Historia de Petrópolis  
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A mais antiga concessão de terras de que temos conhecimento na zona de Petrópolis - escreve Frei Estanislau Shaette - "é a da Carta Régia de 22 de agosto de 1686, doando a Francisco de Matos Filgueira e a João Matos de Souza sesmaria na subida da serra Estrela. A 12 de setembro do mesmo ano também ali se tornam sesmeiros o capitão João da Silveira Garcês e Gonçalo Fernandes Pires, no sertão de Inhomirim da Serra-acima".

Os lusitanos, vencido o temor que a Serra do Mar lhes infundia, procuraram os "caminhos da terra" para Minas, então alcançado pelo itinerário marítimo até Parati. Do caminho que seguia mais ou menos a Estrada de Ferro Central do Brasil, passou-se ao caminho através de Couto e Sacra Família, para terminar pelo "atalho do caminho novo", aberto pelo sargento-mor Bernardo Soares Proença, "então sesmeiro da atual zona urbana de Petrópolis", por Carta de Sesmaria de 1721, no fim do primeiro quartel do século XVIII ( este caminho teria sido desbravado pelo bandeirante Garcia Rodrigues Paes Leme, filho do "Caçador de Esmeraldas").

Em seguimento à sesmaria de Bernardo Soares Proença ficava a de Luiz Peixoto da Silva e, na extremidade ocidental, abrangendo a região situada entre as mesmas e a de Marcos da Costa, a de Domingos Ribeiro Távora. Assim, por doações régias, de "léguas em quadra" de terras devolutas que passaram à propriedade particular, nasceram as Fazendas, em virtude de sucessões hereditárias ou vendas a terceiros. Da sesmaria de Bernardo Soares Proença surgiram as Fazendas do Córrego Seco e do Itamarati; da de Luiz Peixoto da Silva, a do Rio da Cidade, a de Domingos Rodrigues Távora, as de Quitandinha, Velasco e Morro Queimado.

O Imperador D. Pedro I, que nas viagens para Minas, pousava na Fazenda de Correias, originária de sesmaria concedida em 1760 a Manoel Antunes Goulão, procurou adquiri-la; não querendo vendê-la, a proprietária irmã e herdeira do célebre Padre Corrêa, teria indicado a do Córrego Seco, que, por escritura pública de 6 de fevereiro de 1830, passou ao patrimônio particular do Imperador (no mês seguinte, acrescida de gleba no Alto da Serra, com 50 braças de testada, por meia légua de fundo). Com a abdicação em 1831, essas propriedades ficaram arrendadas até 1842.

Júlio Frederico Köeler, responsável pela construção de novos trechos e pontes da Estrada da Serra da Estrela, aproveitou na execução dessas obras o trabalho de colonos alemães, acidentalmente chegados ao Brasil pelo navio "Justine" e que estavam alojados na Fazenda do Córrego Seco. O êxito dessa comunidade alemã estimulou a colonização estrangeira. Tanto que a Lei provincial n° 56, de 10 de maio de 1840, concedeu um crédito qüinqüenal em parcelas 60.000$000, tendo o governo assinado contrato com a Casa Charles Delrue, de Dunquerque, para a introdução de 600 casais de colonos.

Por Decreto de 16 de março de 1843, foi celebrado ajuste para o levantamento de uma povoação e a construção do palácio, elaborando-se um plano para arrendamento e colonização das terras. No mesmo ano, João Caldas Viana, exercendo a presidência da Província do Rio de Janeiro, mandou colocar na antiga fazenda do Córrego Seco dois cruzeiros de madeira com as inscrições: "Cruz de São Pedro de Alcântara de Petrópolis" e "Cruz da Capela dos Finados de Petrópolis", para indicar o local da futura Cidade, cujo nome, homenagem de Paulo Barbosa da Silva ao Imperador, passou a ser logo usado.

A chegada de colonos alemães, em 1845, deu lugar a que o governo pensasse transformar as terras em colônia agrícola, para isto adquirindo as fazendas do Velasco e do Itamarati e aceitando a doação da Fazenda da Quitandinha; o intento não foi consumado, o que não impediu, entretanto, o desenvolvimento da aglomeração recém constituída. Em 1846, a povoação passava de simples curato à freguesia do território da Vila da Estrela. Em 1883 chega a Petrópolis o primeiro trem da Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará, conduzindo o Imperador Dom Pedro II e a família imperial.

O progresso da região - que teve ligeira estabilização com o advento da República -intensificou-se com a transferência do Governo Estadual de Niterói para Petrópolis, onde permaneceu de 1893 até 1902.

O ano seguinte assinala importante acontecimento: realiza-se em Petrópolis a histórica reunião diplomática de que resultaria a assinatura do "Tratado de Petrópolis", pelo qual o Acre foi anexado ao Brasil.

A estrada Rio - Petrópolis , inaugurada em 1928, foi fator preponderante no desenvolvimento do Município, transformando-o de simples cidade de veraneio em grande centro industrial e comercial.


Gentílico: petropolitano


Formação Administrativa


Freguesia criada com a denominação de São Pedro de Alcântara de Petrópolis, por força da lei provincial n.° 397, de 20-05-1846 e também por decretos estaduais nº 1 de 08-05-1892 e nº 1-A de 03-06-1892.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Petrópolis, pela lei provincial nº 961, de 29-09-1857, desmembrado de Niterói. Constituído de 5 distritos: Petrópolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e São José do Rio Preto. Instalado em 17-06-1859.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Petrópolis, pela lei n.° 961, de 29-09-1857.

Pelos decretos estaduais nº 1, de 08-05-1892 e nº 1-A, de 03-06-1892, são criados os distritos de Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e São José do Rio Preto, e anexado ao município de Petrópolis.

Pela lei estadual n° 50, de 30-01-1894, a Capital do Estado foi transladada para Petrópolis, verificando-se a instalação em 20-02-1894. A lei estadual n° 89 de 01-10-1894, declarou Petrópolis capital do Estado do Rio de Janeiro.

Pela lei estadual n° 542, de 4 de agosto de 1902, perdeu a condição de capital do Estado.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 5 distritos: Petrópolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e São José do Rio Preto.

Assim permencendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 392-A, de 31-03-1938, o distrito de São José do Rio Preto passou a denominar-se São José.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: Petrópolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e São José ex-São José do Rio Preto.

Pelo decreto-lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, o distrito de São José passou a denominar-se Paranaúna.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 5 distritos: Petrópolis, Cascatinha, Itaipava, Paranaúma ex-São José e Pedro do Rio.

Por ato das disposições constitucionais transitórias promulgado em 20-06-1947, o distrito de Paranaúna voltou a denominar-se São José do Rio Preto.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 5 distritos: Petrópolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e São José do Rio Preto ex-Paranaúma.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela lei estadual nº 5388, de 23-09-1964, é criado o distrito de Posse, com partes do distrito de Pedro do Rio e São José do Rio Preto e anexado ao município de Petrópolis.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 6 distritos: Petrópolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio, Posse, São José do Rio Preto.

Pela lei estadual nº 1255, de 15-12-1987, desmembra do município de Petrópolis o distrito de São José do Vale do Rio Preto. Elevado à categoria de município.

Em "Síntese" de 31-XII-1994, o município é constituído de 5 distritos: Petrópolis, Cascatinha, Itaipava, Pedro do Rio e Posse.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: IBGE

Pagina visitada em 16/04/2012

 

 

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