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BRASIL



Brumado é um município brasileiro no interior da Bahia, região Nordeste do País, precisamente na mesorregião do Centro-Sul do Estado, na microrregião homônima, a 555 quilômetros da capital estadual, Salvador. Sua área territorial é de 2 207,612 quilômetros quadrados, sendo a área da sede ocupando 2 174 quilômetros quadrados e altitude de 454 metros.

Aniversário
11 de junho
Fundação
11 de junho de 1877
Gentílico
brumadense
Localização de Brumado no Brasil
14° 12' 14" S 41° 39' 54" O
Unidade federativa
Bahia Bahia
Mesorregião
Centro-Sul Baiano
Microrregião
Brumado
Municípios limítrofes
Norte: Livramento de Nossa Senhora e Dom Basílio;
Nordeste: Rio de Contas, Tanhaçu e Ituaçu;
Leste: Aracatu;
Oeste: Rio do Antônio e Lagoa Real;
Sudoeste: Malhada de Pedras;
Sul: Caraíbas
Distância até a capital
555 km
Características geográficas
Área
2 207,612 km²
Área urbana
2 174 km²
Distritos
Cristalândia;
Itaquaraí;
Ubiraçaba
Densidade
29,01 hab./km²
Altitude
454 m
Clima
semiárido BSh passando a desertico
Fuso horário
UTC−3
Indicadores
IDH-M
0,656 médio PNUD/2010
Gini
0,52 PNUD/2010
PIB
R$ 841 032,720 mil IBGE/2012
PIB per capita
R$ 12 144,11 IBGE/2012



Bandeira de Brumado




Brasão de Brumado


Um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) constatou que Brumado é considerado o sexto município mais desenvolvido da Bahia, baseado no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM 2013), publicado em 2015.

Uma consulta feita com exclusividade pela consultoria Urban Systems, em janeiro de 2016, para a Revista Exame, concluiu que a cidade está entre as cem melhores do Brasil para se investir, ocupando o 84° lugar no ranking, somando 2 306 pontos.

Um estudo realizado pelo IBGE, em 2012, concluiu que dos 64 602 habitantes, 50 899 eram alfabetizados, 31 747 eram homens e 32 855 eram mulheres. A renda per capta era R$ 275,17, e em distribuição entre a zona rural e a zona urbana, nos domicílios particulares da zona rural, era de R$ 217,00, e na zona urbana era R$ 333,33. A frota de veículos motorizados, como transporte de passeios, incluindo motocicletas, além de tratores e caminhões somaram 31 000.

A cidade é conhecida como a "Capital do Minério" por possuir em seu subsolo uma grande quantidade de minerais, que é a base de sua economia e acolher grandes empresas de mineração que realizam suas atividades extrativistas na Serra das Éguas, que por sinal, também é um dos pontos turísticos do município, por formar paisagens montanhosas.

Brumado tem como municípios limítrofes Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio, Aracatu, Rio de Contas, Malhada de Pedras, Tanhaçu, Ituaçu, Rio do Antônio, Lagoa Real e Caraíbas. Por fazer divisa com a cidade de Rio de Contas por meio do rio que tem esse mesmo nome, consequentemente faz também divisa com a Chapada Diamantina. A cidade tem uma localização privilegiada aliada a outros benefícios, como importante entroncamento rodoviário, como BA-262, BA-148 e BR-030, contando também com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Futuramente, o município poderá contar também com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), ainda em construção. O município possui uma rica paisagem e, apesar de estar inserido no Polígono das Secas e ser uma região de Caatinga, possui uma beleza geográfica farta em recursos naturais.

Expansão econômica

No início do século XX, a economia era baseada na agropecuária: plantio de algodão em larga escala, café e cereais e criação de gado caprinos, ovinos e bovinos, que favoreciam a exportação de peles de cabras e ovelhas, cruas ou curtidas, couro seco e salgado, além do algodão em pluma e em caroço e do gado em vida.

O algodão foi a cultura que mais contribuiu para desenvolvimento econômico do município. Entre 1930 e 1955, a produção foi tão grande que os produtores passaram a beneficiá-lo no campo mesmo, usando máquinas artesanais. Diante do sucesso da cotonicultura, foram instaladas na cidade usinas modernas para beneficiamento do algodão. O município chegou a ter seis usinas em operação.

