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RAÇA

 

Etnia

Grupo étnico

  Racismo

A raça, do ponto de vista da biologia, é um conceito pouco empregue e é sinônimo de subespécie. No entanto, este termo foi utilizado historicamente para identificar categorias humanas socialmente definidas. Para a antropologia interessa como o termo raça é utilizado para construir identidades culturais.
 

Raça em biologia
Os zoólogos geralmente consideram a raça um sinônimo da subespécie, caracterizada pela comprovada existência de linhagens distintas dentro das espécies, portanto, para a delimitação de subespécies ou raças a diferenciação genética é uma condição essencial, ainda que não suficiente. Na espécie Homo sapiens - a espécie humana - a variabilidade genética representa 93 a 95% da variabilidade total, nos sub-grupos continentais, o que caracteriza, definitivamente, a ausência de diferenciação genética. Portanto, inexistem raças humanas do ponto de vista biopolítico matematicamente convencionado pela maioria, o que não significa que esta hipótese é 100% imutável, como de fato nada o é em ciência. No “Código Internacional de Nomenclatura Zoológica” (4ª edição, 2000) não existe nenhuma norma para considerar categorias sistemáticas abaixo da subespécie.

Para os botânicos – de acordo com o “Código Internacional de Nomenclatura Botânica” - as variantes duma espécie são explicitamente denominadas “subespécies” (subsp.), variedades (var.) e formas (f.). Por exemplo, para o pinheiro negro europeu, Pinus nigra, é aceite uma subespécie - Pinus nigra subsp. nigra na região oriental da sua área de distribuição, desde a Áustria e nordeste da Itália até à Crimeia e Turquia, com as seguintes variedades:

Pinus nigra subsp. nigra var. nigra – pinheiro negro austríaco;
Pinus nigra subsp. nigra var. caramanica - pinheiro negro turco; e
Pinus nigra subsp. nigra var. pallasiana - pinheiro negro da Crimeia.
Para alguns biólogos, a raça é um grupo distinto constituindo toda ou parte duma espécie. Uma espécie monotípica não tem raças, ou melhor a “raça” é toda a espécie. As especies monotípicas podem apresentar-se de várias maneiras:

Todos os membros da espécie são semelhantes e então a espécie não pode ser dividida em subcategorias com significado biológico.
Os membros da espécie mostram considerável variação, mas esta ocorre aleatoriamente e também não tem significado biológico uma vez que a transmissão genética destas variações não é constante; é o que acontece com muitas plantas e é por isso que os horticulturistas interessados em preservar uma determinada característica evitam a propagação por sementes e usam métodos vegetativos.
A variação dentro de uma espécie é evidente e segue um padrão, mas não há divisões claras entre os diferentes grupos, mas apenas um gradiente de tamanhos, formas ou cores. Este tipo de variação “clinal” significa que existe um fluxo de genes substancial entre os grupos aparentemente separados que formam a(s) população(s) e é normal nas espécies monotípicas – e é o caso da espécie humana.
Uma espécie politípica tem raças distintas, que são grupos separados que normalmente não se cruzam geneticamente (embora possa haver zonas relativamente estreitas de “hibridização"), mas que poderiam cruzar-se e produzir descendentes com características mistas (ou iguais a cada um dos progenitores) se as condições ambientais o permitissem – normalmente isto passa-se entre populações geograficamente isoladas da mesma espécie, que podem ser consideradas subespécies ou variedades.
É importante notar que os grupos que normalmente não se cruzam, apesar de viverem na mesma área geográfica, não são raças, mas sim espécies diferentes. Os verdadeiros híbridos de espécies diferentes, como por exemplo, da égua com o jumento, dão sempre descendentes estéreis, como o são, os machos e as mulas.

O advento da síntese moderna e as técnicas moleculares para estudar o fluxo de genes alguns biólogos a rejeitar a noção de "raça" e até de "subespécies".

 



Definições biológicas de raça (Long e Kittles, 2003). Conceito Referência Definição
Essencialismo Hooton (1926) "A raça é a grande divisão do gênero humano, caracterizado como grupo por partilhar uma certa combinação de características derivadas da sua descendência comum, mas que constituem um vago fundo físico, normalmente obscurecido pelas variações individuais e mais facilmente apreendido numa imagem composta."
População Dobzhansky (1970) "Raças são populações mendelianas geneticamente distintas. Não são populações individuais nem genótipos específicos, mas consistem em indivíduos que diferem geneticamente entre si."
Taxonomia Mayr (1969) "Raça é um agregado de populações fenotipicamente similares duma espécie, habitando uma subdivisão da área geográfica de distribuição da espécie e diferindo taxonomicamente de outras populações dessa espécie."
Linhagem Templeton (1998) "Uma subespécie (raça) é uma linhagem evolucionariamente distinta dentro duma espécie. Esta definição requer que a subespécie seja geneticamente diferenciada devido a barreiras à troca de genes que persistiram durante longos períodos de tempo, ou seja, a subespécie deve ter uma continuidade histórica, para além da diferenciação genética observada."


