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  HISTORIA BRASIL 


Um grupo de lenhadores, já neste século, à procura de árvores nativas de onde pudessem extrair madeira de lei, se estabeleceu num lugarejo denominado Porta Aberta, proporcionando a formação de uma pequena aglomeração de casas, criando-se assim o povoado denominado por São José do Itanhém.
 
Posteriormente, o povoado que rapidamente se desenvolveu, recebeu o nome de Teixeira de Freitas, homenageando o estatístico M.A. Teixeira de Freitas. Município criado com território do distrito do mesmo nome desmembrado dos municípios de Alcobaça e Caravelas, por força da Lei Estadual de 09/05/1985. A sede ganhou foros de cidade quando da criação do município.
 
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A emancipação do município foi estabelecida pela Lei 4.452 de 9 de maio de 1985. A instalação se deu em 1º de janeiro de 1986. A área do município é de 1.157,4 km². A história da cidade, embora recente, guarda aspectos pitorescos e valiosos que auxiliam a analisar a situação socioeconômica atual no município.
 
Vários destes aspectos foram relatados por antigos moradores e, entre eles o fato de que em 1965/66 já existiam vários núcleos que, embora vizinhos, pertenciam a municípios diferentes: é o caso de Vila Vargas, Jerusalém, São Lourenço e do bairro rural Duque de Caxias, que pertenciam ao município de Caravelas. Monte Castelo, Bairro da Lagoa (onde está o shopping Teixeira Mall Center) e Buraquinho pertenciam a Alcobaça. Teixeira de Freitas foi criado com o desmembramento de terras de Alcobaça e Caravelas.

O povoado de Teixeira de Freitas teve sua origem em conseqüência do grande volume de madeira de lei existente na região, o que proporcionou a formação de casas, criando assim, o povoado, que mais tarde foi denominado São José de Itanhém, por ficar próximo à margem esquerda do rio Itanhém.

Porém há relatos de que já na década de 50, quando ainda havia matas virgens no local onde hoje se situa Teixeira de Freitas, chegaram Hermenegildo Félix de Almeida, Atila Nunes, Tarcisio Antunes e José Júlio de Oliveira, iniciando o desmatamento; posteriormente, a firma Eleosíbio Cunha construiu um acampamento coberto de palhas, dando início à extração de madeira. Mais tarde chegaram para fixar residência no dito povoado Joel Antunes, Manoel de Etelvina, Aurélio José de Oliveira, Duca Ferreira e a família dos Guerra.

Em 14 de abril de 1958, na capela de São Pedro, foi celebrado o primeiro casamento religioso, sendo o celebrante o Frei Olavo (OFM) e nubentes Aurélio José de Oliveira e Izaura Matias de Jesus.

Devido ao bifurcamento das estradas de rodagem Alcobaça e Água Fria, hoje cidade de Medeiros Neto e o povoado de São José de Itanhém ao porto de Santa Luzia, no município de Nova Viçosa, sendo esta a última rodagem de propriedade da firma madeireira Eleosíbio Cunha, o povoado de São José de Itanhém era conhecido popularmente como “Povoado Perna Aberta”, hoje no centro de Teixeira de Freitas, as antigas rodagens estão localizadas na Avenida Marechal Castelo Branco e rua Princesa Isabel, fazendo sua junção na esquina da Casa Barbosa.

Com o grande comércio de madeira de lei, o povoado se desenvolveu bastante, atraindo comerciantes, agricultores e pecuaristas de outras regiões, entre eles Egberto Rabelo Pina , Alcenor Barbosa , José Alves Pereira este último morador da rua Princesa Isabel desde o ano 1964, pai de uma das mais conhecidas pedagogas da região Prof Deyse Maria pereira Santana.

Com a morte do ilustre baiano e estatístico Mário Augusto Teixeira de Freitas, o idealizador e organizador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o governo achou por bem prestar-lhe uma homenagem póstuma, tendo os chefes das agências de estatísticas recebido ordens da direção central do IBGE no sentido de propor junto aos prefeitos de cada município que fosse dado o nome de Teixeira de Freitas a um logradouro.
 
Em 1957, o então chefe das agências de estatísticas de Alcobaça, Miguel Geraldo Farias Pires, em cumprimento às determinações emanadas da Inspetoria do IBGE na Bahia solicitou oficialmente à Prefeitura e Câmara de Alcobaça a homenagem póstuma ao baiano Teixeira de Freitas, dando o nome dele ao Povoado de São José de Itanhém, o que foi bem aceito pelo Executivo e Legislativo de Alcobaça.

Mesmo sem contar com qualquer infra-estrutura, inclusive energia elétrica e vias de acesso razoáveis, estes núcleos atraíram contingentes migratórios consideráveis e, no ano de 1980 Teixeira de Freitas era um expressivo centro regional, com mais de 60.000 habitantes, sem ainda ser emancipado politicamente.

História cultural

Na época da descoberta do Brasil, na região que corresponde as atual Extremo Sul da Bahia vivam povos de muitas etnias: a faixa costeira era ocupada pelos Tupis (Tupiniquins) e no interior viviam os Pataxós, Maxacali, Botocudos, Puri e Camacã, entre outros.

Os aspectos culturais que diferenciavam esses povos estão no fato de que os Tupis viviam próximos ao litoral, possuíam uma grande homogeneidade cultural e lingüística, apesar de estarem divididos em unidades políticas. Eram povos mais sedentários, se concentrando em aldeias com populações de mil a três mil pessoas. Praticavam a agricultura do milho e mandioca, que eram os principais produtos. A alimentação era completada com a pesca, caça e coleta.

