Donos viram alvos de
ataques de seus cães
Toda vez que a empresária Marilei Lambert, 39,
chega em casa é a mesma história. Ela deixa o
carro já com a bolsa em punho para se proteger.
Adivinhe de quem? Do seu próprio cão: Tigrão, 5,
um boxer misturado com outra raça, que ela
acredita ser pit bull.
"Quando ele era pequeno, nunca fez isso. Era
amável. E até que a gente se dava bem. Hoje, se
eu virar de costas, ele me ataca", conta Marilei.
Boxer mistuado com pit bull Tigrão ficou
agressivo com a dona
Há dois anos, foi exatamente o que aconteceu.
Tigrão aproveitou que a dona estava distraída e
a mordeu. Dois meses atrás, a empresária foi
mais uma vez vítima dos ataques do cão. "Ainda
bem que não foi grave. Mas só o susto me deixou
péssima", conta.
Tigrão nunca escondeu sua preferência pelos dois
filhos da empresária, Matheus, 16, e Giovanna,
7. Em relação ao marido de Marilei, o servidor
público Renato Maellaro, 41, o cachorro sente,
na verdade, medo. "Aos dois anos, ele começou
com essa implicância comigo, principalmente
quando chego sozinha em casa", diz ela.
Marilei conta que a mudança de comportamento
coincide com o nascimento do filhote de Tigrão,
Thor, 3. Os dois dividem o quintal com a boxer
Mel, 4, mãe do filhote, e a são bernardo Paloma,
2. "Desde que o filhote cresceu, ele briga muito
com o filho para ver quem domina o território",
conta a empresária. "Sempre encuquei com a
mudança de humores do Tigrão."
Marilei tem razão em encucar. Por trás da
mudança de comportamento de um cão sempre existe
um motivo (ou vários), segundo os especialistas.
"Ela depende do próprio histórico do animal, da
educação que ele recebeu ou, às vezes, até de
alguma doença", explica Mauro Lantzman,
professor de psicobiologia da PUC, especialista
em comportamento animal. "O envelhecimento, por
exemplo, também influencia no comportamento."
Foi justamente na velhice que Olívia, um
dachsund de 11 anos, começou a morder a dona, a
comerciante Laís Fróes, 38. "Ela costumava ser
dócil. Com a velhice, ficou bem mais arisca. Se
mexo no pé dela durante a noite, Olívia chega a
me morder", conta. A cadela sofre há quatro anos
um problema de coluna, conseqüência de desgaste
físico, o que Laís acredita que acentua sua
mudança de comportamento somada à velhice.
"Pegar ela no colo hoje é mais difícil. Olívia
resiste e rosna."
O veterinário Mauro Anselmo Alves, 45, explica
que, na idade avançada, alguns problemas de
saúde, como na coluna ou nas articulações, podem
levar o cachorro a sentir dor. E morder é sua
defesa. "É previsto que eles se tornem mais
agressivos em idade avançada porque não enxergam
ou não ouvem bem", explica Hannelore Fuchs,
médica veterinária, doutora em psicologia e
especialista em comportamento animal.
Rebelde com causa
Para Rúbia Burnier, veterinária, uma parte da
agressividade pode estar relacionada ao fator
genético. São características herdadas do pai e
da mãe que podem ser detectadas a partir da
quarta semana de vida do animal. "Quando o cão
dá a primeira rosnadinha e o dono acha
divertido, o animal é estimulado. Também, se ele
reprime com agressividade, o animal vai ficar
mais contundente da próxima vez, porque entendeu
que o caminho é a agressividade", diz Rúbia.
Ela já tratou animais que foram tranqüilos até
seus cinco anos, mas, por causa de uma
determinada situação, como a ausência de uma
pessoa querida ou até traumas decorrentes de
maus-tratos, que traz estresse para o cachorro,
o potencial agressivo que estava atenuado
aflorou.
"A ociosidade, o isolamento e uma alimentação
hipercalórica também podem detonar o
comportamento agressivo", diz.
Sua colega Hannelore lembra que a mudança
repentina de comportamento não está relacionada
a determinadas raças. "O que existem são
variações de comportamento de acordo com o
estágio de desenvolvimento do animal."
A agressividade juvenil, por exemplo, ligada à
puberdade, faz parte do desenvolvimento
emocional do cão e é bastante comum. "Como
qualquer adolescente, o cão vai testar os
limites do adulto", diz Mauro.
Uma alternativa para que o animal volte ao
comportamento normal é desestimular a
agressividade, canalizando sua energia para uma
brincadeira, um esporte ou uma outra situação
lúdica mais produtiva. "Sempre que ele rosnar ou
avançar, o dono precisa, com a guia, tirar o
animal do ambiente por 15 minutos", ensina.
Para Mauro Anselmo, o dono deve determinar, até
o final da infância do cão, uma condição
hierárquica dentro daquela família ou matilha.
"O cão percebe que, quando ele agride, as
pessoas têm medo dele, o que pode ser uma forma
de dominar o ambiente."
Terapia ou adestramento podem ajudar esses
bichos rebeldes a ter novamente tranqüilidade em
casa. Para alívio dos donos.
Papagaio Alex, que
revolucionou estudo da linguagem, morre aos 3
O papagaio cinza africano Alex, provavelmente a
ave mais famosa do mundo científico, acaba de
deixar um grupo de etólogos órfãos. Destaque de
programas de TV e de artigos científicos por
saber reconhecer cores, falar mais de cem
palavras e contar até seis (incluindo o zero),
Alex morreu, de causa ainda desconhecida, na
última sexta-feira.
O papagaio, de 31 anos, estava com a psicóloga
Irene Pepperberg, pesquisadora das universidades
Brandeis e Harvard, havia três décadas. As
pesquisas dela com ele renderam avanços
científicos significativos sobre cognição das
aves e evolução da linguagem no cérebro.
Alex, papagaio que ajudou a revolucionar estudo
da linguagem, morreu aos 31 anos
Foi a partir desses estudos que se descobriu que
papagaios não apenas repetem sons, mas são
capazes entender conceitos.
Em 1977, quando Pepperberg, então aluna de
doutorado em química, comprou Alex em uma loja
de animais, cientistas tinham poucas
expectativas de que uma ave pudesse aprender a
se comunicar com seres humanos.
Usando novos métodos de ensino, Pepperberg
estimulou Alex a aprender grupos de palavras,
que ele podia colocar em categorias, e a contar
pequenas quantidades, além de fazer o
reconhecimento de cores e de formas. Alex chegou
a chamar uma maçã de "banereja", porque a fruta
é vermelha por fora (como a cereja) e branca por
dentro (como a banana).
O trabalho foi revolucionário. "Mudou a forma
como pensávamos o cérebro das aves", disse Diana
Reiss, do Hunter College, que trabalha com
golfinhos. Outros alertaram para que não se
humanizasse suas habilidades. Ele aprendeu e se
comunicar em expressões básicas, mas não
mostrava o tipo de lógica e capacidade de
generalização de uma criança.
No entanto, há relatos de que Alex instruía
outros papagaios no laboratório a falarem melhor
quando eles gaguejavam. E de vez em quando
mostrava frustração com exercícios repetitivos.
Pepperberg diz que Alex ainda não tinha
atingindo sua capacidade máxima. Sua última
conversa com ele foi na quinta-feira, quando se
despediu dizendo: "Comporte-se. Vejo você
amanhã. Te amo". Alex respondeu: "Você estará
aqui amanhã".
Quênia pede a museu dos
EUA devolução de "leões comedores de gente"
O Quênia está tentando recuperar os crânios e as
peles de dois leões que ficaram famosos por
terem matado 140 operários que trabalhavam na
construção de uma ferrovia no país, em 1898.
Leão ("Panthera leo") é grande felino que pode
ser encontrado na Europa, Ásia e África
Os restos mortais dos lendários Leões de Tsavo
estão atualmente no Chicago Field Museum, nos
Estados Unidos, mas o Museu Nacional do Quênia
diz que os animais representam uma parte
importante da história do país e, portanto,
deveriam fazer parte de seu acervo e de uma
exposição itinerante que está sendo organizada.
"Vamos usar protocolos internacionais para
repatriá-los. Seria bom tê-los de volta",
afirmou Connie Maina, uma porta-voz do museu no
Quênia.
Os dois leões atacaram os trabalhadores da
ferrovia entre Mombasa e lago Victoria durante
um período de nove meses, em 1898, e causaram a
suspensão das obras. Eles acabaram sendo mortos
por um engenheiro britânico, o coronel John
Patterson, que mais tarde vendeu os crânios e
peles para o museu em Chicago.
Em 1996, Hollywood levou a história dos leões de
Tsavo para os cinemas. "A Sombra e a Escuridão"
(1996), de Stephen Hopkins, tem no elenco
Michael Douglas e Val Kilmer.
Baleia foge de
caçadores nos EUA com arpão no corpo
Uma baleia
cinza da Califórnia conseguiu fugir de um grupo
de caçadores após ter sido atingida por um arpão
no litoral do Estado de Washington (leste dos
EUA).
Segundo Kelly Parker, da guarda costeira, cinco
pessoas supostamente da tribo indígena makah
tentavam abater a baleia no sábado (8). Não se
sabe a extensão dos ferimentos no animal, que
teria sido atingido também com uma arma calibre
50.