"Raças" humanas
O conceito de raças humanas foi usado pelos regimes coloniais e pelo apartheid (na África do Sul), para perpetuar a submissão dos colonizados (ou da maioria negra, mas sem recursos); atualmente, só nos Estados Unidos se usa uma classificação da sua população em raças, alegadamente para proteger os direitos das minorias.

A definição de raças humanas é principalmente uma classificação de ordem social, onde a cor da pele e origem social ganham, graças a uma cultura racista, sentidos, valores e significados distintos. As diferenças mais comuns referem-se à cor de pele, tipo de cabelo, conformação facial e cranial, ancestralidade e, em Algumas culturas, genética. O conceito de raça humana não se confunde com o de sub-espécie e com o de variedade, aplicados a outros seres vivos que não o homem. Por seu caráter controverso (seu impacto na identidade social e política), o conceito de raça é questionado por alguns estudiosos como construto social; entre os biólogos, é um conceito com certo descrédito por não se conformar a normas taxonômicas aceites.

Algumas vezes utiliza-se o termo raça para identificar um grupo cultural ou étnico-lingüístico, sem quaisquer relações com um padrão biológico. Nesse caso pode-se preferir o uso de termos como população, etnia, ou mesmo cultura.

A primeira classificação dos homens em raças foi a “Nouvelle division de la terre par les différents espécies ou races qui l'habitent” ("Nova divisão da terra pelas diferentes espécies ou raças que a habitam") de François Bernier, publicada em 1684. No século XIX, vários naturalistas publicaram estudos sobre as “raças humanas”, como Georges Cuvier, James Cowles Pritchard, Louis Agassiz, Charles Pickering e Johann Friedrich Blumenbach. Nessa época, as “raças humanas” distinguiam-se pela cor da pele, tipo facial (principalmente a forma dos lábios, olhos e nariz), perfil craniano e textura e cor do cabelo, mas considerava-se também que essas diferenças reflectiam diferenças no conceito de moral e na inteligência.

A necessidade de descrever os “outros” advém do contacto social entre indivíduos e entre grupos diferentes. No entanto, a classificação de grupos traz sempre conseqüências negativas, principalmente pelo fato dos termos empregues poderem ser considerados pejorativos pelos grupos visados (ver, por exemplo ameríndio e hotentote). Tradicionalmente, os seres humanos foram divididos em três ou cinco grandes grupos de linhagem (dependendo de interpretação), mas a denominação de cada um – pelo motivo indicado - tem variado ao longo do tempo:

Mongolóide: povos do leste e sudeste asiático, Oceania (malaios e polinésios) e continente americano (esquimós e ameríndios).
Caucasóide: povos de todo o continente europeu, norte da África e parte do continente asiático (sobretudo o Oriente Médio).
Negróide: povos da África Subsaariana.
Os outros dois grupos de linhagem humana poderiam ser:

Australóide: sul da Índia (drávidas), negritos das Ilhas Andaman (Oceano Índico), negritos das Filipinas, aborígenes de Papua-Nova Guiné, aborígenes da Austrália e povos melanésios da Oceania.
Capóide: tribos Khoisan (extremo sul do continente africano).
Apesar de poderem ser considerados como dois grupos distintos de linhagem humana, australóides e capóides também podem ser considerados como negróides.

Como qualquer classificação, esta é imperfeita e, por isso, ao longo do tempo, foram sendo usados outros termos, principalmente para grupos cujas características não se ajustavam aos grupos “definidos”, como é o caso dos pardos para indicar os indígenas do sub-continente indiano, entre outros. De notar que, a par desta classificação baseada em características físicas, houve sempre outras, mais relacionadas com a cultura, principalmente a religião dos “outros”, como os mouros ou “infiéis”, como os europeus denominavam os muçulmanos, ou os judeus.

No início do século XX, Franz Boas pôs em causa a noção de raça e foi seguido por outros antropólogos, como Ashley Montagu, Richard Lewontin e Stephen Jay Gould. Contudo, um número de cientistas, como J. Philippe Rushton, Arthur Jensen, Vincent Sarich e Frank Miele (autores de “Race: The Reality of Human Differences”) proclamam que não só essa tese é falsa, mas que foi politicamente motivada e não tem bases científicas.

Análises genéticas recentes permitem que a evolução e migrações humanas seja representado duma forma cladística. Estes estudos indicam que, como já era conhecido, a África foi o “berço” da humanidade. Verificou-se que os aborígenes australianos foram originados num grupo que se isolou dos restantes há muito tempo e que todos os outros grupos, incluindo “europeus”, “asiáticos” e “nativos americanos” perfazem um único grupo monofilético resultante das migrações para fora do continente africano e que poderia dividir-se no equivalente aos oeste- e leste “euro-asiáticos”, reconhecendo sempre haver muitos grupos intermédios

 

 

 

Copyright © 1999 [Ache Tudo e Região]. Todos os direitos reservado. Revisado em: 01 março, 2017. Não nos responsabilizamos pelo conteúdo expresso nas páginas de parceiros e ou anunciantes. (Privacidade e Segurança) Melhor visualizado em 1024x768