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Aviso: existem ações em todo o planeta para encerrar as atividades escravagistas dos zoológicos, os zoos é a porta de entrada para o tráfico dos animais, além de sua prisão eterna. No Brasil muitos zoos já foram fechados, e muitos aguardam a decisão da justiça. Portanto, alunos, não há mais futuro para quem deseja trabalhar em zoos.

O que é zoologia?

Introdução

Considerando a etimologia da palavra Zoologia (do idioma Grego: zoon, animal e logos, estudo), este ramo da Biologia é um vasto domínio que pode englobar todos os aspectos da biologia animal, inclusive relações entre animais e ambiente.

Mas o que é mesmo um animal? Durante muito tempo animais eram todos os organismos eucariontes que utilizam a matéria orgânica existente como alimento, possuem membranas flexíveis e permeáveis. Contudo, esta definição cabia, não sem uma certa dificuldade, na classificação tradicional dos organismos vivos em plantas e animais.

A descoberta de organismos unicelulares, como a Euglena, com características intermediárias entre os dois reinos, levou Haeckel, em 1866 a criar um terceiro reino - Protista, restrito a organismos unicelulares. As bactérias e as algas cianofíceas, seres procariontes, foram incluídos pelo autor no reino Monera.

O termo Protista, portanto foi criado exclusivamente para organismos unicelulares, mas acredita-se, na atualidade, que a multicelularidade evoluíu muitas vezes a partir de formas unicelulares. Reinos como Plantae, Fungi e Metazoa demonstram as diversas origens da multicelularidade. Mesmo nos protistas, a exemplo de ciliados, ao menos uma espécie forma esporos com estrutura multicelular e as algas euglenidas e diatomáceas também têm derivados multicelulares.. Assim, o termo Protoctista foi proposto para acomodar certos organismos multicelulares e os unicelulares (Margulis & Schwartz, 1988).

Geralmente são considerados protozoários os Protoctista ou Protista heterotróficos, portanto semelhantes neste aspecto aos animais, mas o compartilhamento deste modo de nutrição não é suficiente para unir seus representantes em uma categoria taxonômica (Lipscomb, 1996).

Diante do exposto, animal é sinônimo de metazoário e estes são compostos de numerosas células, ao menos parte dessas dispostas em camadas. diferenciadas em muitos tipos, os quais desempenham diferentes funções ( divisão de trabalho ). Com exceção das esponjas, existe sistema nervoso, o qual é centralizado na parte anterior do corpo da grande maioria dos animais bilaterais. Em geral os gametas, que constituem a linhagem germinativa, são produzidos em órgãos, assegurando a continuidade da vida de um soma, cujas células, à exceção das esponjas, não participam da reprodução.

Neste contexto a inclusão de "protozoários" na Zoologia pode estar equivocada, pois estariam melhor posicionados numa disciplina à parte – Protistologia, por exemplo. Enquanto isto não ocorre no curso de Ciências Biológicas da UFBA, mantemos o estudo de alguns dos 35 filos de Protoctista ou Protista, pois além de executarem os mesmos processos básicos de manutenção da vida animal, seu estudo permite discussão sobre o estabelecimento de padrões básicos da vida no início da evolução.

Neste texto apresentaremos alguns outros tópicos básicos, que implicam na aquisição de conceitos importantes na compreensão da Zoologia, os quais podem ser agrupados em quatro questões:

  • 1. O que é Zoologia?

  • 2. Por que estudar os animais?

  • 3. Para que estudar os animais?

  • 4. Como estudar os animais?

1. O que é Zoologia?

Podemos definir Zoologia como " um ramo da Biologia que engloba todos os aspectos da biologia animal, inclusive relações entre animais e ambiente". Com esta definição, tão ampla, estudamos não apenas morfologia, sistemática e ecologia, mas também o funcionamento dos animais, constituintes químicos dos tecidos, formação e desenvolvimento, propriedades e funções celulares. A zoologia experimental, por exemplo, inclui as subdivisões relativas às alterações experimentais dos padrões dos animais como genética, morfologia experimental e embriologia.