Imagem divulgada pela guarda costeira mostra a
baleia com o arpão preso no corpo ( Malditos e
assassinos pescadores)
Os pescadores foram detidos pelas autoridades,
mas não chegaram a ser indiciados, informou Mark
Oswell, do Serviço Nacional de Pesca Marinha. A
guarda costeira criou uma zona de segurança em
torno da baleia, que conseguiu seguir para o mar
aberto.
Apesar de a tribo deter direitos relativos à
pesca de subsistência, Oswell afirmou que os
animais não podem ser mortos dessa forma,
considerada ilegal. "Concordamos com as caças
dos indígenas por questões culturais. No
entanto, esse [o episódio do sábado] não parece
ser o caso", considerou.
A tribo makah tem mais de 1.000 integrantes na
região de Washington conhecida como Neah Bay.
Parques naturais não
protegem vida selvagem
Parque da Gorongosa
Os parques nacionais em África estão a falhar na
missão de protegerem a vida selvagem dentro das
suas fronteiras.
Esta foi a conclusão de um novo estudo publicado
pelo Jornal Africano de Ecologia, uma publicação
de carácter académico.
Os autores, Tim Caro e Paul Scholte, afirmam que
agora estamos numa fase em que as espécies estão
a começar a desaparecer dentro dos próprios
parques.
Vários estudos demonstram que passamos à fase
seguinte - estamos a perder espécies no interior
dos próprios parques.
Tim Caro e Paul Scholte, autores do relatório
Idéia ultrapassada
Ainda segundo os autores, "o que os novos dados
sugerem é que mesmo as áreas protegidas
relativamente bem organizadas não funcionam
enquanto áreas de conservação a longo prazo."
Ameaçados de extinção
Os dois estudiosos, da Universidade da
Califórnia e da Universidade de Leiden na
Holanda, examinaram vários estudos que
acompanham o declínio na população de antílopes.
A principal causa por detrás do declínio reside
na actividade humana.
Os autores afirmam que muitos parques estão
sujeitos ao impacto de caçadores furtivos.
Antigamente os caçadores caçavam para consumo
próprio agora o produto da caça é consumido em
restaurantes de luxo em Londres ou Paris.
Tim Caro e Paul Scholes, autores do relatório
Outro fator importante é o aumento das
populações humanas e na emigração. As
comunidades crescem e vão absorvendo terras no
interior da reserva.
Nas reservas mais pequenas o aumento do cultivo
de terras fechou corredores de migração
utilizados pelos animais ao longo do ano.
Não há soluções fáceis
De acordo com Caro e Scholte "não há soluções
fáceis" para impedir o declínio no número de
antílopes.
Uma das conclusões do estudo é que a ideia
original de reservar grandes espaços de terras é
uma idéia que tem vindo a perder força. É uma
abordagem de conservação que está hoje em dia
ameaçada por factores como a utilização da
terra, a demografia e a reforma agrária."
Parlamento europeu pede
fim de experiências científicas com macacos
Mais de 400 deputados assinaram uma declaração
que pede à Comissão Européia um calendário para
o fim do uso de primatas na experimentação
científica. A informação foi divulgada pelo
parlamentar David Hammerstein.
Uso de primatas como o chimpanzé em experiências
é alvo de protesto
O texto foi assinado por mais da metade do
plenário, ganhando assim caráter de resolução.
O objetivo é influenciar na próxima revisão de
uma diretriz sobre experimentos com animais.
"É uma vitória para o bem-estar animal. A
utilização de primatas em experiências tem os
dias contados. A cada dia que passa, existem
mais alternativas confiáveis para evitar essa
crueldade", declarou Hammerstein em comunicado.
"Pedimos uma estratégia séria com financiamento
para cumprir o desejo expresso da grande maioria
da população européia", acrescentou.
Segundo Hammerstein, mais de 10 mil primatas
(como chimpanzés) são usados em experimentos na
União Européia a cada ano.
Empresa aérea do Nepal
sacrifica bodes para "consertar" avião
A companhia aérea estatal do Nepal confirmou ter
adotado uma técnica bastante inovadora para
lidar com uma recente onda de problemas técnicos
em suas aeronaves: a solução foi sacrificar dois
bodes para agradar um deus hindu.
A Nepal Airlines tem dois aviões Boeing 757, um
dos quais vinha apresentando algum problema
recentemente.
A exata natureza do problema não foi revelada,
mas ele havia provocado uma série de atrasos de
vôos e uma certa dose de nervosismo entre os
passageiros.
Desesperados, os funcionários da companhia
decidiram que o deus hindu da proteção dos céus,
Akash Bhairab, cujo símbolo é visto em seus
aviões, precisava de um agrado.
Dois bodes sem sorte foram então encaminhados
para a frente do avião e sacrificados, em plena
pista do aeroporto de Katmandu.
Um representante da empresa disse que após o
ritual o avião conseguiu completar com sucesso
uma viagem a Hong Kong.
Na educação canina,
socialização rejeita comandos tradicionais
Don Juan e Don Pablo são dois irmãos dachshund
de sete anos que viviam felizes. Perambulavam
soltos pela casa da aposentada Maria José
Oliveira Pinto, 68, até nos dias de festa. Eis
que, em certa reunião de família, Pablo se
irritou e, num salto, abocanhou o braço de uma
prima da anfitriã. A partir de então o pequeno
cão, aparentemente sem motivo, passou a agredir
quem lhe cruzasse o caminho.
A solução encontrada por Maria José foi a
socialização, uma espécie de escola
construtivista para cães. Segundo o suíço Jean
Piaget (1896-1980), criador da teoria para
humanos, o professor não deve apenas ensinar
mas, sim, orientar o caminho da aprendizagem
autônoma.
A psicóloga (de humanos) e socializadora de cães
Kátia Regina Aiello, 34, explica que enquanto
essa vertente ensina os pets a se comportar em
grupo e a enfrentar situações adversas com
naturalidade --leia-se visitas, por exemplo--, o
adestramento convencional castra os instintos
dos animais. Hoje, mais do que saber sentar ou
deitar, eles precisam entender seu espaço na
casa e agir com naturalidade a estímulos
externos. "Se ele se sente ameaçado, pode ficar
agressivo ou medroso. A socialização o ensina a
conviver melhor com humanos e com outros da
mesma espécie", diz a adestradora Carla
Venturelli, 26, que também usa a técnica em seu
trabalho.
Para Kátia, o adestramento clássico, aquele com
palavras de comando ("senta", "deita", "fica"),
se tornou obsoleto. "O cão socializado não
ficará estático diante de alguém novo na casa.
Ele pode até cheirar quem chega, mas depois
volta à rotina dele. Assim, se torna menos
dependente dos humanos", diz.
Nas aulas, que acontecem sempre em grupo e em
parques fechados da cidade, a especialista
mistura na mesma matilha cães socializados
veteranos e novatos. Ninguém fica preso ou
amarrado nas árvores. E os donos não precisam
acompanhar o processo. "Algumas pessoas são
superprotetoras, exatamente como pais ou mães. E
não permitem que seus filhotes se desenvolvam
com naturalidade", diz Kátia.
A SRD Zefa, 2, costuma ser o primeiro elemento
apresentado aos iniciantes. "Como ela se deixar
cheirar e vira de barriga para cima mesmo quando
recebe um rosnado como resposta, não há
rabugento que resista a ela." Na verdade, Zefa
já tomou algumas mordidas, mas Kátia conta que
dificilmente alguma briga vai para frente quando
não há pressão ou medo entre os humanos.
Depois, por etapas, são introduzidos outros
amigos. Um labrador animado, que não divide suas
bolinhas, um chow chow blasé e assim por diante.
Todos são cães de clientes e alguns pertencem a
Kátia, que os treina para zooterapia em
hospitais e asilos.
Logo eles começam a fazer grupos por afinidade e
amizade. "Os filhotes machos preferem a
companhia de machos mais velhos. As fêmeas,
quando se agrupam, são menos ativas fisicamente,
formam uma espécie de clube da Luluzinha",
conta.
O veterinário Mauro Ancelmo Alves, 46, diz que a
observação da socializadora está certa, mas não
é regra. "É provável que um lhasa apso goste
mais do colo da dona do que de brincadeira com o
grupo, porque a raça foi criada para isso. Da
mesma forma que um akita, que era o cão de
companhia dos samurais, fica mais feliz com o
dono e longe da matilha."
Bom cidadão
Mauro conta que socialização é usada há 15 anos
nos Estados Unidos, onde os cães recebem um
certificado de "good citzen" (bom cidadão) das
prefeituras por bom comportamento social. "O
correto é que essa primeira educação seja feita
ainda pelos criadores, antes de os filhotes
serem vendidos", diz. Ou seja, nesse aspecto, a
eficácia da socialização é igual à do
adestramento: depende do treino precoce.
Segundo a socializadora, em dois meses de
socialização é possível perceber melhora no
comportamento. "O ideal é que eles venham para o
grupo duas vezes por semana", diz. As aulas de
Kátia custam R$ 35 por hora.
O irmãos Don Juan e Don Pablo freqüentam o grupo
de socialização há dois anos e levaram quatro
meses para entrar no carro com outros colegas
sem acontecer nenhum arranca-rabo, literalmente.
"Hoje, consigo até levá-los para tomar banho no
pet shop sem que ataquem quem os lava. Mas
sempre fico com o pé atrás, acho que essa
braveza pode ser a natureza deles", diz a dona,
Maria José.
