Nasa estende missão de sonda Cassini-Huygens em
Saturno
da Efe, em Washington
A Nasa (agência espacial norte-americana) estendeu por
mais dois anos a missão da sonda internacional
Cassini-Huygens, cujas "assombrosas descobertas e
imagens revolucionaram o conhecimento de Saturno e suas
luas", segundo o JPL (Laboratório de Propulsão a Jato).
Originalmente, a missão conjunta da Nasa e da ESA
(agência espacial européia) deveria ser concluída em
julho deste ano. A prorrogação de dois anos permitirá
que a sonda percorra outras 60 órbitas e estude as luas
do planeta.
Nasa

Concepção artística mostra a sonda Cassini na órbita de
Titã, a maior lua do planeta Saturno
Um comunicado do JPL revelou que a nave realizará 26
sobrevôos por Titã, sete por Encélado e uma por Dione,
Rea e Helena, em deslocamentos que incluirão estudos dos
anéis de Saturno, sua magnetosfera e do próprio planeta.
"Esta ampliação não é só uma motivação para a comunidade
científica, mas para que todo o mundo continue
decifrando os segredos de Saturno", disse Jim Green,
diretor da Divisão de Ciências Planetárias da Nasa.
"As novas descobertas foram o marco de seu sucesso,
juntamente com as assombrosas imagens transmitidas para
a Terra, que são simplesmente alucinantes", acrescentou.
Durante quatro anos de atividade contínua, a Cassini
transmitiu quase 140 mil imagens e informações
recolhidas durante as 62 órbitas em torno de Saturno, 43
sobrevôos por Titã e mais 12 em outras luas.
Condição técnica
Mais de dez anos após seu lançamento e quase quatro anos
depois de entrar na órbita de Saturno, a Cassini é uma
nave espacial "saudável e robusta", segundo o
comunicado. O órgão acrescentou que, mesmo quando três
de seus instrumentos científicos sofreram problemas de
funcionamento, o impacto sobre sua missão foi mínimo.
Segundo Bob Mitchell, diretor do programa da nave no JPL,
"Cassini está trabalhando excepcionalmente bem e nossa
equipe está motivada. Então nós estamos animados com
perspectiva de outros dois anos".
A sonda iniciou sua viagem rumo a Saturno no dia 15 de
outubro de 1997. Durante sua missão, percorreu 3,5
bilhões de quilômetros, levando consigo a sonda Huygens,
que há dois anos se desprendeu para pousar sobre a
superfície de Titã.
A nave recebe eletricidade de três geradores
radioisó termoelétricos que geram energia a partir
do calor produzido pela decomposição natural de
plutônio.
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