Conheça as 11 luas
mais estranhas do Sistema Solar
Há 400 anos, a única lua conhecida, o próprio satélite da Terra, era
vista com uma aparência enferrujada por causa dos instrumentos pouco
tecnológicos da época

Foto: NewScientist/Divulgação
Reduzir Normal Aumentar Imprimir As luas podem se curvar aos
planetas que orbitam quando se fala em tamanho, mas muitas vezes
elas acabam se tornando protagonistas pela beleza e diversidade.
Existem tantas luas no Sistema Solar que o número supera de vinte
pra uma. Há satélites consolidados como Titã (maior lua de Saturno)
e outros com refúgios possíveis para seres vivos como Europa (lua de
Júpiter). Conheça abaixo as onze luas mais estranhas do Sistema
Solar, escolhidas pelo pesquisador Stephen Battersby e divulgadas
pelo site científico New Scientist:
Io
Uma das quatro grandes luas de Júpiter, Io é conhecida como o "fogo
do inferno" do Sistema Solar devido às fossas sulfurosas, intensa
radiação e constantes erupções vulcânicas. Além de ser um pouco
maior que a Lua (da Terra), Io também é o quarto maior satélite do
Sistema Solar.

Seus vulcões atingem temperaturas próximas a 1.700°C, cuspindo 100
vezes mais lava do que todos os vulcões da Terra podem reunir. A
aparência estranha - branco, vermelho, laranja, amarelo e preto - é
causa pela grande liberação de compostos de enxofre que também
ocorrem durante as erupções.
Jápeto
Jápeto, a terceira maior lua de Saturno, se apresenta como
excêntrica por possuir dois tons de cores: meio escuro e meio branco
brilhante. Ainda por cima, com com 1.436,0 km de diâmetro, o
satélite também é achatado nos pólos e nos. Uma crista que percorre
incompleta o seu equador dá-lhe a aparência de uma casca de noz.
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O hemisfério que conduz a rotação de Jápeto é
extremamente escuro, refletindo apenas uma pequena parcela
de luz solar incidente, enquanto que o hemisfério contrário
é muito mais efetivo. Por isso, Jápeto é conhecido como
corpo celeste com maior variação de brilho do Sistema Solar. |
Europa e Encélado
As geladas e aparentemente desoladoras superfícies de Europa, uma
das quatro luas de Júpiter, e Encélado, o menor dos satélites
naturais de Saturno (tem 498,8 km de diâmetro), são de fato uma das
paisagens mais ativas do Sistema Solar. E podem até conter habitats
acolhedores para seres vivos.
Europa é coberta por uma crosta de gelo rachada que se assemelha ao
Ártico na Terra. Seu núcleo rochoso, no entanto, é aquecido pelo
calor das marés, um resultado da mudança de tração gravitacional de
Júpiter. Isso, provavelmente, gera calor suficiente para manter um
oceano abaixo da superfície congelada de Europa. É, junto com Marte,
o local mais provável onde os cientistas acreditam que possa haver
vida extraterrestre.

Bola de neve de Saturno, Encélado é muito violenta. Um conjunto de
gêiseres cria explosões de vapor e cristais de gelo. Quando retorna
à superfície, o material expelido cai como neve, formando um
revestimento brilhante de inverno que torna branco o objeto no
sistema solar. A temperatura é de cerca de -198 °C, mais fria que as
outras luas de Saturno, porque reflete praticamente toda a luz
recebida pelo Sol. No ano passado, pesquisadores confirmaram a
existência de um oceano de água salgada na altura da calota de gelo
do polo sul do satélite.
Pan e Atlas
A maioria das luas são redondas e lisas, ou pedaços irregulares de
rocha espacial. Pan e Atlas, ambas de Saturno, por outro lado,
possuem formatos semelhantes ao de discos voadores e orbitam dentro
de um dos aneis do planeta, o anel A. Atlas possui um tamanho de
quase 40 km de altura por 20 km de largura, enquanto Pan tem
medições aproximadas de 35 km por 23 km.
Nereida
Enquanto a maioria das luas suavemente círcunda planetas, Nereida é
muito diferente. Este satélite de Netuno moderadamente irregular e
medíocre de tamanho (cerca de 340 km), viaja na órbita mais
excêntrica de uma lua no sistema solar - uma montanha-russa que a
faz subir mais de 9 milhões de quilômetros para depois mergulhar 1,4
milhões de quilômetros na direção de Netuno.
Titã
Titã, maior lua de Saturno e a segunda maior do Sistema Solar,
também supera em diâmetro o planeta Mercúrio e a Lua da Terra - Titã
é uma vez e meio maior. É talvez a mais estranha de todas as luas
porque é tão estranhamente familiar à Terra: também conta com lagos,
montanhas e cavernas, vales fluviais, planícies de lama e dunas de
deserto. A espessa atmosfera de nitrogênio detém névoa, poluição e
nuvens de chuva.
No entanto, as aparências podem enganar. Titã está 10 vezes mais
longe do Sol do que a Terra e, sob uma luz fraca, sua superfície tem
temperaturas de -180 °C.
Lua
Até Simon Marius e Galileo Galilei descobrirem as quatro luas de
Júpiter, há 400 anos, o único satélite conhecido era um objeto
proeminente no céu e com aparência enferrujada quando visto da Terra
durante à noite com os instrumentos pouco evoluídos da época. Mesmo
após dezenas de satélites terem sido descobertos de lá para cá no
Sistema Solar, a Lua terrestre ainda se destaca como um dos membros
mais notáveis deste clã.
Por um lado, são peixes muito pequenos em um grande lago. Luas são
raras no interior do Sistema Solar: Vênus e Mercúrio não possuem uma
e as duas de Marte são minúsculas. Na verdade, a Lua parece mais à
vontade do que os demais satélites que orbitam planetas gigantes de
gás.
Ganímedes
Ganímedes, principal lua de Júpiter e maior do Sistema Solar, com
diâmetro de 5.270 km, tem um volume três vezes maior que o do
satélite da Terra. Os cientistas observaram em seu interior um forte
campo magnético que sugere a existência de um núcleo com convecção
de metal líquido. Este grande satélite foi descoberto em 1610 e é
uma das quatro luas descobertas por Galileu Galilei na órbita de
Júpiter. Em condições favoráveis de tempo, Ganímedes é vísivel a
olho nu.
Tritão
Tritão é a maior lua de Netuno e possivelmente o astro mais frio do
sistema solar, atingindo temperaturas de -235°C. Além disso, possui
uma história geológica bastante complexa: uma superfície bastante
jovem e de aspecto rugoso, desfigurada por violentas erupções
vulcânicas, rápidos congelamentos do solo e repentina fundição, que
geram uma rede de rachaduras enormes.