Esse é um dos aspectos que o socializador deve
levar em conta. Assim como humanos, pets têm
personalidades diferentes, que precisam ser
respeitadas. Além, claro, das características de
cada raça. "É um pecado ter um border collie num
apartamento. Ele precisa correr e brincar
muito", explica Kátia. Para situações assim, ela
diz que não há socialização que aquiete o facho
do bicho. É provável que, se ele não passear
muito, vá roer a casa toda, fazer xixi fora do
lugar e chamar a atenção do dono de todas as
maneiras possíveis.
Kátia ressalta que a socialização não funciona
para todo tipo de cão. "Um rottweiler de guarda
não pode se mostrar amigo do bandido, por
exemplo."
Sem violência
Para o gerente do Kenel Clube São Paulo, Eduardo
Mangolini, 43, não se usa mais violência para
ensinar cachorros. "Antigamente, os adestrados
tinham seus instintos castrados pelo medo de
apanhar. Hoje, o método de um bom adestrador é a
recompensa."
Mas o próprio Eduardo, que se diz apaixonado por
cockers ingleses, cães brincalhões e arteiros,
não adestrou nem socializou nenhum dos cinco que
moram com ele. "Meus orelhudos sabem que não
podem roubar comida da mesa, que não devem subir
na cama nem no sofá. Fazem xixi no lugar certo.
E só. O resto, é só brincadeira."
Uma raça de animal de
criação é extinta por mês no mundo, diz ONU
Uma raça de animal de criação desaparece por mês
no mundo, segundo um alarmante estudo da FAO
(Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e a Alimentação). A entidade
aconselha a preservação desse capital natural em
bancos genéticos, particularmente o das espécies
latino-americanas, asiáticas e africanas, que
são as mais afetadas.
O estudo foi apresentado nesta segunda-feira por
cientistas reunidos na cidade suíça de
Interlaken pela FAO durante a abertura da
primeira conferência internacional sobre
recursos zoogenéticos.
"Raças insubstituíveis desaparecem a um ritmo
preocupante", advertiu Carlos Seré, diretor
geral do Instituto Internacional de Pesquisa
sobre Gado (ILRI), com sede em Nairóbi. O
problema é de grande envergadura, uma vez que
70% das raças de gado do mundo se encontram em
países em desenvolvimento, de acordo com
estimativas do ILRI, que dispõe de uma base de
dados de 669 raças de bovinos, ovinos, caprinos,
suínos e aves da África e na Ásia.
A FAO estima que no mundo haja cerca de 7.000
raças de animais de criação.
O gado de países industrializados tem "uma base
genética muito estrita e altamente
especializada", já que 90% vêm de apenas seis
raças rigorosamente definidas, acrescentou Seré.
Políticas estatais e alguns criadores
conservaram a maior parte das raças autóctones
da Europa e da América do Norte, acrescentou.
No entanto, países em desenvolvimento e pequenos
produtores agrícolas abandonaram a criação de
animais tradicionais em favor de raças de
rendimento mais elevado importadas dos Estados
Unidos e da Europa.
De acordo com os especialistas, será impossível
salvar todas as raças ameaçadas, o que torna
necessário o estabelecimento rápido de bancos de
genes a fim de conservar o esperma e os óvulos
dos animais das raças em risco de extinção.
Raças
A vaca Holstein Friesian, grande produtora
leiteira, está presente em 128 países. As
criações das galinhas poedeiras White Leghorn e
os porcos Large White de rápido crescimento
também se estenderam sensivelmente.
Em Uganda, a raça autóctone de bovinos Ankol,
famosa por seus grandes chifres, poderia
desaparecer em 25 anos, já que ela vem sendo
substituída pelas Holstein Frisonne, que produz
mais leite.
Numa seca recente que assolou esse país, no
entanto, apenas os produtores que tinham mantido
suas vacas da raça Ankol puderam salvar seu
rebanho. A raça ugandense foi capaz de chegar a
fontes d'água mais longínquas, o que não
possível entre as vacas importadas.
Outro exemplo é o Vietnã. No norte desse país, a
população de porcos em 1994 era composta por 72%
de raças locais, enquanto hoje esse número é de
apenas 26%.
Os cientistas ressaltam que as espécies oriundas
dos países em desenvolvimento são indispensáveis
para a adaptação do gado às condições climáticas
e sanitárias difíceis de alguns países.
Meio de vida
Bilhões de pessoas em todo o mundo trabalham
atualmente na criação de animais e 70% das
populações rurais pobres dependem dessa
atividade, explicaram os cientistas. "Os animais
de criação continuarão dando a milhões de
pessoas os meios para escapar da pobreza
absoluta", afirmou Seré.
Segundo os cientistas reunidos na Suíça, é
fundamental preservar o capital genético das
raças ameaçadas de extinção, o que implica
fomentar, também de maneira financeira, a
criação de espécies autóctones.
Os especialistas estimam que será impossível
impedir que todas essas raças autóctones sejam
extintas, o que torna necessário estabelecer
rapidamente bancos genéticos para conservar
esperma e óvolos das espécies ameaçadas. "Em
muitos casos, não conhecemos o real valor de uma
raça até que desapareça", concluiu Seré.
Aranhas fazem teia duas
vezes maior que campo de futebol nos EUA
Uma gigantesca teia de aranha foi encontrada no
parque estadual Lake Tawakoni, no Estado do
Texas (EUA).
Teia de aranha gigantesca em parque dos EUA tem
extensão de dois campos de futebol
A teia foi criada por milhões de pequenas
aranhas, que conseguiram fazer com que ela
ficasse com o dobro do tamanho de um campo de
futebol.
A teia cobre uma distância de 180 metros, uma
área de árvores e arbustos do parque.
Guardas florestais dizem não saber a razão pela
qual as aranhas juntaram suas forças. Eles
descrevem a teia gigante como um "fato raro".
A superintendente do parque, Donna Garde,
convidou especialistas em insetos e aracnídeos
para estudar a teia.
Os guardas florestais dizem esperar que a teia
resista até o outono no hemisfério norte, quando
as aranhas começarão a morrer.
Elefante supera
dependência de heroína após tratamento com
metadona
Um elefante superou sua dependência em heroína
com um tratamento para humanos à base de
metadona, informou o jornal estatal "China Daily".
Manada de elefantes seria vendida ilegalmente
por grupo de caçadores no sul da China
O animal, chamado Big Brother, vivia na
província de Yunnan, no sul da China, onde
traficantes de elefantes começaram a alimentá-lo
com bananas que continham heroína para obrigá-lo
a guiar a manada ao local onde venderiam os
animais ilegalmente.
A dependência se tornou tão forte que o elefante
babava e rugia quando não recebia uma dose da
droga.
Os traficantes conseguiram fazer com que ele
guiasse a manada até a floresta onde pretendiam
vender todos os animais, mas foram detidos pela
polícia florestal.
Após ser resgatado, o elefante começou a sofrer
síndrome de abstinência, e, como não conseguia
superar a crise, os cuidadores optaram por
realizar um tratamento à base de metadona.
Durante sua reabilitação, que durou um ano, o
animal seguiu uma rígida dieta à base de ervas
frescas, cana-de-açúcar e frutas, além de
receber massagens e banhos freqüentes.
O elefante, já recuperado, voltará em breve à
floresta, segundo seus cuidadores.
Chinês filma golfinho
de água doce considerado extinto
Um chinês diz ter avistado e filmado um exemplar
do golfinho baiji, espécie encontrada no rio
Yang-tsé declarada funcionalmente extinta neste
mês, informou hoje a imprensa local.
O pesquisador Wang Kexiong, do Instituto de
Hidrobiologia da Academia de Ciências da China,
confirmou, após assistir à gravação, que se
trata realmente de um baiji, cetáceo
pré-histórico, tímido e quase cego também
conhecido como golfinho branco.
Golfinho chinês de água doce, conhecido como
baiji, tem como habitat o rio Yang-tsé
"Nunca tinha visto um animal tão grande na água.
Então, quando o avistei, filmei. Estava a cerca
de mil metros de distância e saltou da água
várias vezes", disse Zeng Yujiang, o morador de
Tonglin, na província de Anhui (leste), que fez
a descoberta no último dia 19.
Neste mesmo mês, a espécie foi declarada
funcionalmente extinta em um relatório de
cientistas chineses e estrangeiros. Em dezembro,
os pesquisadores rastrearam sem sucesso 3.400
quilômetros do rio em busca de espécimes do
animal, do qual restavam apenas 400 indivíduos
nos anos 80.
A expedição, patrocinada pelo ambientalista
suíço August Pfluger e equipada com tecnologia
de ponta, não encontrou sinais da espécie, um
dos quatro golfinhos de águas doces do mundo,
junto com os botos da Amazônia.
Segundo Pfluger, embora possam ter sobrevivido
um ou dois espécimes, o golfinho poderia ser
considerado funcionalmente extinto.
Para declarar a extinção definitiva de uma
espécie, é preciso passar 50 anos sem que nenhum
exemplar do animal seja visto, de acordo com a
União Mundial de Preservação (IUCN, em inglês).
A constante redução do número de baijis até seu
desaparecimento foi devida aos métodos ilegais
de pesca (com explosões e descargas elétricas),
à navegação excessiva, à poluição e à construção
de hidrelétricas --entre elas a maior do mundo,
a represa das Três Gargantas.
Porco-espinho e pardal
correm perigo de extinção no Reino Unido
Os porcos-espinhos e os pardais foram incluídos
na lista de animais em extinção do Reino Unido.