Do exposto acima ficam ressaltados os vários campos de investigação com animais e a clara interrelação de outras disciplinas com a zoologia clássica. À medida em que a especialização aumenta, ramos de estudo tornam-se mais e mais restritos: celenterologia - estudo dos cnidários; entomologia - estudo dos insetos, que subdivide-se em sistemática e entomologia econômica; mastozoologia- estudo dos mamíferos e assim por diante.

Considerando que a diversidade é o principal objeto de estudo da Zoologia e que é importante termos algumas noções sobre distribuição dos animais nos diversos ambientes e regiões do planeta, tais tópicos são abordado a seguir.

1.1. Diversidade da vida animal

O contraste entre a unidade química essencial dos seres vivos e a fantática diversidade da vida na Terra é um dos grandes paradoxos da natureza. Sobre este tema recomendamos a leitura do hipertexto Unidade e Diversidade em Sistemas Biológicos, no site Vida: Diversidade e Unidade.

Aproximadamente 2.000.000 de espécies são conhecidas englobando os vários grupos de animais, mas especialistas estimam que em certos grupos, conhece-se apenas uma pequena fração de espécies atuais existentes, notadamente de nematódeos, insetos e certos quelicerados, particularmente os ácaros.

A compreensão da diversidade animal passa pelo entendimento do que é biodiversidade. Um termo, cujo sinônimo mais freqüente é "variedade da vida", que inclui a variedade de estruturas e funções nos níveis genético, de espécie, de população, de comunidade e de ecossistema, uma definição tão ampla quanto a própria Biologia.. Mas, tentativas tem sido feitas para revelar as principais características da biodiversidade, enquanto conceito, e surgem então as três divisões mais citadas na atualidade: diversidade genética, diversidade taxonômica ou de espécies e diversidade de ecossistema.

O estudo da biodiversidade equivale, portanto, ao estudo da história da vida que começou a aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Para um melhor entendimento da vida animal, nós precisamos remontar a cerca de 650 milhões de anos, período do surgimento da pluricelularidade. Já os grandes planos de organização dos metazoários foram definitivamente estabelecidos há 430 milhões de anos. A Terra é inicialmente conquistada pelos vegetais, depois pelos invertebrados e finalmente pelos vertebrados. A conquista do ar é realizada pelos insetos há 350 milhões de anos e pelas aves há 130 ma. Dos animais mais primitivos aos milhões de espécies atuais, há nesta história muitas mudanças, às quais denominamos evolução.

Assim, nos inventários da biodiversidade deve-se buscar padrões que se repetem, entender os processos que geraram diversas espécies e adaptações através a história evolutiva. Neste contexto a reconstrução das filogenias é fundamental para que possamos detectar origens da multicelularidade, a organização celomática e muitos outros aspectos que distinguem a biodiversidade nos tempos atuais.

1.1.1. Diversidade intraespecífica e diversidade interespecífica

A diversidade animal revela-se também em aspectos como dimorfismo sexual, diferenças no desenvolvimento e diferenças individuais, os quais ocorrem dentro de uma mesma espécie, enquanto variações em tamanho, morfologia, fisiologia, simetria, hábitats colonizados, etc., são maiores entre espécies.

Diversidade intraespecífica:

Dimorfismo sexual - as diferenças entre os genitores podem ser claras, como em certos besouros, certas aves e alguns peixes ou não tão claras, ao menos externamente nos quais é difícil distinguir o macho da fêmea, a exemplo do que ocorre nos ouriços do mar.

Diferenças no desenvolvimento - uma forma jovem pode ser completamente diferente da adulta, como por exemplo girino e sapo, lagarta e borboleta, estádios larvais de muitos animais marinhos adultos.

Diferenças individuais - devido ao patrimônio genético de cada indivíduo são encontradas diferenças em tamanho, cor, forma, comportamento, particularidades exploradas pelo homem no desenvolvimento de variedades de animais domesticados.

Diversidade interespecífica:

Tamanho - a ordem de grandeza é notável entre baleias e animais microscópicos que habitam os espaços entre grãos de areia.