A partir de 1980, a cultura entrou em declínio, devido a vários fatores, como corte de subsídios agrícolas (como seguro safra), ataque do bicudo-do-algodoeiro (peste que destrói a lavoura), altos juros cobrados pelo financiamento da produção e do beneficiamento. Atualmente, tem se destacado a produção de maracujá, no distrito de Itaquaraí, uma das localidades de maior produção no Brasil.

A empresa Magnesita foi autorizada a funcionar em 1940 através do decreto n° 6220 e desde então, explora a maior parte das reservas de magnesita e talco contidas na Serra das Éguas. Na década de 1970, chegou a Brumado a mineradora Indústrias Brasileiras de Artigos Refratários (IBAR S.A.). A empresa interessada em extrair magnesita fixou suas instalações na parte norte da Serra das Éguas, causando enormes impacto ambiental.

Nos anos seguintes, o município presenciou grandes mudanças, como crescimento populacional em grande escala, construção de casas e estabelecimentos comerciais. Diante desse grande atrativo, pessoas de outras cidades foram chegando, o comércio se fortaleceu, e a cidade de Brumado foi ficando conhecida pelos acontecimentos recentes.

Ao lado sul da antiga Fazenda Serra das Éguas formou-se uma espécie de condomínio fechado: a vila Catiboaba; também se formou ao redor da empresa a vila Presidente Vargas, frutos do fluxo de operários que vinham dos mais variados lugares para trabalhar nas minas de magnesita e talco.

Em 1969, foi a vez da Xilolite S.A, que também se fixou no lado norte da serra e, desde então, explora magnesita e talco, com aquisição de uma das minas, em 1973. Em 1993, chegou a empresa Matsulfur, uma fábrica de cimento, posteriormente adquirida pela Lafarge, com o nome de Cimento Brumado, hoje Cimpor (Cimento de Portugal), que pertence InterCement (Grupo Camargo Corrêa).

Geografia

O município de Brumado localiza-se na região Centro-Sul (ou Sudoeste) da Bahia, na região geograficamente conhecida como Polígono das Secas, na Serra Geral, sob as coordenadas: 14° 12’ 13”, latitude sul; 41° 39' 55" longitude oeste, a 454 metros de altitude e está a 555 quilômetros a sudoeste de Salvador. A área urbana tem extensão de 2 174 quilômetros quadrados.[9] Não há informações se existe um ponto mais alto do que o pico da Serra das Éguas, provavelmente, este é o ponto mais alto do município, com 1 100 metros.
O município faz limites com Livramento de Nossa Senhora e Dom Basílio, a norte; Rio de Contas, Ituaçu e Tanhaçu, a nordeste; Aracatu, a leste; Rio do Antônio e Lagoa Real, a Oeste; Malhada de Pedras a sudoeste e Caraíbas, a Sul. Sua microrregião tem nome homônimo. A taxa de urbanização é de 69,86%, densidade demográfica de 29,01 habitantes por quilômetro quadrado.

Relevo e hidrografia

O município de Brumado é caracterizado por formações montanhosas típicas da Serra do Espinhaço, que é a cadeia montanhosa que ocupa boa parte do sudoeste do Estado e a qual pertence o relevo do município. O relevo de Brumado é muito acidentado, apresentando áreas montanhosas denominadas montanas e/ou altomontanas, como a Serra das Éguas e o Morro da Pedra Preta.

Ocorrem também áreas de patamares, que são formas planas e/ou onduladas, que fazem transição entre as áreas mais elevadas e áreas mais baixas, formando assim, espécies de degraus.

Apresenta também predplanos, formas de relevo aplainado. De modo geral, o relevo brumadense é bastante acidentado, levemente ondulado e apresenta erosões por conta das enxurradas.

O município de Brumado está inserido na bacia do Rio de Contas e na sub-bacia do Rio do Antônio, que abrange ainda os municípios de Caculé, Rio do Antônio, Licínio de Almeida, Guajeru e Malhada de Pedras. As principais drenagens da bacia do Rio de Contas são: Rio Brumado, Rio São João, Riacho Santa Maria, Rio do Antônio e Rio Gavião; os principais afluentes do Rio do Antônio são: Rio do Paiol, Rio do Salto e o Riacho do Quirino. A Microbacia do Rio do Antônio tem uma área de 6.540 quilômetros quadrados.

