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Derretimento das calotas polares ocorre em ritmo acelerado
Mais completo estudo j� realizado mostra que o degelo contribui cada
vez mais para o aumento do n�vel do mar. Groenl�ndia tem a pior
situa��o.
As calotas polares (gelo acumulado em cima da terra firme) est�o
derretendo num ritmo cada vez mais acelerado. � o que mostra o mais
atual e completo levantamento realizado a partir de observa��es de
sat�lites, publicado nesta sexta-feira na revista cient�fica
Science. De acordo com o estudo, o derretimento anual de 4.260
bilh�es de toneladas de gelo na Ant�rtida e na Groenl�ndia, em um
per�odo de quase 20 anos, aumentou em 11 mil�metros o n�vel do mar �
o equivalente a um quinto do aumento observado no per�odo.
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No levantamento, Andrew Shepherd, da
Universidade de Leeds, no Reino Unido, em
parceria com uma equipe de 47 pesquisadores
de 26 laborat�rios internacionais, concluiu
que entre 1992 e 2011 as calotas polares da
Ant�rtida e da Groenl�ndia perderam 1.320 e
2.940 bilh�es de toneladas de massa de gelo
por ano, respectivamente. Esse derretimento
seria respons�vel por parte do aumento do
n�vel do mar. �O restante do aumento �
causado pelo pr�prio aquecimento das �guas,
numa rea��o conhecida por expans�o t�rmica�,
diz Paulo Polito, professor do Instituto
Oceanogr�fico da Universidade de S�o Paulo,
em entrevista ao site de VEJA. |
Duas d�cadas de observa��o � Como o estudo da perda de massa de gelo
via sat�lites � algo relativamente recente (in�cio da d�cada de 90),
o trabalho de Shepherd oferece pela primeira vez uma compara��o da
perda e do ganho de massa ao longo de praticamente 20 anos. Essa
perda de massa � causada, basicamente, pelo derretimento das calotas.
O ganho, pela precipita��o de neve.
As an�lises de sat�lite tamb�m permitiram comparar o saldo de perda
e ganho de massa nas principais regi�es de calotas polares. S�o elas:
Groenl�ndia, Ant�rtida Ocidental (cerca de dois ter�os do continente),
Ant�rtida Oriental e Pen�nsula Ant�rtida. Das quatro, apenas a
Ant�rtida Oriental apresentou, ao longo dos 20 anos, ganho de massa
de gelo. Mas em um volume que nem de perto compensa as perdas das
outras regi�es � essa fatia do continente acumulou algo em torno de
14 bilh�es de toneladas por ano.
No hemisf�rio Norte, a Groenl�ndia derreteu num ritmo acelerado,
perdendo 152 bilh�es de toneladas de gelo por ano, em m�dia. Segundo
Erik Ivins, o intenso degelo na regi�o � consequ�ncia do aumento das
temperaturas tanto em terra quanto na �gua que a cerca. �As
temporadas de degelo de ver�o est�o ficando cada vez mais longas�,
diz. A situa��o preocupa: a Groenl�ndia perde hoje cinco vezes mais
massa de gelo do que nos anos 90. Veja Brasil
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