As causas se devem a mudanças em seu habitat
natural. A lista, organizada pelo grupo "Plano
de Ação pela Biodiversidade" (PAB), identificou
1.149 espécies e 65 habitat naturais em perigo
no país, informa a agência "Ansa".
O pardal é uma das 59 espécies de aves em perigo
de extinção no Reino Unido
O PAB iniciou o trabalho em 1997, quando havia
identificado 557 espécies. Atualmente, aqueles
que necessitam de maior proteção são 59 espécies
de aves, 14 de peixes, 10 de répteis, 337 de
plantas e fungos, 441 de invertebrados e 18 de
mamíferos terrestres.
Também têm prioridade 88 espécies de flora e
fauna marinha e 212 de plantas vasculares.
A ministra para a Biodiversidade do Reino Unido
Joan Ruddock, declarou que a pesquisa ajudará as
políticas de conservação do governo. 'Conservar
a biodiversidade é essencial se quisermos deixar
um meio ambiente saudável às gerações futuras',
disse Ruddock.
Sauditas investigam
morte misteriosa de camelos
As autoridades da Arábia Saudita estão
investigando há duas semanas a morte repentina,
por causas até o momento desconhecidas, de
aproximadamente dois mil camelos em várias
regiões do país.
O ministro da Agricultura saudita, Fahd
Balghneim, citado neste domingo pelos meios de
comunicação locais, descartou a possibilidade de
uma epidemia, e disse que a causa pode ser
"algum tipo de veneno no alimento" dado aos
animais.
Especialistas sauditas estão fazendo testes com
a ração e com amostras do estômago e da carne
dos camelos mortos, os quais também estão sendo
repetidos na França.
O ministro disse ainda que as autoridades estão
trabalhando com a FAO (Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e a Alimentação) para
descobrir a causa da morte dos camelos.
Balghneim estimou em 1.982 o número de animais
mortos em todo o país até sábado, especialmente
na região de Dawaser, ao sul de Riad.
A Arábia Saudita é o maior país entre os membros
do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo
Pérsico), também integrado por Kuait, Emirados
Árabes Unidos, Catar, Bahrein e Omã.
Nesses países, os camelos têm uma especial
importância por sua carne, enquanto algumas
raças são utilizadas nas corridas que se
organizam várias vezes ao ano.
Macacos
atormentam mulheres de vilarejo no Quênia
Um grupo de macacos-vervet está dando muito
trabalho e tirando o sono de moradores de um
vilarejo do Quênia, ao destruir plantações e
causar escassez de alimentos.
Em meados deste mês, um deputado local, Paul
Muite, pediu ao governo que ajude a conter seu
comportamento agressivo.
Mas Muite provocou risos no Parlamento em
Narióbi, capital do país, ao dizer que os
macacos estavam intimidando e caçoando das
mulheres em um vilarejo.
As mulheres em Nachu, no sudoeste de Kikuyu,
estão reclamando justamente disso.
Elas estimam que até 300 macacos invadem as
fazendas ao amanhecer, e comem o milho, batatas,
feijões e outras colheitas que pertencem ao
vilarejo.
E como as mulheres são as responsáveis pelas
fazendas, elas é que estão tendo que encarar
mais o problema, pois tentam proteger as suas
colheitas.
Elas dizem que os macacos têm mais medo de
homens jovens do que de mulheres e crianças e os
mais ousados atiram pedras e correm atrás das
mulheres para que elas deixem a plantação.
As mulheres de Nachu vestiram as roupas de seus
maridos em uma tentativa de enganar os macacos -
de fazer com que pensassem que se tratava de
homens. A tática, contudo, não funcionou, dizem.
"Quando nós aparecemos para expulsar os macados
(das plantações), vestíamos calças e usavávamos
chapéus, então a aparência era de homens", disse
a moradora Lucy Njeri.
"Mas os macacos podem distinguir (entre homens e
mulheres) e não correram de nós. Eles apontaram
para nossos seios. Eles nos ignoraram e
continuam a roubar as colheitas."
Além de roubar as colheitas, os macacos também
fazem gestos sexualmente explícitos para as
mulheres, dizem elas.
"Os macacos agarram os seus seios e fazem gestos
para nós enquanto apontam para suas partes
íntimas. Temos medo de que eles queiram nos
intimidar sexualmente", afirmou Njeri.
O Serviço de Vida Selvagem do Quênia disse que
não é incomum que macacos intimidem mulheres e
tenham menos medo delas do que dos homens. Mas
nunca tinham ouvido falar de macacos fazendo
gestos sexualmente explícitos como forma de
comunicação com seres humanos.
A comunidade predominantemente agrícola agora
está tendo que receber suprimentos em caráter
humanitário.
Os moradores dizem que os macacos mataram
animais de rebanho e cães de guarda, o que os
deixou temerosos pela segurança de bebês e
crianças.
Todas as tentativas dos moradores do vilarejo de
controlar os macacos fracassaram - os animais
escapam de armadilhas, fazem vigílias para
alertar outros de ataques iminentes e rejeitam
comida envenenada oferecida pelos moradores.
"O grupo tem vigias que ficam de guarda e quando
eles percebem que estamos nos aproximando, dão
sinais para que os que estão nas fazendas
fujam", disse uma outra moradora da área,
Jacinta Wandaga.
A cidade foi alertada pelo Serviço de Vida
Selvagem do Quênia para não ferir ou matar
nenhum dos macacos, pois isso é crime.
Sem muita opção, os moradores estão realizando a
colheita mais cedo para tentar salvar o que
podem neste ano.
Infelizmente isso só tem estimulado os macacos a
invadir suas casas e roubar os produtos
armazenados.
Até a formação de um "esquadrão anti-macacos"
para vigiar os movimentos dos animais e
mantê-los à distância fracassou.
A área é vasta demais para ser coberta por um
punhado de voluntários, dizem.
Alguns moradores perderam a esperança e
abandonaram casas e fazendas.
Para a sorte
dos animais
Gavião-real será
monitorado via satélite no Brasil
Pesquisadores vão usar satélites e tecnologia
GPS para monitorar um filhote de gavião-real.
Gavião-real terá rota monitorada por
pesquisadores brasileiros
O gavião-real, também conhecido como harpia, é a
maior águia das Américas.
A idéia é acompanhar seu deslocamento para
descobrir como o desmatamento, o crescimento das
cidades e o avanço da agricultura influem na
proliferação e no processo de extinção da
espécie.
Em julho, um filhote de quatro meses da região
de Parintins (AM) recebeu um transmissor.
Pelos próximos três anos, o equipamento vai
enviar aos satélites os dados sobre a posição da
ave.
O projeto é uma parceria entre Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais), Inpa
(Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e
o Ibama.
Dinossauro do tamanho
de um gato foi bípede mais rápido do mundo
Um
dinossauro
do tamanho de um gato que viveu
há 150 milhões de anos foi o animal mais rápido
sobre duas patas que existiu, segundo um novo
estudo publicado pela revista "Proceedings of
the Royal Society".
O animal, semelhante a um lagarto, foi batizado
como compsognato (Compsognathus longipes). Ele
pesava três quilos e podia cobrir cem metros em
pouco mais de seis segundos --velocidade que
envergonharia os modernos atletas olímpicos.
Espécie de pequeno dinossauro teria sido o
bípede mais rápido que já existiu na Terra
Sua velocidade máxima era próxima de 64 km/h,
segundo simulações feitas em computador. Era
mais rápido que o avestruz, o mais veloz de
todos os bípedes de hoje.
Segundo a simulação, a velocidade máxima de um
avestruz de 65 quilos é de 55,4 km/h, muito
superior à de qualquer humano, mas inferior à do
compsognato. O pequeno animal superaria em
velocidade todos os outros dinossauros
conhecidos, inclusive o velociraptor, segundo um
modelo de biomecânica desenvolvido pela
Universidade de Manchester (Reino Unido).
O especialista em biomecânica Bill Sellers e o
paleontólogo Philip Manning usaram um computador
de grande capacidade para reconstruir as
velocidades de outros quatro dinossauros:
velociraptor, tiranossauro, dilofossauro e
alossauro.
O computador utilizou os detalhes da anatomia de
cada um desses animais, de pesos que variavam de
três quilos (no caso do compsognato) a seis
toneladas (tiranossauro), para determinar a
biomecânica ideal de cada um.
O sucesso do filme "Parque dos Dinossauros"
reforçou as perguntas sobre a velocidade dos
"grandes lagartos". Alguns cientistas inclusive
duvidam de que o maior deles, o tiranossauro,
pudesse correr. Mas os dois pesquisadores
britânicos respondem que ele chegaria a cerca de
29 km/h.
Justiça do Vietnã
condena à prisão grupo que envenenou tigre
Um tribunal
vietnamita condenou 11 homens a penas de até 11
anos de prisão por terem envenenado um tigre num
zôo e vendido seu cadáver no mercado negro da
medicina tradicional chinesa.
Tráfico
ilegal de animais selvagens como tigre pode ser
punido com pena de até 12 anos
O julgamento terminou na segunda-feira (20),
segundo Vo Van Trung, funcionário do Tribunal
Popular de Can Tho, uma província do sul do
Vietnã. Os condenados, todos entre 22 e 39 anos,
receberam penas de sete a 11 anos de prisão.