Morfologia - diferenças na organização são encontradas não apenas na forma externa, mas também na forma interna. Nos insetos, por exemplo, a maior parte do sistema nervoso é ventral em relação ao tubo digestivo, enquanto que a relação é invertida nos vertebrados.

Fisiologia - as diferenças nas formas exigiram atividades diferentes, por exemplo, nos modos de locomoção e ingestão de alimentos.

Simetria - é a divisão imaginária do corpo de um ser em metades opostas, que devem ser simétricas entre si; basicamente os elementos de simetria são eixos e planos. Eixo é uma reta que atravessa o centro do corpo, de tal modo que ao longo desta reta as partes do corpo se repetem. Plano é a superfície que divide o corpo em partes de tal modo que uma é a imagem especular da outra.

A maioria de animais e protozoários possui algum tipo de simetria e a mais simples é a simetria esférica, rara na natureza, existente apenas em certos protozoários. Nela a forma apresentada é de uma esfera, com suas partes organizadas concentricamente ao redor de um ponto central. Uma esfera tem um número indefinido de planos de simetria que podem passar pelo seu centro e dividir o organismo em metades iguais. Os protozoários com simetria esférica compartilham um importante atributo funcional com organismos assimétricos: em ambos falta polaridade. Em todos os outros tipos de simetria algum nível de polaridade foi atingido, a qual vem acompanhada de especializações nas regiões do corpo.

Um corpo exibindo simetria radial tem a forma de um cilindro, em cuja intersecção dos vários planos de simetria, dispostos radialmente, há um eixo oral-aboral. Modificações existem neste plano básico, sendo exemplos as simetrias birradiais, tetra- penta- ou multirradiais. A simetria birradial ocorre em partes especializadas do corpo e apenas dois planos podem dividir o animal em metades similares. As anêmonas do mar e os ctenóforos a exemplificam. A simetria tetrarradial existe em muitas água-vivas, enquanto a maioria das estrelas-do-mar têm simetria pentarradial, mas são conhecidas outras com vários braços, portanto com simetria multirradial.

Na simetria bilateral, presente dos platelmintos aos vertebrados, existe apenas um plano de simetria - sagital ou mediano - que divide o corpo do animal em duas metades, lado direito e lado esquerdo, sendo uma a imagem especular da outra. O plano frontal divide o corpo em duas regiões, dorsal e ventral, portanto diferentes entre si. Os eixos são o dorso-ventral e o antero-posterior. Modificações desta simetria existem em certos grupos de animais, por exemplo o enrolamento da concha de alguns moluscos, resultante do deslocamento de certas parte do corpo e em outros grupos de animais devido ao hábito de fixar-se ao substrato, geralmente pela superfície ventral, ou ainda causada pelo desenvolvimento desigual de certas estruturas pareadas.

Hábitats - a diversidade animal também é expressa na variedade de hábitats que os animais ocupam; geralmente acredita-se que os animais tenham se originado nos oceanos arqueozóicos, bem antes do primeiro registro fóssil. Todo filo importante de animais tem pelo menos alguns representantes marinhos e do ambiente marinho ancestral grupos diferentes invadiram a água doce, enquanto outros moveram-se para a terra. Cada hábitat diferente - floresta, oceano, deserto, lago, contém sua diversidade animal característica.

1.1.2. Caracterização dos ambientes e distribuição ecológica dos animais.

Um estudo detalhado revela que todo organismo enfrenta as mesmas necessidades fundamentais de sobrevivência e os mesmos problemas de alimentação para obter energia, ocupação de espaço vital e produção de novas gerações. Na solução destes problemas os organismos se diferenciaram em inúmeras formas, adaptadas à vida de ambientes particulares.

A distribuição dos animais é limitada pela existência de ambientes adequados à sua vida e estando o ambiente sujeito às alterações naturais ou artificiais eles buscam novos locais para habitarem. A disponibilidade de alimento é fator muito importante na distribuição dos animais, assim como temperatura, água, competidores naturais, predadores, entre outros.

Ambientes marinhos, estuários e manguezais:

Comparando com a água doce e a terra, o ambiente marinho é relativamente uniforme, o oxigênio geralmente é disponível e a salinidade do mar aberto é relativamente constante.