Os grupos do interior chamados de Aimorés pelos Tupis eram lingüística e culturalmente heterogêneos, costumavam organizar em pequenos bandos, de algumas famílias, não ultrapassando cem pessoas. Mudavam de local, de morada, a cada estação agrícola. A caça e a pesca eram mais importantes que a agricultura. Com a chegada dos portugueses foram alteradas as relações pessoais, de poder, de distribuição espacial, de sobrevivência coletiva, de reposição demográfica e, principalmente, as características culturais.

Os colonizadores instalaram núcleos de ocupação do território, em caráter provisório, sendo os primeiros em Porto Seguro e Caravelas. Nesses núcleos eram construídas capelas, centros de administração, postos em todos os lugares para armazenamento de madeira e fortificações para proteger os portugueses dos ataques dos índios e até dos franceses e holandeses.

Os índios Tupis, que viviam próximos ao litoral, foram civilizados e subjugados pelos portugueses, com ajuda da Igreja e de ordens religiosas, sob o argumento de cristianizar estes povos. O contato com os colonizadores resultou no contágio de doenças como varíola, sarampo e gripes. Além disso, as ações de civilização destruíram a cultura e a identidade étnica dos Tupis.

Coube aos indígenas do interior oferecer resistência à dominação e organizar ataques aos povoados dos portugueses. Os confrontos entre índios e não índios se repetiram ao longo do tempo até o final do século XIX, motivados principalmente pela agroindústria açucareira e a necessidade de mão-de-obra. Como os escravos africanos tinham preços elevados, a solução era captura e a escravização de indígenas.

Um oficio assinado pelo subdelegado de policia do Prado (meados do século XIX) mostra o costume de envolver "índios mansos" nas expedições e bandeiras para conquistar novos territórios ou capturar novos indígenas.

No decorrer do século XVIII foram elevadas a condição de vila os seguintes povoados: Caravelas (1700), Alcobaça (1772) a margem do rio Itanhém, Prado (1765), Viçosa (1768) à margem do rio Peruipe, município de Nova Viçosa, e São Jose de Porto Alegre (1755 ou 1769), a margem do rio Mercurim, no atual município de Mucuri. Estas vilas foram criadas segundo a política de urbanização e povoamento da Coroa Portuguesa.

Um fato a registrar é que por volta de 1830 se deslocaram levas de suíços e alemães para Mucuri e Nova Viçosa, onde se estabeleceram em fazendas destinadas ao cultivo do café. A mão-de-obra utilizada era escrava. Em 1853 cerca de 90% do café exportado pelo porto de Salvador era proveniente da Colônia Leopoldina, atual município de Nova Viçosa.

As dificuldades de povoamento de Extremo Sul da Bahia persistiram até o século XIX, com problemas na fixação dos pequenos grupos de imigrantes estrangeiros, trazidos para a região com o objetivo de colonização. A migração subvencionada foi suspensa depois que mais de 50% dos imigrantes abandonaram a região em direção a Santos e ao Rio de Janeiro.

As alegações dos estrangeiros eram "dificuldades de alimentação, insalubridade, grandes distancias e dificuldades de comunicação ou temor dos nativos".

Historia geográfica

As divisões territoriais e a instalação de unidades político-administrativas foram ocorrendo desde o início do século XVIII (Caravelas), mas sobretudo no século XX, depois de 1950, demonstrando que a Região Extremo Sul foi uma das ultimas a se desenvolver em relação às demais no Estado da Bahia.

Ate a década de 70 o vilarejo de Teixeira de Freitas, perdido na Mata Atlântica que ainda restava no interior baiano, era apenas uma referência para os seus próprios e poucos moradores.

A constituição do município é muito recente. Até ha pouco tempo, 1986, o núcleo urbano possuía uma situação muito singular. A sua subordinação administrativa era divida entre dois municípios. A vila que origem a Teixeira de Freitas se localizava exatamente na linha divisória entre os municípios de Alcobaça e Caravelas. De tal modo que algumas ruas estavam em um município e outras no seu vizinho.

Alcobaça, sede do município que dispensava uma atenção um pouco maior ao povoado pela simplicidade de sua organização administrativa e pela pouca importância da Vila de Teixeira de Freitas, não possuía nenhum mecanismo legal e constante para o acompanhamento e a fiscalização sobre o que e como se construía. Assim o núcleo urbano ia se estendendo, desorientado.

A partir da década de 70, com a construção da BR 101, e num movimento que já havia se iniciado alguns anos antes com pouca intensidade, a mata vai sendo derrubada e substituída por pastagens. Inicialmente, num processo mais lento, chegaram os criadores do interior baiano. Apos a construção da rodovia, vieram principalmente os criadores mineiros e os madeireiros capixabas que, numa conjugação de interesses, intensificaram a tomada da mata. O núcleo então começa a ganhar força.

A chegada das serrarias foi decisiva no grande aumento do movimento na já dinâmica região e reforçou a tendência de expansão de todo o comércio.

O solo se mostrava adequado para a agricultura. A fase do “milagre brasileiro” promove a expansão do mercado consumidor no sul do país. As terras de Teixeira de Freitas passam a atrair migrantes agricultores e empresas cooperativas, sedentos de produção e lucro rápido.

O beneficiamento da madeira, a agricultura produtiva, um mercado comprador assegurado, o gado se reproduzindo nas pastagens e a rodovia abrindo as portas ao migrante ávido de oportunidades aceleram o crescimento do povoado, mas atualmente com a devassa florestal a cidade como tantas outras, carece de recursos hídricos devido a falta de equilíbrio favorecido pelas árvores que praticamente foram extintas, empobrecendo o comercio e a população em geral.
 
Referencias:
IBGE
Wikipédia
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