Além disso, cada um terá de indenizar em 448
milhões de dongs (US$ 28 mil) uma fazenda de
criação de serpentes na província de Tien Giang,
de onde roubaram o animal.
O grupo invadiu o local e matou o tigre com
veneno. Seu corpo foi dividido em pedaços. Os
órgãos também foram separados. Os ladrões
retiraram todo o esqueleto, cujos ossos são
usados para elaborar uma poção medicinal
gelatinosa que custa mais de US$ 5.000 o quilo
no mercado negro.
Segundo a legislação vietnamita, o tráfico
ilegal de animais selvagens como o tigre pode
ser punido com pena de até 12 anos de prisão e
multas de até US$ 1.300. Só restam algumas
centenas de exemplares da espécie nas selvas do
sul do país.
Corpo de quinto gorila
raro é encontrado no Congo
Equipes de conservação que trabalham na
República Democrática do Congo descobriram os
restos de um quinto gorila de uma espécie rara
da montanha, semanas depois que foram
encontrados quatro primatas ameaçados mortos a
tiros, disseram autoridades das Nações Unidas.
O filhote de quatro meses da gorila também deve
estar morto, o que coloca em meia dúzia o número
de machos sobreviventes sem fêmeas para
reprodução, acrescentaram representantes da
organização cultural da ONU, a UNESCO.
O ataque misterioso do último mês, em que as
carcaças foram deixadas dentro do Parque
Nacional Virunga e não levados para alimentação
ou para a venda da carne, foi um golpe nos
esforços para evitar a extinção da espécie.
Existem menos de 700 gorilas da montanha, todos
na África central, perto da intersecção entre
Congo, Uganda, Ruanda e Burundi - região
atingida por muitos anos de guerra e onde
milícias armadas ainda rondam pelas florestas
depois da guerra do Congo, entre 1998 e 2000, o
que levou seis exércitos estrangeiros para o
país.
Uma equipe de investigadores da ONU estava no
posto de Bukima, a 30 quilômetros ao norte da
capital da província, Goma, na quinta-feira
quando um guarda florestal encontrou os restos.
"O bebê que estava com ela não tem idade
suficiente para viver sem a mãe", disse Yvette
Kaboza, especialista da Unesco.
As equipes resgataram outro bebê órfão, uma
fêmea, dias depois do ataque. Ela foi levada
para uma reserva em Goma porque ainda não havia
desmamado e era muito nova para viver na
natureza sem a mãe.
Campanha de US$ 37 mi
quer salvar 189 pássaros
O grupo de conservação internacional BirdLife
International vai lançar amanhã um ambicioso
plano de mais de cerca de US$ 37 milhões para
salvar 189 espécies de pássaros ameaçados de
extinção nos próximos nove anos.
O dinheiro, arrecadado de empresas, organizações
de proteção e contribuições individuais,
pretende proteger os habitats das aves e
desenvolver campanhas públicas sobre a
necessidade de protegê-las.
A campanha chega no momento em que o número de
aves extintas está crescendo, a maioria vítimas
de caça ilegal e perda de habitat. Nas últimas
três décadas, 21 espécies desapareceram.
Segundo a BirdLife, os primeiros pássaros
beneficiados serão o Eupodotis bengalensis, do
Camboja, o Geothlypis flavovelata, do México, e
o Formicivora littoralis, do Brasil.
"Pássaros criticamente ameaçados podem ser
salvos da extinção por meio de um método
inovador", disse o líder do projeto, Mike Rands.
"Será um grande desafio, mas nós estamos
reunindo esforços para salvar os pássaros do
mundo da extinção.
Todos os pássaros escolhidos pela campanha estão
na lista de ameaçados da União de Conservação
Mundial, o que significa que estão à beira da
extinção.
Problema mental atinge
50% dos gatos com 15 anos
Doenças mentais
associadas ao envelhecimento, incluindo
Alzheimer, são mais comuns em
gatos
domésticos do que pensavam os
cientistas. Segundo um estudo que será publicado
no Journal of Small Animal Practice, mais da
metade desses animais com 15 anos ou mais
apresentam sinais de senilidade.
Segundo o site Discovery News, a descoberta
confirma evidências de que a maioria dos
mamíferos, se não todos, podem sofrer processos
degenerativos relacionados com a idade,
geralmente associados a pessoas. Segundo o
estudo, um felino com 15 anos de idade pode ser
comparado com um humano de 85 anos.
Outro recente trabalho mostrou que cerca de 50%
dos octagenários mostram sinais de defeitos
mentais ligados à velhice. No caso dos gatos, os
sinais de senilidade vão de desorientação à
mudança nos hábitos de sono, explicou Danielle
Gunn-Moore, do Hospital Veterinário de Edinburgh,
no Reino Unido, e uma das líderes do estudo.
Segundo ela, os felinos também podem miar de
forma inapropriada, esquecerem comandos, ficarem
distraídos, confusos e preguiçosos, além de
apresentarem comportamentos irregulares em
relação à comida. "Às vezes eles esquecem que
acabaram de comer", explica Danielle.
De acordo com um estudo paralelo, desenvolvido
pelo Hospital Veterinário do Arizona, pelo menos
28% dos gatos entre 11 e 14 anos desenvolvem, no
mínimo, um comportamento relacionado com doenças
cerebrais ligadas ao envelhecimento. Esta
porcentagem sobe para perto de 50% quando são
observados gatos com 15 anos ou mais.
Gorilas são mortos a
tiros em parque no Congo
Pelo menos quatro
gorilas foram mortos a tiros no Parque Nacional
de Virunga, na República Democrática do Congo.
Eles faziam parte de um grupo de 32 que vive nas
montanhas locais e que estão ameaçados de
extinção.
Guardas florestais suspeitam da atuação de
militantes rebeldes ou de caçadores. Biólogos
dizem que o grupo de gorilas ainda está
traumatizado pelo ataque, e que os animais são
muito vulneráveis à ação do homem.
Bicho de estimação pode
atrapalhar vida amorosa, diz pesquisa
Os solteiros britânicos estão se voltando cada
vez mais para seus bichos de estimação em busca
de companhia, sugere uma pesquisa encomendada
por uma das maiores agências de relacionamentos
do Reino Unido, a Parship.
A agência diz, no entanto, que os solteiros que
possuem animais podem estar colocando em risco
suas chances de romance.
Ter um bicho de estimação reduziria em 40% as
probabilidades de encontrar o amor, segundo o
levantamento.
O estudo, realizado em parceria com a empresa
britânica de pesquisas de marketing YouGov,
revelou que quase a metade (47%) dos 13 milhões
de solteiros do país possui hoje um bicho de
estimação, gastando em média US$ 1.800 por ano
com seu animal e dedicando anualmente cerca de
21 dias ao seu bem-estar.
Tratar animais como crianças, dividir sua cama
com seu bicho de estimação, mimar o animal com
acessórios caros ou possuir dois ou mais bichos
são alguns dos hábitos que impediriam os
solteiros de se relacionar com outras pessoas.
Além disso, 25% dos solteiros britânicos que
possuem bichos disseram que se tivessem de
escolher entre seu animal e um novo parceiro,
optariam pelo animal.
As implicações podem ser sérias, já que os
solteiros britânicos possuem 1,24 milhão de
gatos, 1,18 milhão de cachorros, 624 mil peixes,
436.800 hamsters, ratos ou outros roedores,
187.200 pássaros, 124 mil cavalos, burros ou
porcos, 64 mil cobras e 120 mil animais exóticos
--o que inclui aranhas e insetos.
Dois mil solteiros britânicos participaram do
estudo. Cerca de metade deles possuía um bicho
de estimação.
Os pesquisadores investigaram vários aspectos do
relacionamento dos entrevistados com seus
animais de estimação ou, entre os que não
possuíam bichos, sua opinião em relação a um
possível relacionamento com pessoas que têm
bichos de estimação.
Prioridade
Quase dois terços (58%) dos entrevistados que
tinham bichos disseram que amam seu animal e o
consideram um membro da família, comparados com
apenas 27% dos que amam seu bicho como um animal
e não como a um outro ser humano.
Alguns dos entrevistados disseram que amam tanto
seu animal que colocariam os "sentimentos" do
bicho acima dos seus próprios ou dos do
parceiro.
Um quarto (25%) dos entrevistados que possuem um
bicho de estimação disseram que, caso o parceiro
desenvolvesse uma alergia ao animal, pediriam
que ele ou ela se mudasse.
Um terço dos homens (32%) e um quinto das
mulheres (19%) disseram que achariam um novo lar
para o bicho.
A psiquiatra e especialista em relacionamentos
da Parship Victoria Lukats disse que, de maneira
geral, o investimento emocional das pessoas em
seus animais é grande, mas a proporção dos que
tratam o bicho como um parceiro ou como uma
criança é pequena.
"Ao invés daquele estereótipo da solteirona com
vários gatos, a realidade é que muitos solteiros
simplesmente gostam de ter um animal de
estimação, mas provavelmente colocariam seu
relacionamento em primeiro lugar", disse
Victoria.
Ela diz que, desde que haja um equilíbrio e que
donos de animais não evitem atividades sociais,
ter um animal não vai interferir na sua vida
amorosa.
"Mas talvez seja sábio levar em conta os
resultados dessa pesquisa", acrescentou. "Se há
potencial para um relacionamento de longo prazo,
talvez seja melhor não ficar se gabando de
quanto você mima seu animal e evitar fazer
declarações enfáticas sobre como seu animal está
em primeiro lugar, especialmente nos primeiros
encontros."