A maioria dos animais que vive no oceano é estenohialina, isto é, não suportam variações bruscas de salinidade.

As estratégias de sobrevivência são variadas e inúmeras as adaptações dos organismos marinhos, particularmente daqueles que vivem na fronteira entre terra e água e os animais das regiões batipelágicas, onde impera a escuridão. Os animais que habitam permanentemente esta zona são carnívoros ou consumidores de detritos e os que vivem na zona do entremarés suportam longos períodos de exposição à dessecação.

Os ambientes estuarinos incluem fozes de rios, deltas circundantes, pântanos costeiros, pequenas enseadas e são geralmente afetados por marés, de onde se origina a palavra estuário (do latim aestus=maré). Já os manguezais são ambientes estuarinos especiais, caracterizados por apresentarem densa vegetação de plantas que vivem em condições salinas, denominadas mangues.

A salinidade flutuante em muitos estuários restringe a fauna estuarina, característica destes ambientes, e apenas invasores marinhos eurihalinos e poucas espécies de água doce podem tolerar essa condição.

Para saber mais sobre o assunto utilize os links Ambientes Marinhos e Ambientes Estuarinos e Manguezais no site do Projeto Qualibio (IBUFBA)

Ambientes dulciaqüícolas ou límnicos:

Como os ambientes marinhos, os ambiente dulciaqüícolas, particularmente lagos e rios, também apresentam um zoneamento horizontal e vertical, mas seus menores tamanhos, suas profundidades relativamente mais rasas e o conteúdo de água doce os tornam ecologicamente diferentes dos oceanos.

Ao contrário da água salgada que se torna progressivamente mais densa em temperaturas reduzidas, a água doce alcança a sua maior densidade a 4° C. Ocorre pouca circulação entre os níveis superior e inferior, de forma que a zona do fundo não é somente escura, mas também é relativamente estagnada por falta de oxigênio, sustentando uma fauna limitada.

Os animais que habitam a água doce apresentam diversas adaptações, entre as quais destacamos a supressão do estádio larval, a qual é realizada de várias formas. É freqüente que fêmeas produzam grandes ovos de desenvolvimento direto que elas guardam até a eclosão. Em outros casos, os ovos são colocados em casulos, fixos em corpos estranhos ou são meio enterrados no sedimento.

A água podem gelar ou desaparecer por evaporação, em conseqüência disto há uma série de adaptações que permitem a sobrevivência da fauna, a exemplo de gêmulas de esponjas, cisto ovígero de planárias, ovos de hidras.

Os diversos ambientes límnicos diferem entre si pela quantidade de água e pela movimentaçao (águas lênticas são paradas e águas lóticas são correntes). Entre as diversas facies dos ambientes límnicos - lagos, rios, fontes, açudes, poços, entre outros, há também miniaturas de aquários que se formam nas bromélias, plantas epífitas comuns em nossa região e abrigam uma fauna especial.

Complete seu estudo consultando Ambientes Dulciaquícolas no site do Projeto Qualibio.

Ambientes terrestres:

Os ambientes terrestres são extremamente variados e suas condiç������������������������������������������es físicas muito menos estáveis do que nos ambientes aquáticos. Cada um deles é caracterizado por um conjunto de fatores ecológicos, como solo, clima, geomorfologia e também bióticos, que permitiu a colonização por flora e fauna particulares. Os principais tipos de ecossistemas dependem principalmente de fatores climáticos, como temperatura, luz e precipitação, além dos fatores edáficos, textura do solo, teor de nutrientes e capacidade de armazenar água, permitindo que haja uma variação periódica regular: sazonal e diária. (Fonseca & Brazil, 1998).

O problema mais crítico para os animais terrestres é a perda de água pela evaporação. A solução para este problema tem sido um fator primário na evolução de muitas adaptações para a vida na terra. Para maiores informações consulte Ambientes Terrestres no site do Projeto Qualibio.