Dois dos grandes afluentes nascem em localidades muito distintas: o Rio Brumado, afluente do Contas, nasce na Serra das Almas, e o Rio do Antônio na Serra Geral, no município de Licínio de Almeida. No Rio de Contas está inserida a barragem de Cristalândia, que abastece a cidade, e no Rio do Antônio, a barragem do Rio do Antônio, que abasteceu a população urbana até 2010.

Os rios, em sua maioria são temporários, a exemplo do Rio do Antônio e São João. A Bacia do Rio de Contas tem precipitação anual entre 700 e 800 mm, com pouca possibilidade de grandes enchentes. A temperatura média é 22 °C. É caracterizada por dois biomas: Caatinga e Mata Atlântica, que vêm sofrendo desmatamento, para dar lugar à agropecuária e à urbanização. Abrange uma área de 4 477,62 quilômetros quadrados. O município que mais demanda água da bacia é Jequié.

A sub-bacia do Rio do Antônio vem sofrendo ao longo do tempo com a degradação hídrica, por conta da poluição intensa das suas águas, desmatamento das matas ciliares e o excesso de barragens que são construídas. A principal drenagem da sub-bacia, o Rio de mesmo nome, tem como função principal abastecimento humano, com uso mínimo para irrigação.

Geomorfologia

Geologicamente, Brumado está situado no Cráton São Francisco, precisamente no Bloco Geológico do Gavião, no Greenstone Belts Umburanas. Nessas áreas, as rochas são formadas por sequências metavulcânicas, ou seja de ações vulcânicas muito antigas, o que favoreceu a formação de rochas metamórficas de uma grande quantidade de minerais, metais e ametais, como ferro, manganês, esmeraldas, quartzo, granitos e diversos outros tipos de pedras ornamentais. O gráfico ao lado mostra as principais ocorrências de minerais no subsolo brumadense e seus correspondentes percentuais.





Em estudos de geocronologia verificou-se que as formações rochosas mais antigas da América do Sul, com a idade de 3,4 a 3,5 bilhões de anos estão entre os municípios de Brumado e Vitória da Conquista. Na escala geológica, o solo brumadense é da Era do Paleoproterozoico ou do Proterozoico Inferior, equivalente a 1,6 e 2,5 Gigaannum.

Foi nesta idade que se formaram as rochas mais antigas e os solos mais ricos em todo e qualquer tipo de minério. Isso explica por que a Serra das Éguas é tão rica em minerais. Além de magnesita, o solo brumadense contém todos esses minerais já citados acima, o que faz concluir que seja um dos mais ricos solos do Brasil e um dos mais antigos do mundo, o que lhe faz ser um dos mais estudados pelos geólogos.

Economia

O comércio é muito desenvolvido, e a cidade conta com sete instituições bancárias: Itaú, Bradesco, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa, Sicoob e Banco do Povo. A partir da descoberta das minas de magnesita e talco, a cidade começou a se desenvolver, e com isso o comércio se fortaleceu.

Setor primário

O setor primário, que engloba as atividades extrativistas e agropecuária, é o setor de menor participação no Produto interno bruto (PIB) do município. Não é uma base tão forte economicamente. em 2006, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou dados, onde a agropecuária apareceu naquele ano com apenas 5,04% do PIB municipal. Embora esse setor tenha uma mínima contribuição, pode-se destacar algumas atividades importantes.

Na agricultura, têm destaque cultivos como o de algodão, com 800 hectares plantadas e colhidas; feijão com 2 000 hectares plantadas e colhidas; mamona, 200 hectares plantadas e colhidas; mandioca, 200 hectares plantadas e colhidas; melancia, 350 hectares, plantadas e colhidas; e umbu, que se cultiva naturalmente, sem intervenção humana, por ser nativo, portanto, presente em toda extensão do município. Outros cultivos de pequena produtividade são: manga, com 25 hectares plantadas e colhidas e o coco-da-baía com 20 hectares plantadas e colhidas. Esses dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014.