Panda "transexual" dá à
luz duas filhotes na China
A panda gigante Jinzhu, que durante anos foi
considerada um macho mas acabou se revelando uma
fêmea, deu à luz duas filhotes na província de
Sichuan, no sudoeste da China, mas corre risco
de morte devido a uma hemorragia, segundo
informou hoje a agência estatal chinesa Xinhua.
A mãe se encontra em estado crítico após dar à
luz duas fêmeas. Elas nasceram com uma hora de
diferença, pesando 190 e 70 g. Jinzhu nasceu em
1996 e foi identificada como um macho.
O especialista em pandas Li Desheng justificou o
erro explicando que "o pênis de um panda adulto
mede apenas 3 cm". Convencidos de seu Patologia, os
cuidadores mandaram Jinzhu ao Japão para se
reproduzir com outra panda. Mas, diante do total
desinteresse dos dois animais, os cientistas
descobriram que o animal não tinha genitais
masculinos.
A panda voltou à China, onde foi objeto de
controvérsia entre os especialistas. Alguns
opinavam que ela era hermafrodita e para outros
simplesmente era um macho que não tinha
desenvolvido seus órgãos sexuais.
Em 2005, uma endoscopia demonstrou que Jinzhu
era uma fêmea, com ovários, mas no lugar errado.
Foi operada para corrigir o problema e, este
ano, pôde ficar grávida e ter gêmeas.
O nascimento de pandas gêmeos é muito freqüente
nos centros de criação e pesquisa de pandas
devido ao uso de técnicas de inseminação
artificial.
Intimidade com leões é
ganha-pão de cientista
Para muitos, o trabalho do cientista Kevin
Richards é o enredo de um pesadelo: ficar sob as
patas de uma leoa ou encarar a boca de uma
hiena, no entanto, são tarefas quase diárias
para ele.
Richards é um consultor para o comportamento de
animais e trabalha com leões, hienas, jaguares e
leopardos na África. Atualmente, ele treina os
"astros e estrelas" do filme White Lion, ainda
em fase de produção, e colabora em vários
documentários.
O consultor, formado em biologia, tem
especializações em fisiologia e anatomia humana,
mas começou a trabalhar com leões há quase dez
anos e conta que se apaixonou. Hoje, ele lida
com mais de 60 deles.
"Animais sempre foram a minha paixão, quer
dizer, (trabalhar com eles) foi uma progressão
natural. Sempre digo que você não precisa
necessariamente estudar para trabalhar com
animais. Só é preciso uma coisa: paixão",
afirmou Richards à BBC Brasil.
Ele lembra que, algumas vezes, a paixão quase
lhe custou a vida. Certa vez, um leão de cerca
de três anos, que Richards conhecera há pouco
mais de três meses, o derrubou, o imobilizou com
as patas e deu-lhe várias mordidas.
"Ele não queria me matar, mas sim, provar que
era o macho dominante", disse Richards, que, ao
não oferecer resistência, conseguiu acalmar o
bicho, até que um colega pôde socorrê-lo.
O incidente ensinou o cientista a estudar melhor
as reações dos animais. Hoje, ele diz não
considerar leões e outros predadores mais
imprevisíveis que pessoas.
Para ele, pessoas ou animais, todos têm
personalidades e naturezas diferentes e nunca se
pode adivinhar exatamente o que eles pensam.
"Saber disso me ajudou a melhorar o
relacionamento com outras pessoas, já que você
acaba desenvolvendo um sexto sentido para o
humor delas."
Além de tratar de vários leões, hoje Kevin
Richards está criando um parque de caça batizado
de "Reino do Leão Branco".
Mais calmo, Bokito
ganha liberdade em zôo holandês
A direção do zoológico de Diergaarde Blijdorp,
em Roterdã, na Holanda, liberou o gorila Bokito
e sua família a freqüentarem novamente a área ao
ar livre reservada aos primatas do parque.
Em 18 maio deste ano, o animal de 11 anos
destruiu uma cerca elétrica e arrastou uma
visitante pelo chão até uma cafeteria, onde
feriu outras três pessoas antes de ser
tranqüilizado por funcionários.
Panda agride
funcionário que tentava alimentá-lo
Um panda do
zoológico chinês de Wuquanshan, em Lanzhou, no
noroeste do país, agrediu e mordeu seu tratador
após recusar a comida oferecida dentro de sua
nova área no parque. Conduzido ao hospital, o
homem teve de levar mais de 100 pontos, informou
a agência estatal Xinhua em seu site na
Internet.
O macho Lan Zai causou diversos ferimentos nos
braços e nas pernas do funcionário Xiao Zhang.
Segundo o parque, o animal, que está no zôo há
apenas uma semana, ainda não se acostumou com
sua nova casa. "Nos primeiros três dias ele não
comeu nada. Quando o tratator ofereceu alguns
bambus, foi atacado", disse um porta-voz do
Wuquanshan.
Os médicos levaram mais de duas horas para
tratar dos ferimentos de Xiao Zhang, que ainda
permanece internado. O zoológico disse ainda
que, no domingo, Lan Zai não apresentou nenhum
comportamento agressivo.
Quem diria;
nem mesmo os animais considerados pacatos não
querem ficar em zoológicos e servir de palhaço
de circo para humanos ou seria desumanos?
Estudo revela que
orangotangos utilizam gestos para se comunicar
Os orangotangos se comunicam por uma linguagem
gestual, similar à de uma pessoa para brincar de
mímica, revelou um estudo divulgado ontem (2)
pela revista "Current Biology.
Animais ainda modificam intencionalmente os
movimentos de suas mãos para se comunicar
Em cativeiro, os animais ainda modificam
intencionalmente os movimentos de suas mãos ou
outro tipo de gestos de forma seletiva, de
acordo com o sucesso que tiverem em sua
comunicação, diz o estudo.
Para determinar a forma de comunicação dos
orangotangos, Erica Cartmill e Richard Byrne, da
Universidade de Saint Andrews, na Escócia,
apresentaram seis desses primatas em situações
nas quais deviam conseguir alimento com ajuda
humana.
Os cientistas, porém, fizeram uma armadilha: em
vez de ajudá-los sempre, em muitas ocasiões
entendiam de maneira errada os gestos dos
orangotangos.
Em alguns casos, davam metade do que queriam, em
outras, passavam a parte menos saborosa do
alimento que pediam.
Quando a pessoa com a qual tentavam se comunicar
não atendia seus desejos, os orangotangos
continuavam gesticulando. Ao confirmar que eram
compreendidos, utilizavam somente os gestos com
os quais tinham tido bons resultados e os
repetiam várias vezes.
E quando não conseguiam ser entendidos, os
primatas não voltavam a utilizar os gestos
"fracassados".
Avaliação
"Surpreendeu-nos a forma como os orangotangos
avaliaram a compreensão de quem observava os
gestos", disse Byrne.
"Isto significa que transmitem ao interlocutor
sua avaliação sobre quanto se fizeram entender",
acrescentou. Segundo o cientista, o processo é
semelhante ao das brincadeiras de mímica
humanas.
Por outro lado, Cartmill afirma que a resposta
dos orangotangos demonstrou que desejavam obter
um resultado e persistiram até que conseguirem o
desejado.
"Os orangotangos fizeram uma clara distinção
entre a falta de compreensão total, ao desistir
dos sinais usados e usar novos, e a compreensão
parcial, quando repetiram os gestos que tinham
tido bons resultados", disse o cientista.
Carneiro de sete patas
terá de ser sacrificado
Um carneiro nascido com sete patas terá de ser
sacrificado, informou a mídia da Nova Zelândia
hoje.
Veterinário diz acreditar que erro na formação
embrionária resultou na formação das patas
O animal possui três patas traseiras, duas
dianteiras e duas patas extras que não são
usadas, localizadas próximas às dianteiras.
O veterinário Steve Willians, da clínica de
Canterbury, no município rural de Methven, disse
que o carneiro, nascido na última sexta-feira
(27), não possui uma parte do intestino e, por
isso, terá que ser sacrificado.
"Mantê-lo vivo é desumano" disse Willians ao
jornal "The Ashburton Guardian".
Williams diz acreditar que um erro na formação
embrionária resultou na formação de várias
patas, algo que acontece em um entre milhões de
animais.
O fazendeiro Dave Callaghan disse que se
surpreendeu ao encontrar o carneiro de sete
patas ao lado da mãe e de seus irmãos gêmeos
normais. "Nunca vi algo parecido", disse.
Filhotes de tigre
aguardam sinal verde para exibição na Romênia
Os filhotes Lenuta e Costel, nascidos neste ano
em um zoológico romeno da cidade de Galati (250
km a nordeste de Bucareste), criaram uma
expectativa para o início do sua exibição ao
público, que deve ocorrer a partir do final de
agosto.
Lenuta e Costel (à frente) aguardam "sinal
verde" para exposição ao público em zoológico
Eles são filhotes de tigres siberianos (Panthera
tigris altaica), uma das espécies mais ameaçadas
do mundo. O nascimento dos filhotes foi revelado
na semana passada pelo zoológico.
A espécie é originária de regiões da China,
Rússia e da Coréia do Norte. Dentre os maiores
riscos contra os tigres estão a perda de seu
habitat natural. Cientistas acreditam que poucas
centenas vivem fora de cativeiro.