Ambientes biológicos:

Os próprios seres vivos servem de meio para outros organismos, constituindo assim um tipo especial de ambiente, conhecido como meio biológico. Muitos organismos vivem no interior ou na superfície de outros em associações íntimas, conjuntamente chamadas de simbiose (sim=juntos; bio=vida). Para alguns simbiontes, a associação com o seu hospedeiro é imprescindível para sua sobrevivência (associação obrigatória), mas para outros a associação, apesar de melhorar a condição de vida, não é obrigatória (associação facultativa). (Madeira, 1998, site do Projeto Qualibio) .

1.1.3. Distribuição geográfica

O estudo dos fatores que influenciam a distribuição, a variedade e a abundância da vida na Terra constituem a Biogeografia, uma disciplina integradora que une conceitos de biologia evolutiva, ecologia e geologia com as perspectivas e metodologias da geografia.

A atual distribuição da espécies de água doce ou terrestres é resultado de três fatores principais: (1) as relações entre as terras e os mares em antigos tempos geológicos que permitiram a extensão de um grupo a partir do seu centro de origem, ou ao contrário o isolamento definitivo de um certo conjunto faunístico; (2) o meio de disseminação, se passivo ou ativo; (3) numerosas mudanças no meio ambiente desde o início dos povoamentos, que levaram à extinção de certas espécies e sobrevivência de outras.

Ambientes terrestres e límnicos são divididos em regiões que têm fauna distinta. Tais regiões são baseadas nas relações taxonômicas ou filogenéticas e não sobre adaptações dos animais a ambientes específicos.

A partir de estudos sobre a distribuição de vertebrados recentes, descobertas paleontológicas, distribuição dos climas e a teoria de tectônica de placas ( que explica a progressiva separação dos continentes, pois a superfície da Terra é construída de placas móveis), ambientes terrestres e dulciaqüícolas foram divididos em seis grandes regiões zoogeográficas: Neártica - América do Norte, com exceção da extremidade sul; Paleártica - Europa e norte da Ásia, das Ilhas Britânicas ao Japão, incluindo a África do Norte ao deserto do Saara; Etiópica - África, incluindo o sul do deserto de Saara, Madagáscar e ilhas adjacentes; Oriental - Índia, Malásia, Filipinas e regiões próximas; Australiana - Austrália, Tasmânia, Nova Guiné, Nova Zelândia e ilhas oceânicas do Pacífico; Neotropical - Américas do Sul e Central, Antilhas.

As regiões acima, Neártica e Paleártica, são próximas e deste modo a fauna contém muitas espécies em comum, daí serem freqüentemente reunidas em uma região denominada Holártica.

Para saber mais sobre a tectônica de placas consulte o capítulo "The living Machine: Plate Tectonics"do hipertexto Planet Earth and New Geosciences.( Schmidt, V.A.& Herbert, W).

De acordo com o clima e latitude são delimitadas cinco regiões para as águas marinhas

costeiras: Tropical, Boreal ( Atlântico e Pacífico) Antiboreal, Ártica, Antártica, bem como outras menores a exemplo da região Mediterrânea.

Ainda que as espécies pelágicas possam apresentar maior dispersão, as diferenças entre os povoamentos bentônicos nos oceanos, conduzem a divisão das zonas mais profundas em apenas três regiões: Indopacífica, Atlântica e Antártica (ou Antártida).

Costuma-se também classificar os padrões de distribuição em endêmico, alopátrido, simpátrido, circumboreal, circumpolar, cosmopolita e pantropical. Endêmica refere-se à distribuição restrita de um táxon, nativo de uma área particular; por exemplo, o coral Mussismilia braziliensis só ocorre no nordeste brasileiro; alopátrida, cujo significado é "outro país" refere-se às diferentes áreas de distribuição de um táxon, que não se superpõem; simpátrida, cujo significado literal é "mesmo país" , refere-se à distribuição de diferentes espécies na mesma área; circumboreal – distribuição nas altas latitudes do hemisfério norte; circumpolar – distribuição restrita aos polos norte e sul; cosmopolita – uma distribuição por todo o mundo, ou quase; pantropical – refere-se à área de distribuição entre os trópicos.

