir alimentos
cozidos em recipientes de alumínio.
Para as demais pessoas o alumínio não é considerado
tão tóxico como os metais pesados, ainda que existam
evidências de certa toxicidade quando ingerido em
grandes quantidades. Em relação ao uso de recipientes de
alumínio não se têm encontrado problemas de saúde,
estando estes relacionados com o consumo de antiácidos e
antitranspirantes que contêm este elemento. Tem-se
sugerido que o alumínio possa estar relacionado com o
mal de Alzheimer, ainda que esta hipótese não tenha
comprovação conclusiva.
O Alumínio é um dos elementos mais abundantes na crosta
terrestre na forma de óxido de alumínio (Al2O3). Talvez
por causa disto ele é tido como inofensivo mas a
exposição a altas concentrações pode causar problemas de
saúde principalmente quando na forma de íons em que ele
é solúvel em água.
A ingestão do alumínio pode acontecer através da comida,
do ar e contato com a pele. A ingestão por muito tempo
do alumínio em concentrações altas pode levar a sérios
problemas de saúde como:
Demência
Danos ao sistema nervoso central
Perda de memória
Surdez
Fortes tremores
Dores musculares
Cólicas
Fraqueza
Inapetência
Impotência
A inspiração de alumínio em pó em fábricas onde este
elemento é utilizado no processo de produção pode levar
à fibrose pulmonar e outros danos ao pulmão. Este efeito
conhecido como Mal de Shaver é complicado pela presença
no ar de sílica e óxido de ferro. Na diálise renal ele
pode penetrar nos rins e causar danos.
Sua concentração parece ser maior em lagos ácidos.
Nestes lagos o número de peixes e anfíbios está
diminuindo devido a reações de íons de alumínio com
proteínas nos alevinos de peixes e embriões de anfíbios.
Informações gerais
Nome, símbolo, número Alumínio, Al, 13
Série química metais representativos
Grupo, período, bloco 13, 3, p
Densidade, dureza 2697 kg/m3, 2,75
Aparência cinza prateado
Número CAS
Número EINECS
Propriedade atómicas
Massa atômica 26,9815386(8) u
Raio atómico (calculado) 143 pm
Raio covalente 121 pm
Raio de Van der Waals 184 pm
Configuração electrónica [Ne] 3s2 3p1
Elétrons (por nível de energia) 2, 8, 3
Estado(s) de oxidação
Óxido
Estrutura cristalina Cúbico de faces centradas
Propriedades físicas
Estado da matéria sólido
Ponto de fusão 933,47 K
Ponto de ebulição 2792 K
Entalpia de fusão 10,79 kJ/mol
Entalpia de vaporização 293,4 kJ/mol
Temperatura crítica K
Pressão crítica Pa
Volume molar m3/mol
Pressão de vapor
Velocidade do som m/s a 20 °C
Diversos
Eletronegatividade
(Pauling) 1,61
Calor específico 900 J/(kg·K)
Condutividade elétrica S/m
Condutividade térmica 237 W/(m·K)
1º Potencial de ionização 577,5 kJ/mol
2º Potencial de ionização 1816,7 kJ/mol
3º Potencial de ionização 2744,8 kJ/mol
4º Potencial de ionização {{{potencial_ionização4}}}
kJ/mol
5º Potencial de ionização {{{potencial_ionização5}}}
kJ/mol
6º Potencial de ionização {{{potencial_ionização6}}}
kJ/mol
7º Potencial de ionização {{{potencial_ionização7}}}
kJ/mol
8º Potencial de ionização {{{potencial_ionização8}}}
kJ/mol
9º Potencial de ionização {{{potencial_ionização9}}}
kJ/mol
10º Potencial de ionização {{{potencial_ionização10}}}
kJ/mol
Isós mais estáveis
iso AN Meia-vida MD Ed PD
MeV
26Al sintético 7,17 x 105 anos ε 4,004 26Mg
27Al 100% estável, com 14 neutrões
Unidades do SI & CNTP, salvo indicação contrária.
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Foto: infoescola |
Referências:
Purdue University(April 10, 2007)
Ache Tudo e Região
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