Na pecuária, têm destaque os bovinos com 45 105 cabeças e os galináceos com efetivo total de 87 654 cabeças, sendo 37 657 cabeças de galinhas. Os caprinos somaram um total de 29 654 cabeças; ovino, 13 534 cabeças; suíno, 16 326 cabeças, segundo dados do IBGE em 2014. Segundo a SEI, em 2006 a indústria correspondeu por 52,31% do PIB do município. Esse percentual é obtido em função das atividades do extrativismo mineral pelas empresas Magnesita S.A., Xilolite S.A., Ibar Nordeste S.A. e a cimenteira Cimpor. A mineração é a maior fonte de riqueza do município e gera emprego para a maioria da população.

Infraestrutura

Saúde

Brumado também tem muitos problemas em relação à saúde. A cidade não tem leito de Unidade de terapia intensiva (UTI), embora exista um local pronto e com alguns equipamentos, necessita de incentivos políticos para funcionamento.

A cidade possui apenas um hospital público, entretanto, contando com vários postos de saúde, distribuídos entre os bairros. Possui 23 unidades com cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS) que realizam atendimentos de pequena à média complexidade. O lado bom é que a cidade pode-se considerar bem servida de clínicas que realizam os mais diversos tipos de exames e tratamentos específicos. Em 2012, o município apresentava um total de 122 estabelecimentos de saúde, sendo 2 estaduais, 34 municipais e 77 privados.

O saneamento na cidade é satisfatório, mas embora possua rede de esgoto, os resíduos são diretamente lançados no leito do Rio do Antônio, que corta a cidade. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) não faz o tratamento da rede de esgoto, e a prefeitura, há muito tempo, canaliza as galerias para o Rio do Antônio. Em 2005, foi iniciada no Rio de Contas, a construção da barragem de Cristalândia, no distrito de mesmo nome, após uma marcante seca entre os anos de 1998 e 1999.

A população brumadense naquela ocasião teve o abastecimento de água comprometido em sua totalidade, passando a ser abastecida por caminhões-pipas. Antes da construção da barragem de Cristalândia, a cidade era abastecida pela antiga barragem do Rio do Antônio, que foi analisada tardiamente e dada como imprópria para consumo humano, por conter excesso de minerais de vários tipos. Graças ao atendimento do poder público ao apelo da população, enfim, foi construído o reservatório ainda incompleto e desde então, a sede do município não tem passado por maiores problemas com abastecimento de água.

Em 2012, o IBGE indicou que 17 159 domicílios possuíam água encanada e tratada. A coleta de lixo na cidade é realizada diariamente, e, alternadamente, faz-se a coleta seletiva, porém ainda não se tem um aterro sanitário, e o lixo é descartado a céu aberto.

Para atender às exigências da lei federal n° 11445, de 5 de janeiro de 2007, regulamentada pelo decreto federal 7217 de 21 de junho de 2010 — que obriga os municípios a criarem meios eficientes para o destino do lixo e de outros resíduos produzidos —, discute-se a elaboração do novo plano de saneamento para a cidade. Enquanto isso, algumas ruas, principalmente em bairros novos, continuam sem esgotamento por estarem também sem pavimentação; mas boa parte das ruas e avenidas são pavimentadas, porém ainda há muitas ruas com pavimentação precária.

Na zona rural, o saneamento segue o que é comum nessas localidades: A água é armazenada em poços artesianos, cacimbas e lagos. Com o incentivo do governo, através do Programa Água para Todos, são construídas cisternas no chão para consumo, ou são distribuídas caixas de fibra ou polietileno, para armazenamento de água para consumo humano. O problema é que, algumas vezes, poços artesianos produzem água salobra, dificultando o abastecimento.

Educação

Brumado tem muitos problemas na área da educação, embora tenha obtido significativos avanços. O ensino superior é realizado em boa parte por universidades particulares, com a maioria dos cursos à distância. Brumado conta com um campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a única universidade pública na cidade; Instituto Federal Baiano (Ifba), que também tem projetos para englobar cursos superiores à sua grade curricular. Por enquanto, dispõe apenas de cursos técnicos.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o antigo Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães (Ceep), também oferecem cursos técnicos e profissionalizantes, além de outras escolas técnicas particulares. Em 2010, segundo o censo do IBGE, 50 899 pessoas eram alfabetizadas. Confira na tabela abaixo o retrato da educação no município, em 2015.

Referência

IBGE
Wikipédia
Ache Tudo e Região




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