2 Por que estudar os animais?

O homem é um produto do processo evolutivo, deste modo a aquisição de conhecimentos sobre os animais é necessária como parte da incessante busca de compreensão da natureza e da posição que o próprio homem nela ocupa.

3. Para que estudar os animais?

Em primeiro lugar para conhecer a estrutura e o funcionamento dos mesmos, buscando entender suas relações evolutivas . Grande parte do que hoje sabemos sobre os seres humanos conseguiu-se estudando outros animais.

Compreender as relações entre animais, destes com as plantas e com o ambiente para possibilitar a detecção do equilíbrio e de perturbações naturais ou provocadas pela cegueira humana.

Buscar soluções para problemas relacionados à saúde dos humanos e de outros animais pesquisando parasitos, vetores de doenças, inclusive as que causam destruição de frutos e cereais.

Aplicar conhecimentos adquiridos na produção de alimentos, vestuário e medicamentos. As indústrias que lidam com animais domésticos, a pesca comercial, a apicultura e o comércio de peles criam um mercado de trabalho para inúmeras pessoas.

Disponibilizar meios de contemplação aos homens em áreas de lazer, uma excelente forma de descarregar tensões da sociedade. O fiel companheiro de nossa existência terrestre, o animal e sua imagem habitam nosso ser, mesmo que o mundo da consciência quotidiana os tenham eliminado.

4. Como estudar os animais?

As informações sobre animais provêm de conhecimentos populares, baseados na observação e de conhecimentos técnico-científicos baseados em observações e experimentos controlados.

Em Biologia costuma-se agrupar as disciplinas em dois campos, Biologia geral e Biologia comparada. A Biologia geral com base em métodos experimentais, estuda os mecanismos e os processos que governam os seres vivos. A Biologia comparada estuda a biodiversidade usando o método comparativo, mais que o experimental, para descobrir padrões bióticos.

O conhecimento técnico-científico sobre animais, portanto, é adquirido pelos métodos comparativo e experimental. No primeiro, a finalidade é a descrição de padrões e no segundo a formulação de conceitos que tenham ampla aplicação no campo de estudo considerado. Bons cientistas formulam hipóteses a partir de fatos acumulados, testam suas teorias, repetem seus experimentos e não hesitam em buscar o parecer de outros especialistas. Suas descobertas devem ser divulgadas, pois assim estarão contribuindo para a ampliação do seu campo de investigação.

Referências bibliográficas:

Fonseca, M. & Brazil, T.K. Ambientes Terrestres. In: Vida: Diversidade e Unidade. Peixinho, S. & Rocha, P. (Eds.).URL: http://www.ufba.br/~qualibio. 1998.

Madeira, A. V. Ambientes Biológicos. In: Vida: Diversidade e Unidade. Peixinho, S. & Rocha, P. (Eds.).URL: http://www.ufba.br/~qualibio. 1998.

Margulis, L. & Schwartz, K.V. Five Kingdoms. An illustrated Guide to the Phyla of Life on Earth, 2 ed. New York: W.H. Freeman and Company. 1988. 376p.

Fontes de consulta:

Brusca, R.C.; Brusca, G.J. Invertebrates. Sanderland, Massachussets: Sinauer Associates Inc. 1990. 922p.

Cuénot, L. La Génèse des Espèces Animales. Paris: Librairie Félix Alcan. 3 ed. 1932. 822p.

Gaston, K. What is biodiversity? In: Gaston, K. Biodiversity. A Biology of Numbers and Difference. London: 2 ed. Blackwell Science Ltd. 1997. 396p., p. 1-9.

Hickman, C.P.; Roberts, L.S. Animal Diversity. Dubuque: W.M.C. Brown Publishers. 1995. 392p.

Meglitisch, P. A .; Schram , F.R. Invertebrate Zoology. 3 ed. Oxford: University Press. 1991. 623p.

Storer, T. I.; Usinger, R.L. Zoologia Geral. 6 ed. São Paulo: Ed. Nacional. 1989. 816p.

Autores: Solange Peixinho

Monitoras colaboradoras: Patrícia Petitinga e Tâmara Machado. 




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