Quem inventou
o Natal?
O dia 25 de dezembro tornou-se, então, no novo calendário imposto ao
império romano, como data oficial da festa que celebrava um por toda a
parte o nascimento do Sol, de Horus egípcio, do Mirtha persa, do Phebo
grego e romano, etc.
Como a igreja inventou a festa de Natal! Estamos diante de mais um dia
de grandes contrastes, uma data que teve a sua origem na imperfeição do
velho calendário, saído, como se sabe, dos solstícios, ou seja, das duas
épocas do ano em que se registram alternadamente a mais longa noite e o
maior dia. A época da noite mais comprida é solstício de inverno.
E como,
nos dois hemisférios, as estações são inversas, o que é o solstício de
Inverno para o hemisfério norte é o solstício de verão para o
hemisférios sul, e vice-versa. Os antigos ignoravam que existisse uma
parte da Terra onde houvesse o verão enquanto os europeus e asiáticos
viviam o inverno. Julgavam que o solstício de inverno marcava a época da
mais longa noite para a Terra inteira. Em seus mitos solares, faziam
nascer o deus Sol no solstício de inverno, no momento em que os dias
começavam a crescer.
A sua juventude era no equinócio da primavera. No
solstício de verão raiava em todo o esplendor da sua força, e depois do
equinócio de outono, na regressão da sua idade, envolvia-se num escuro
invasor. Entre os povos do Oriente, o sol nascente era representado por
um menino no colo de uma Virgem celeste, sua mãe.
Os egípcios, em
especial, celebravam todos os anos, no solstício de inverno, o
nascimento do pequeno Horus, filho da virgem Isis, e sua imagem era
exposta, num presépio à adoração do povo. A grande imperfeição do velho
calendário romano, chamado de Numa, apesar das intercalações periódicas,
feitas pelos padres, de um mês completo de tamanho variável, no tempo de
Júlio César o ano estava atraso mais de 60 dias da época em que devia
ter início. O ditador chamou o astrônomo alexandrino Sosígenes para
refazer a diferença.
Para este a duração do giro da Terra em volta do
Sol era de 365 dias e 6 horas, dando então origem ao ano de 365 dias com
a reserva de 6 horas excedentes para formar um tricentésimo sexagésimo
sexto dia a juntar cada 4 anos. Propunha ainda o começo do ano no
solstício de inverno. Mas César, para não chocar os demais habitantes
romanos, preferiu que o 1 de janeiro do ano da reforma Juliana fosse
colocado não no solstício mesmo mas no dia da Lua nova imediata. Ora,
nesse ano, a Lua recaía 8 dias depois do solstício de inverno. Isso deu
resultado a que, no calendário Juliano, o solstício correspondesse não
ao 1 de janeiro, mas a 25 de dezembro.
O dia 25 de dezembro tornou-se,
então, no novo calendário imposto ao império romano, como data oficial
da festa que celebrava um por toda a parte o nascimento do Sol, de Horus
egípcio, do Mirtha persa, do Phebo grego e romano, etc. A Igreja ao
sentar-se no trono imperial com Constantino, cerca de um século após a
época de Júlio César, aproveitou a festa do solstício de inverno, do
menino Horus nos braços da Virgem Isis para transformá-lo em festa do
Natal, que se comemora até aos nossos dias das formas mais extravagantes,
possíveis e imagináveis. Extraído do texto "Natal imaginário" de Edgar
Rodrigues , pesquisador de história social e militante libertário.
Historia do
Natal
A origem do
Natal
O Natal é uma adaptação católica de antigas festas pagãs.
Esta festas eram promovidas por culturas ancestrais para comemorar o
solstício de inverno e trazer boa sorte na agricultura.
A tradição foi adotada pelos gregos e, logo em seguida, pelos romanos,
que perpetuaram a tradição através das Saturnálias, realizadas entre os
dias 17 de dezembro e 1º de janeiro.
Por sua vez, os persas comemoravam, neste período, o nascimento de Mitra,
Deus do Sol. Os persas acreditavam que um pequeno sol nascia sobre a
forma de uma criança recém-nascida, sendo comemorado em 25 de dezembro o
Dia do Nascimento do Sol Invicto. As escolas eram fechadas e ninguém
trabalhava nesta data. Grandes jantares e árvores verdes ornamentadas
enfeitavam átrios para espantar os maus espíritos da escuridão, e
presentes de bom agouro eram ofertados aos amigos. Festividades
germânicas e celtas também marcaram o período.
Até os primeiros três séculos da era cristã, a humanidade não celebrava
o Natal. Foi preciso que o Império Romano adotasse o cristianismo como
religião oficial, no século 4, passando a conferir significados
católicos para os seus simbolismos.
O Papai Noel
: origem e tradição
Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo
chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom
coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com
moedas próximas às chaminés das casas.
Foi transformado em santo (São Nicolau) após várias pessoas relatarem
milagres atribuídos a ele.
A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e
espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome
de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.
Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa
de inverno na cor marrom. Porém, em 1881, uma campanha publicitária da
Coca-Cola mostrou o bom velhinho com uma roupa, também de inverno, nas
cores vermelha e branca (as cores do refrigerante) e com um garro
vermelho com pompom branco. A campanha publicitária fez um grande
sucesso e a nova imagem do Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo.
Papai Noel no trenó e suas renas
Atualmente, a figura do Papai Noel está presente na vida das crianças de
todo mundo, principalmente durantes as festas natalinas. É o bom
velhinho de barbas brancas e roupa vermelha que, na véspera do Natal,
traz presentes para as crianças que foram obedientes e se comportaram
bem durante o ano. Ele habita o Pólo Norte e, com seu trenó, puxado por
renas, traz a alegria para as famílias durante as festas natalinas. Como
dizem: Natal sem Papai Noel não é mesma coisa.