Tráfego espacial é "colméia de satélites", diz Nasa
A ESA, agência espacial européia, divulgou nesta
quinta-feira uma simulação computadorizada do intenso
tráfego espacial ao redor da Terra, algo que a Nasa,
agência espacial americana, batizou hoje em seu site de
"colméia de satélites". O trânsito espacial - formado
por sondas em operação e desativadas, propulsores de
foguetes usados e entulhos - não fica atrás das grandes
metrópoles mundiais, abrigando cerca de 6 mil satélites
colocados em órbita desde 1957.

Simulação computadorizada representa intenso tráfego de
satélites e lixo espacial ao redor da Terra
Os satélites e o lixo registrados na imagem são baseados
na densidade real dos objetos, mas de acordo com a Nasa,
foram representados em tamanho exagerado e são bem
menores em comparação com o planeta. Em órbitas mais
distantes, a montagem da ESA também identificou que a
movimentação desses equipamentos também é grande.
Segundo as agências espaciais, existem aproximadamente
18 mil objetos feitos pelo homem acima da atmosfera
terrestre. A Rússia (antiga União Soviética) foi a
primeira a utilizar o espaço como atividade comercial e
científica durante a corrida espacial - disputa travada
com os Estados Unidos em meio à Guerra Fria.
Apesar do esforço de segurança das agências espaciais em
rastrear todo e qualquer fragmento que circule ao redor
do nosso planeta, a medida não impediu a colisão entre
dois satélites - um militar desativado da Rússia e um de
comunicação dos EUA - na última terça-feira.
O choque provocou o lançamento de ao menos 600
fragmentos para o espaço, afirmaram as autoridades,
aumentando o risco de outros satélites serem atingidos e
danificados. Especialistas afirmam que embora o risco de
colisões entre satélites seja muito pequeno, agora que
aconteceu um, é maior a probabilidade de que outro
ocorra.
A própria Estação Espacial Internacional (ISS),
atualmente com três astronautas, está em estado de
alerta. A Nasa informou que o risco de bater em
resquícios dos dois satélites é pequeno, já que ela
orbita a Terra em uma distância de 435 km abaixo da rota
da colisão.
No entanto, um impacto até mesmo com pequenos fragmentos
poderia ser fatal para a tripulação da ISS ou para
futuras viagens de ônibus espaciais. Por isso, a
necessidade das autoridades em controlar o tráfego no
espaço.
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