Os filhotes atualmente pesam 3 quilos cada e
nascera em maio. Seus pais são Gina e Geo, ambos
de 6 anos.
"É um milagre", disse Liliana Stancu,
responsável da instituição.
"A mãe deles é extraordinária. Ela os aceitou e
cuida com muita atenção deles, alimenta os
filhotes desde o início", disse Liliana. Um dos
temores era de que a fêmea rejeitasse seus
filhotes.
"Sem a ajuda dela [da fêmea, Gina] seria
impossível aos pequenos tigres sobreviver... nós
tentamos não tocar os filhotes para não assustar
a mãe e desconcentrá-la na amamentação", disse
Liliana, ao dar detalhes da convivência com Gina.
A mãe, que tem 250 quilos, continua não exposta
ao público juntamente com os filhotes até, ao
menos, o final de agosto.
Taiwan tenta recuperar
população de tartarugas sem muito resultado
Em Taiwan, a população local não hesitava em
matar tartarugas para comer a carne dos animais
e também se alimentava de seus ovos. No entanto,
esforços para salvar as espécies que rondam a
costa estão sendo implementados no país, mas sem
um resultado grande no número de indivíduos.
Esforços de conservação buscam recuperar
população de tartarugas na costa de Taiwan
"Os efeitos dos esforços de conservação não
podem ser vistos instantaneamente", disse Shiue
Jie-yin, da unidade ambiental de Penghu, uma
reserva que ilustra a situação vivida no país.
Mesmo com uma reserva para desova, uma clínica
veterinária e uma patrulha no litoral, as
autoridades afirmam que as medidas não bastam
para recuperar o número de indivíduos.
No mundo todo, há cerca de 200 mil tartarugas,
segundo o ambientalista. Pouco mais de 20 fêmeas
depositam atualmente seus ovos em Penghu, que
fica a cerca de 40 quilômetros da costa
ocidental de Taiwan.
As tartarugas são uma espécie ameaçada protegida
por leis de conservação em diversos países. Em
Taiwan, o tipo mais comum é Chelonia mydas, que
tem o corpo com uma coloração esverdeada e a cor
dos cascos varia do negro ao amarelo, passando
pelo marrom.
O pico da matança dos animais ocorreu há 20
anos, quando residentes e visitantes matavam as
tartarugas em grandes números.
Em 1989, o governo aprovou uma lei de
conversação que proibiu a matança dos animais.
Seis anos depois, foi criada uma reserva para
depósito dos ovos das tartarugas.
A clínica veterinária cuida das tartarugas
doentes e machucadas e a patrulha noturna
protege as fêmeas para que depositem seus ovos
tranqüilamente.
"Os efeitos dos esforços de conservação não
podem ser vistos instantaneamente", disse Shiue
Jie-yin, da unidade ambiental.
Zôo suíço apresenta
filhote de gorila
Suíça,
30/07/2007 - Recém-nascido foi apresentado no
zoológico da Suíça
Gato 'avisa' quem vai
morrer em asilo nos EUA
Estados Unidos- Oscar fica ao lado do paciente
durante as últimas horas de vida
Filhote de crocodilo
chama por mãe antes de nascer, diz estudo
Os filhotes de crocodilo gritam por suas mães
antes mesmo de sair do ovo, segundo biólogos que
realizaram um estudo sobre a criação dos répteis
em Pierrelatte, no sudeste da França.
Filhotes chamam por suas mães antes da eclosão,
diz estudo de biólogos franceses
A experiência foi realizada com dez fêmeas de
crocodilo-do-nilo (Crocodylus niloticus), cujos
ovos, postos cerca de três meses antes, haviam
sido colocados em incubadoras.
Os pesquisadores registraram dentro da
incubadora os ruídos produzidos antes da saída
do filhote do ovo. Em seguida, colocaram na
areia um alto-falante para gravar, no momento da
rachadura do ovo, dois tipos de sons: ruídos
específicos e outros sem aparente significado.
Das dez fêmeas testadas, colocadas nas
proximidades dos aparelhos, oito reagiram
imediatamente aos sons emitidos pelos filhotes
antes da rachadura e começaram a cavar a areia
durante os dez minutos do ruído, sem prestar a
menor atenção aos outros sons. A nona fêmea não
respondeu a nenhum dos dois sinais e a décima
cavou para os dois tipos de ruídos.
Mesmo que novos testes sejam necessários,
"parece claramente que os ruídos antes da
eclosão são uma informação real que pressupõe
uma resposta comportamental forte da mãe",
afirma o comunicado dos dois cientistas que
realizaram a experiência, Amélie Verge e Nicolas
Mathevon.
Tubarão branco é
capturado em águas geladas da Rússia
Um tubarão branco, espécie que costuma habitar
águas tropicais e temperadas, foi capturado por
pescadores russos perto da ilha de Sakhalin, no
extremo leste da Rússia, onde o mar congela no
inverno.
O animal, de mais de cinco metros de comprimento
e quase uma tonelada de peso, ficou preso em uma
rede de pesca perto do Golfo de Aniva, no sul da
ilha. A informação foi dada à agência oficial
russa Itar-Tass por Anatoli Velikanov,
especialista do Instituto de Ictiologia e
Oceanografia (ictiologia é o ramo da zoologia
que estuda os peixes).
Velikanov acrescentou que se trata de uma
descoberta "excepcional" para a ciência, mas que
também representa um sério risco para a
população de Sakhalin, que no verão costuma
freqüentar as praias da ilha.
Com 960 quilômetros de comprimento e rica em
hidrocarbonetos, a ilha de Sakhalin tem
importância ecológica porque em seus rios
desovam muitas variedades de salmonídeos. O
local também é meio natural das
baleias-cinzentas.
Sozinho, Knut recebe
estudantes em férias escolares
Sozinho em seu recanto rochoso desde que foi
separado de seu tratador, Thomas Doerflein, o
urso polar Knut começou a receber a visita de
centenas de estudantes alemães em férias
escolares.
O zôo não informou se a freqüência de aparições
do Knut mudará novamente, pois, desde o começo
de julho, as duas vezes ao dia que o mascote
aparecia em público foram canceladas.
Com agências internacionais
Cavalo-marinho é menos
fiel do que se pensava, aponta pesquisa
Os cavalos-marinhos, caracterizados por sua
fidelidade por toda a vida, não são tão fiéis
como se pensava, pelo menos em cativeiro. A
conclusão é de um estudo da Faculdade de
Veterinária da Universidade de Santiago de
Compostela, na Espanha.
A pesquisa sobre criação de cavalos-marinhos em
cativeiro foi realizada na região da Galícia. O
estudo conseguiu caracterizar pela primeira vez
os marcadores genéticos de um cavalo-marinho
europeu, informou hoje a universidade em
comunicado.
Esse
dado é muito útil para avaliar o estado genético
das populações selvagens e para realizar
análises de parentesco na espécie. A pesquisa
também serviu para obter informações sobre o
comportamento de seleção de casal, afirma a
nota, segundo a qual é possível que os
cavalos-marinhos tenham mais de um parceiro
durante a vida.
A universidade lembra que as 33 espécies
conhecidas deste peixe, emblemático por ser o
macho que fica "grávido", estão protegidas
devido à adaptação que as populações estão
sofrendo no meio natural.
O projeto Hippocampus tenta recuperar as
populações selvagens que vivem no litoral de
Espanha e Portugal com base na caracterização
biológica populacional e sua criação em
cativeiro.
Para isso, o grupo de pesquisadores definiu as
condições biológicas e tecnológicas de cultivo
mais adequadas para essas espécies de
cavalo-marinho, com base nas quais projetou um
aquário específico e uma dieta baseada em
artêmias (um tipo de crustáceo).
A pesquisadora Carmen Bouza afirmou que as
ferramentas genéticas desenvolvidas serão
imprescindíveis para o traçado dos cruzamentos,
evitando a consangüinidade na reprodução em
cativeiro, o que pode ser útil para o
repovoamento em situações eventualmente críticas
para os recursos naturais da espécie.
Depois de dormir sete
meses, Charlotte explora zôo
Depois de passar sete meses com a mãe dentro de
uma caverna, Charlotte, uma filhote de urso
malaio, decidiu sair e explorar sua área dentro
do zôo de Colônia, na Alemanha.
O filhote nasceu em dezembro de 2006. O urso
malaio, o menor dos ursos, é natural do sudeste
asiático e possui até 1,4 m de comprimento e
pelagem curta e negra.
Aquecimento global
obriga chineses a levarem panda as montanhas
Com
o calor excessivo os pandas não estão suportando
o clima e chineses estão transportando-os as
montanhas para que não corram o risco de sua
morte.
Austrália: macaco ganha
tratamento especial em zôo
Depois de ser abandonado pela mãe, o filhote do
raro macaco gibão-de-bochecha-branca (Hylobates
concolor) está recebendo cuidados especiais dos
funcionários do zoológico da cidade de Perth, na Austrália.
Segundo as autoridades do parque, o animal,
batizado de Li-Lian, está se alimentando oito
vezes por dia com uma mamadeira especial. O
objetivo é fazer com que o primata atinja o peso
ideal para a sua idade.
Flhote de foca macho é
apresentado ao lado da mãe, Tethy, no Aquário de
Gênova.
O animal tem
três dias de vida e nasceu na Itália
Elefante Tika enfrenta
forte calor em zôo alemão
Nascido na última sexta-feira, dia 13, o filhote
de elefante Tika está enfrentando o forte calor
do verão europeu no zôo alemão de Wuppertal.
Além de ficar sempre ao lado na mãe, o pequeno
animal está recebendo os cuidados especiais de
Filipe von Gilsa, seu tratador.
Machos de borboletas
recuperam número de população com rapidez
O dramático retorno de uma borboleta macho
tropical, que havia praticamente desaparecido
por causa de um parasita, mostra quão rápido a
teoria da seleção natural pode funcionar na
prática, disseram pesquisadores na quinta-feira
(12).
No início de 2006, cientistas estudaram o número
de um tipo de borboleta, a Blue Moon, na ilha de
Savai, situada no Pacífico Sul. Na época, os
machos representavam apenas 1% da população, mas
no final do mesmo ano o número tinha subido para
40%.
Os pesquisadores acreditam que o aumento se deve
à proliferação de "supressores" de genes de uma
bactéria que é transmitida da fêmea para suas
crias e mata somente os embriões machos antes de
seu nascimento.
"Esta é a mudança evolutiva mais rápida que já
se observou", disse Sylvain Charlat, autor de um
estudo e de uma tese de pós-doutorado sobre o
tema na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Para Charlat, o estudo mostra que, como neste
caso, quando a população experimenta pressões
seletivas muito intensas, a evolução age muito
rápido.
"Geralmente, pensamos na seleção natural como um
processo que atua lentamente, em centenas ou
milhares de anos, mas este estudo mostra que
passou em um piscar de olhos em termos
evolutivos", acrescentou Gregory Hurst, autor de
uma investigação sobre genética evolutiva na
University College London, no Reino Unido.
Tigres da China se
estranham em parque sul-africano
Os tigres do sul
da China são conhecidos por seu baixo número de
exemplares - há menos de 100 em todo o mundo.
Com o objetivo de mudar este quadro, o centro de
preservação David Tang, em Philippolis, na
África do Sul, promoveu o primeiro e não muito
amigável encontro do macho 327 e da fêmea Cathy.
Mas o estranhamento dos dois também faz parte
dos planos dos especialistas do centro, já que
uma das idéias é colocar animais criados em
cativeiro e que não se conhecem em um mesmo
ambiente. Assim é possível que eles desenvolvam
suas habilidades antes de seres devolvidos ao
seu habitat natural na China.
Em 1959, uma década depois do início do governo
comunista, havia cerca de 4 mil tigres do sul da
China (Panthera tigris amoyensis) no leste do
país. Mas o então líder Mao Tsé-tung iniciou uma
campanha de extermínio, por considerar o animal
um perigo para o desenvolvimento da agricultura
e para o homem.
Lula gigante aparece
morta em praia da Austrália
O espécime tem cerca de 8 metros. A lula
gigante, que já se acreditou ser um mito, apesar
de relatos de marinheiros, alimenta-se de peixes
e de outras lulas
Reuters
A carcaça do animal retirado do mar na costa da
Tasmânia
CAMBERRA, Austrália - Uma das maiores lulas
gigantes já encontradas apareceu em uma praia
deserta da Austrália, detonando uma corrida
entre os cientistas para examinar a criatura das
profundezas dos mares, vista apenas raramente.
A lula, com a parte principal do corpo medindo 2
metros de comprimento, foi encontrada por uma
pessoa que caminhava na terça-feira, 10, pela
praia Ocean, perto de Strahan (costa oeste da
ilha-Estado da Tasmânia).
"É uma coisa gigantesca", afirmou o curador
sênior do Museu Tasmaniano, Genefor
Walker-Smith, a meios de comunicação locais, na
quarta-feira. "A parte principal do corpo dela
tem cerca de 1 metro de diâmetro, e o
comprimento total do bicho chega a cerca de 8
metros."
Vários cientistas devem levar consigo amostras
do animal, identificado por autoridades de um
parque estadual como uma "Architeuthis", espécie
que pode chegar a mais de 10 metros de
comprimento e pesar mais de 275 quilos. O animal
da Tasmânia tinha cerca de 250 quilos.
Os tentáculos haviam sido bastante danificados,
de forma que o comprimento real do animal não
pôde ser determinado, afirmou uma porta-voz do
órgão Parques e Vida Selvagem da Tasmânia.
Guardas florestais retiraram o corpo da lula de
dentro da água.
A lula gigante, que já se acreditou ser um mito,
apesar de relatos ocasionais de marinheiros,
alimenta-se de peixes e de outras lulas. No ano
passado, pescadores das ilhas Malvinas
capturaram um animal intacto medindo 8,62
metros.
Os cientistas acreditam que a lula gigante vive
entre 200 e 700 metros de profundidade,
valendo-se de olhos que chegam ao tamanho de
bolas de voleibol e que são os maiores do reino
animal.
Em setembro de 2004, oceanógrafos japoneses
conseguiram bater as primeiras fotos de uma lula
gigante viva. O fato aconteceu na costa das
ilhas Ogasawara (Japão), a 900 metros de
profundidade.
Cadela adota filhote de
gato nos Estados Unidos
Instinto materno
aguçado faz com que cachorra aceite até que
gatinho mame nela
VICTORIA, Texas - Um filhote de gato abandonado
foi adotado por uma cadela de 3 anos nos Estados
Unidos. O animalzinho aproveitou a inusitada
cooperação para mamar o leite da cachorra de
manhã, de noite e até após as sonecas.
"Isso não acontece freqüentemente", disse o
veterinário John Beck, que acrescentou que o
gatinho "teve sorte" em achar um cão com
instintos maternos tão aguçados.
O filhote, agora chamado Tahoe, foi encontrado
sob a tampa da caminhonete Chevrolet Tahoe de
Eunice Collins há algumas semanas. Eunice, com
pena, ficou com o gato. Quatro dias depois, a
mulher viu sua cadela Lillie, da raça dachshund,
alimentando-o, com o gatinho ronronando e
pressionando as mamas de sua "mãe adotiva".
"Não acreditei quando vi", disse Eunice. "Ela
adotou Tahoe como seu filhote e desde então vem
alimentando e cuidando dele. Eles vivem
grudados."
Beck afirmou que a presença de Tahoe na casa
"induziu a uma falsa gravidez", que fez com que
"fossem produzidos hormônios responsáveis pela
produção de leite". "Agora tenho certeza de que
o gato, obviamente, acredita que a cadela é sua
mãe."
Cadela adota
veado como filhote nos Estados Unidos
Uma cadela "adotou" um veado na
cidade de Durango, Iowa, Estados Unidos. Candy
trata Kelsey como se fosse seu próprio filhote,
e os dois animais vivem felizes na casa de Gale
Frederick.
A mãe do pequeno veado deu à luz três filhotes,
segundo Frederick. Porém, Kelsey acabou sendo
abandonado, e ganhou Candy como sua nova "mãe".
Lanak e
Askai são apresentados ao público em Berlim
O zoológico Tierpark, em Berlim, na Alemanha,
apresentou os filhotes de leopardo das
neves.
Os jovens animais nasceram a cerca de dez
semanas, mas somente agora foram mostrados ao
público.
Zoológico de
Paris apresenta bebê hipopótamo anão
Um bebê hipopótamo anão, batizado como Aldo,
nasceu no Jardim Zoológico de Paris. Ele foi
apresentado oficialmente à imprensa nesta
terça-feira (26).
Anaïs cuida de seu filho Aldo; pai viajou para
procriar a espécie
Este é o terceiro filho de Anaïs e Carlo, casal
de hipopótamos anões que chegou ao Zoológico de
Vincennes em 1989.
Aldo veio ao mundo no dia 5 de junho e pesava na
época cerca de 5 quilos. Seu peso já dobrou.
Ao chegar à idade adulta, o hipopótamo fará a
balança oscilar entre 160 e 275 kg.
Espécime raro, distinto do hipopótamo comum que
pode superar as três toneladas, o hipopótamo
anão leva no estado selvagem uma vida discreta
no oeste da África. Ele é encontrado nas
florestas da Libéria e de países vizinhos.
Restam de 2.000 a 3.000 animais da espécie.
Os hipopótamos anões de jardins zoológicos da
Europa fazem parte de um programa de
preservação, que gerou cerca de quarenta machos
e sessenta fêmeas.
|
|
Para continuar a perpetuar a espécie, Carlo
deixou Vincennes com destino ao Jardim Zoológico
de Wroclaw, na Polônia.
O Jardim Zoológico de Paris será reformado. O
zoológico atual funciona desde 1934. Na previsão
mais otimista, ele deve dar lugar, até 2011 a um
parque no qual os animais se desenvolverão em
ambientes que simulam seu habitat natural.
Cachorro e
um gato brincam durante o dia da vacinação
Fraga realizada
em Hyderabad, Índia. Isto mostra para os meros
animais humanos chamados de racionais, deixa a
desejar de longe aos animais chamados de
irracionais, a cada dia eles nos surpreende com
sua inteligência superior ao dos homens.
Temos
que aprender muito com estas magníficas
criaturas em todos os aspectos.
Opine pela inteligência (
"PLANTE UMA ÁRVORE
NATIVA")
|
Conheça
o
Ache
Tudo e Região o portal de todos
Brasileiros.
Coloque este portal nos seus favoritos. Cultive
o hábito de ler, temos diversidade de informações úteis
ao seu dispor. Seja bem vindo
, gostamos de suas críticas e sugestões, elas nos ajudam a
melhorar a cada ano.
|